terça-feira, 29 de abril de 2008

As décadas de Roberto Carlos - Anos 90



Olá, amigos.

Em seu quarto post, a série As décadas de Roberto Carlos chega aos anos 90, um período marcado por momentos políticos conturbados e grandes avanços tecnológicos. E que, em meio ao cenário musical, novamente trouxe RC em seu cancioneiro popular.

A década de 1990 começou com a definitiva derrocada do regime comunista, que fez ocorrer a dissolução definitiva da União Soviética e alçou os Estados Unidos ao título de única superpotência mundial. No entanto, o fim definitivo da Guerra Fria não pôde ser comemorado, pois logo iniciou-se uma guerra que esquentou a parte bélica americana.

Achando-se detentor de poderes absolutos sobre todo o território mundial, o país comandado por George Bush decidiu intervir no atrito entre o Iraque e o Kuwait sobre as zonas de petróleo da região do Golfo Pérsico. Num massacre apresentado pela rede americana de televisão CNN, os telespectadores de todo o mundo viram imagens de um conflito que mais parecia saído de um videogame, mas que causou na vida real uma baixa de mais de 100 mil soldados do Iraque, além de cerca de mil pessoas por parte das forças "de coalizão" (além dos Estados Unidos, adentraram no território soldados da Grã-Bretanha, Egito e Arábia Saudita).

O mundo ainda assistiria outros conflitos ideológicos chegarem a vias de fato lamentáveis, como os contínuos protestos em oposição à globalização e atentados terroristas. A Guerra da Bósnia, conflito entre três grupos diferentes (sérvios e cristãos ortodoxos, croatas e católicos romanos e bósnios e muçulmanos), gerou três anos de violência na região da Bósnia e Herzegovina até seu fim, em 1995.

Mas na década de 1990 aconteceriam alguns movimentos que sinalizaram a luta pela igualdade entre os homens. O primeiro deles foi o fim do separatismo do apartheid na África do Sul, que desde 1948 obrigava os negros a terem uma vida separada dos cidadãos de cor branca (detentores de direitos políticos e de cidadania), simbolizado na chegada de Nelson Mandela à presidência. O outro foi o Tratado de Paz entre Israel e Jordânia, ocorrido em 1994, mas que não chegaria a durar tanto tempo.

Na parte tecnológica, esta é a década com várias nuances do progresso cibernético, com destaque para o milionário Bill Gates, criador do sistema de computadores Windows. Com o passar dos anos e a popularização nos preços dos computadores, a população mundial passou a se conectar com o mundo, principalmente após o crescimento da Internet (primeiramente, com conexão associada à linha telefônica, para depois começar a acontecer contato através da conexão de banda larga). Outro produto que teve ascensão no cotidiano da população foi o aparelho de telefone celular.

Como já era apontado na década de 1980, o LP se tornou um produto obsoleto no mercado fonográfico, ainda mais quando os CDs foram se desenvolvendo graças a programas de remasterização que mantinham a pureza dos áudios originais dos vinis. No terreno espacial, ocorreram as chegadas de naves e sondas espaciais nos planetas Júpiter e Marte. A ciência apresentou a revolução do DNA, sistema que se tornou muito utilizado em testes de paternidade, além da primeira clonagem de um animal (a ovelha Dolly).

Mas a grande descoberta seria na parte médica. Nesta década, foi descoberta a síndrome da imunodeficiência aquirida (definida como AIDS), transmitida em especial através de compartilhamento de seringas, transfusões de sangue e de relações sexuais. O vírus do HIV nos levou cantores como Freddie Mercury e Cazuza.

No cenário musical, a década de 1990 foi marcada pelo momento em que a música chegou à televisão 24 horas por dia. Entrou no ar o canal MTV (Music Television), que deu ênfase a grupos como Pearl Jam, Seattle e Nirvana. Mas no ano de 1994 viria um golpe para este estilo de rock dos anos 90: Kurt Cobain, vocalista do Nirvana, foi encontrado morto em sua casa.

Na segunda metade da década, a música traria destaque para conjuntos adolescentes como Spice Girls e Backstreet Boys, e cantores como Cristina Aguilera e Britney Spears. Também houve destaque para o rap, com artistas como Eminem e MC Hammer.

O Brasil iniciou a década com a prosperidade política novamente caindo em uma frustração. Em seu primeiro dia de mandato, o presidente Fernando Collor de Mello anunciou seu plano econômico (conhecido por analistas políticos como Plano Collor), que anunciou que uma das medidas era a desastrosa atitude de confiscar as poupanças bancárias de boa parte da população brasileira.

O descontentamento do povo brasileiro se tornou ainda mais alarmante quando foram reveladas falcatruas em negociações envolvendo os nomes de Collor e de seu braço direito na presidência, Paulo César Farias, além de declarações bombásticas de seu irmão, Pedro Collor. Pressionado pelo congresso (que em setembro de 1992 pediu seu impeachment, sacramentado na votação de deputados e senadores, com vitória do "sim" à saída de Collor por 441 votos contra 38), pelas manifestações populares com o grupo de "caras-pintadas" e por fortes campanhas da mídia (em especial a exibição da minissérie Anos rebeldes, da TV Globo, que mostrava as passeatas estudantis durante a Ditadura Militar - ações que inspiraram o "movimento dos caras-pintadas"), em dezembro de 1992 Fernando Collor de Mello renunciou à presidência.

Em seu lugar, o vice-presidente Itamar Franco tomou posse para o restante do mandato, e, em 1994, conseguiu uma conquista impensável nas décadas anteriores. A partir deste ano, a moeda brasileira passou a se chamar Real, e, sua paridade com o dólar fez com que a inflação despencasse. O sucesso do Plano Real fez com que o então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, fosse eleito como o ocupante da cadeira presidencial a partir de primeiro de janeiro de 1995.

O país conviveu com um boom de consumo, em especial por conta do real muitas vezes estar mais valorizado que o dólar. O governo de FHC também foi marcado por várias privatizações e pela abertura à política exterior (atitude tomada anteriormente por Collor). Fernando Henrique também aprovou a emenda da eleição, e, depois de quatro anos com um governo bem sucedido aos olhos da população, recebeu através das urnas o direito de ser o primeiro presidente a ter seu visto renovado na ocupação da cadeira mais importante do país. Em seu início de segundo mandato, a lua-de-mel do Plano Real foi combalida pela crise da Ásia, que tornou ainda mais forte a oposição ao neo-liberalismo iniciado em 1994.

A década do futebol brasileiro trouxe uma nova tendência da globalização. Nas três Copas do Mundo ocorridas nos anos 90, a maioria dos jogadores convocados estava defendendo as cores de equipes do futebol exterior. Além de ter de ver os ídolos apenas através da transmissão de jogos de outros países, com o tempo os adeptos do futebol teriam de se adequar a uma nova realidade: com a Lei Pelé, que deu o direito aos jogadores de serem donos de seus próprios "passes" a partir de determinada idade, ficou mais corriqueira a mudança de um clube para o outro em um curto espaço de tempo. Com isto, a identificação de um jogador com o clube de coração ficou cada vez mais rara.

Sob o comando de Sebastião Lazaroni e tendo um futebol burocrático, a Seleção Brasileira foi para a Copa do Mundo de 1990, na Itália, usando um esquema tático nos moldes do futebol europeu - dando ênfase a se defender, tendo como "líbero" o zagueiro Mauro Galvão e dando destaque ao meia defensor. Lazaroni inaugurou a "Era Dunga", maneira irônica com a qual comentaristas esportivos passaram a associar esta nova tendência do futebol brasileiro. Formada por jogadores como Müller, Careca e Bebeto, a Seleção teve uma campanha pífia na primeira fase e, nas oitavas-de-final, perdeu para a Argentina pelo placar de 1 a 0, não passando de um nono lugar. Naquele ano, a Alemanha foi a campeã. Foram atribuídas algumas razões para a eliminação precoce: a falta de união visível entre os jogadores e a contusão do artilheiro Romário às vésperas da Copa.

Na Copa seguinte, o "futebol de resultados" teve resultados melhores para o Brasil. Pela primeira vez desde 1970, a Seleção chegou à final, novamente contra a Itália. Comandada por Romário (artilheiro do Brasil na Copa do Mundo) e tendo jogadores como Bebeto, Branco e Mazinho, o time comandado por Carlos Alberto Parreira e tendo Zagallo como coordenador técnico venceu nos pênaltis os italianos pelo placar de 3 a 2 (após empate em 0 a 0 no tempo normal), e voltou dos Estados Unidos com o título de 1994.

No ano de 1998, o Brasil chegou como amplo favorito para a Copa realizada na França. O favoritismo se manteve mesmo com o corte de Romário às vésperas do torneio e o tropeço na primeira fase (derrota por 2 a 1 para a Noruega). Entretanto, um incidente até os dias de hoje inexplicável à população mundial (a possível crise convulsiva que o atacante Ronaldo sofreu do dia da partida final) fez com que a Seleção entrasse em campo abatida e não tivesse nenhuma reação diante da anfitriã França, que, comandada por Zidane, venceu o Brasil (comandado por Zagallo e tendo Zico à frente do cargo de auxiliar) pelo placar de 3 a 0.

A televisão brasileira também passou a década anseando pelos resultados. Na luta pela audiência (em especial depois do advento da "TV a cabo"), as emissoras buscavam várias formas - até mesmo escusas - de prender o telespectador. Entraram em cena programas sensacionalistas como Aqui agora e Ratinho livre, e os programas de auditório de Fausto Silva e Gugu Liberato recorreram a atrações um tanto quanto indigestas ao gosto do público. E o país teve dados lamentáveis de sobra para expor nestes programas que se aproveitavam do "mundo cão": o cruel assassinato da atriz Daniella Perez pelo colega de cena Guilherme de Pádua, a queda do avião que matou o conjunto Mamonas Assassinas e o desabamento dos prédios do condomínio Palace II, no Rio de Janeiro.

Do outro lado, a teledramaturgia se desenvolveu e, cada vez mais, buscando abordar temas polêmicos ou próximos do cotidiano brasileiro, além de realizar grandes produções em suas séries. Mas a TV aberta sofreu uma grande perda: em 1999, a TV Manchete encerrou suas atividades, mergulhada em dívidas que a fizeram decretar falência. Em seu lugar, passou a operar a emissora Rede TV!, que até hoje não disse a que veio.

Nos anos 90, por dois momentos o mundo voltou seus olhos para o território brasileiro. Em 1992, o Rio de Janeiro se tornou sinônimo de conscientização ambiental através da Rio-92, evento que trouxe palestras sobre desenvolvimento sustentável e soluções para que os progressos tecnológicos não atrapalhem os ecossistemas. Já o outro momento veio na parte musical: a segunda edição do Rock in Rio, datada de 1991.

A década musical brasileira apresentou a ascensão de estilos musicais ao gosto dos sucessos radiofônicos. Em seus primeiros anos, as rádios brasileiras ouviram as invasões de inúmeras duplas do estilo neo-sertanejo (influência da música sertaneja mais voltada para o estilo country), como Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano e Leandro & Leonardo. Mais tarde, a explosão sertaneja cedeu espaço à abundância do axé, liderado pelo conjunto É o Tchan, aliado ao pagode de grupos como Raça Negra e Só Pra Contrariar. Ao final da década, teria destaque também o lixo musical convencionado como funk com letras de má qualidade e com forte conotação sexual.

Mas, apesar da ditadura das rádios estar cada vez maior, ainda houve espaço para o surgimento no cenário musical de artistas considerados pela crítica como exemplos de boa música. Casos de Ana Carolina, Zélia Duncan, Adriana Calcanhotto, Gabriel o Pensador, Cazuza e Renato Russo (os dois últimos não chegariam ao final da década) e os conjuntos Skank, Cidade Negra, Pato Fu, Jota Quest e Los Hermanos. Do BRock presente na década anterior, poucos conjuntos sobreviveriam com trabalhos de qualidade - casos dos conjuntos Titãs e Paralamas do Sucesso.

Os considerados "medalhões" da MPB trouxeram trabalhos consideráveis, como os discos Paratodos e Uma palavra, de Chico Buarque, Circuladô e Fina estampa, de Caetano Veloso e Tropicália 2, reunião de Caetano com Gilberto Gil para relembrar o tropicalismo (ou fazê-lo com "roupagem" dos anos 90). Gil inaugurou um novo estilo de disco ao vivo, que se tornaria constante nos lançamentos anuais brasileiros: os acústicos produzidos pela MTV. Gravados ao vivo, estes discos apresentavam novas leituras de canções mais bem sucedidas de cantores e grupos tradicionais na Música Popular Brasileira - com o advento do DVD, que apareceu ao final da década, tornando o vídeo cassete obsoleto, a gravação, além de som, tinha imagem.

Em uma década na qual o resultado comercial parecia ser a dianteira das gravadoras, a tendência parecia mesmo ser a de voltar ao passado para garantir futuras vendas. Muitos artistas consagrados lançaram discos "ao vivo", geralmente no ano seguinte ao lançamento de um disco gravado em estúdio. A prioridade na fórmula garantida de sucesso se refletiu, por exemplo, nos únicos lançamentos do "amigo de fé" Erasmo Carlos - depois do disco mal sucedido Homem de rua, de 1992, em 1996 ele lançou É preciso saber viver, formado por regravações de canções dele com Roberto e releituras de músicas gravadas originalmente por Roberto Carlos.

Roberto foi um dos poucos a tentar fugir deste formato de meramente reler seus grandes sucessos a cada trabalho novo (em alguns discos desta década ele fez uma "cota" de ter uma regravação por disco, casos de Se você pensa, em 1993, Custe o que custar, de 1994, Quase fui lhe procurar, de 1995, Como é grande o meu amor por você, em 1996, e Esta tarde vi llover, no ano de 1997). E na década de 1990 a crítica concentrou ainda mais o repúdio anunciado que vinha acontecendo desde meados da década anterior. Mas, apesar do alarde de depreciadores, ele seguiu, caminhando com seus milhões de amigos - dentre eles, Maria Bethânia, que fez o brilhante tributo As canções que você fez pra mim, e da safra de novas bandas de rock que fizeram o disco Rei - além dos sucessos nas rádios que RC teve, como Mulher pequena, de 1992, e Alô, de 1994.

Sua discografia desta década traz algumas peculiaridades. Os três primeiros anos ainda mostram sua forte ligação com o mercado latino - em seus LPs, além de conter sempre uma faixa do disco lançado no início do ano apenas para o mercado castelhano, vinha também uma versão em português de música naquele idioma (Mujer e Por ela, de 1990, Oh, oh, oh, oh e Se você quer - dueto em disco com Fafá de Belém, de 1991, e Una en un millón e Dizem que um homem não deve chorar, de 1992). O retorno ao contato com as canções latinas viria de maneira esporádica em 1997, através do belíssimo disco Canciones que amo, que foi lançado também no Brasil (e, além de clássicos da música latina, trouxe uma curiosa versão em espanhol para Insenstatez, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes).

Outro recorte de suas canções em parceria com Erasmo recai sobre as homenagens às mulheres vistas como "comuns". Entre 1992 e 1996 vieram, em ordem, músicas dedicadas a mulheres de baixa estatura, acima do peso, que usam óculos e que têm 40 anos (Mulher pequena, Coisa bonita, O charme dos seus óculos e Mulher de 40, respectivamente). Procurando sempre dialogar com outros estilos de música, RC passeou por outras praias musicais, como a salsa (Romântico, de 1995), o forró (O baile da fazenda, de 1998) e o estilo neo-sertanejo (Todas as manhãs, de 1991, e Amigo, não chore por ela, de 1995).

O apego religioso se fez cada vez mais presente, com várias maneiras de homenagear Jesus (Luz divina, Jesus salvador, Coração de Jesus e Meu menino Jesus - um dado curioso: esta última, até o momento, é a única canção feita explicitamente para falar sobre o Natal), além de Quando eu quero falar com Deus, música vista por muitos como uma resposta a Se eu quiser falar com Deus, que Gilberto Gil escreveu para RC gravar, mas que ele não aceitou incluir em seu repertório por trazer idéias muito dissonantes das suas opiniões. As "mensagens" se fizeram presentes em outras canções: no repúdio à guerra de Quero paz, e na igualitária Herói calado. Mas outra faceta religiosa surgiu em letra e música: as canções em homenagem a símbolos da Igreja Católica. A primeira delas veio em 1993, com Nossa Senhora. Três anos depois, foi a vez de O terço. E, na única inédita do conturbado ano de 1999, foi a vez de Todas as Nossas Senhoras.

Esta abordagem de RC a símbolos do catolicismo é atribuída por muitos à sua esposa, Maria Rita. Ela, que, de acordo com Roberto, deu a ele "os melhores anos de minha vida", tinha um grupo de amigas para rezar. Na década de 1990, Roberto e Maria Rita viveram uma história de grande amor, que se refletiu nas canções românticas que RC assinou com Erasmo anualmente - basta ouvir os versos de Primeira dama, Obsessão e Quando digo que te amo, dentre outras.

Os dois começaram a morar juntos no ano de 1991, e em 1996 oficializaram ainda mais a união em uma cerimônia de casamento. Mas, no ano de 1998 veio uma notícia triste para o casal: foi descoberto em Maria Rita um câncer na região pélvica. RC, que estava às voltas com a feitura seu disco daquele ano, transferiu as gravações para São Paulo, e alternava sua rotina entre momentos no estúdio e acompanhar a esposa no hospital.

Naquele ano, o disco saiu com apenas quatro músicas inéditas - as outras seis faixas apresentaram versões ao vivo de canções de destaque em seu repertório, como Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, Falando sério e Outra vez. E 1999 seria um ano de melhoras e pioras, que faria com que RC interrompesse sua rotina de shows e até mesmo deixasse de gravar seu especial anual na TV Globo. Para amenizar a ausência de um novo trabalho, a gravadora Sony lançou duas compilações - o álbum duplo 30 sucessos e a coletânea de canções religiosas Mensagens. Depois de um ano de batalhas contra o câncer, Maria Rita descansou em dezembro, e um de seus últimos pedidos foi o de que Roberto não parasse de cantar.

Na década em que RC diz ter descoberto "o que é o amor sem limite", nada mais justo do que colocar no post de hoje a canção que ele considera a mais forte que já escreveu em toda sua vida. Uma obra-prima presente no disco de 1998, que ele preferiu assinar sozinho, e, em cada palavra, define o quanto é importante ver brilhar a todo instante no rosto da pessoa amada um sorriso. A década de 1990 se encerrava com uma tristeza para RC. Mas na década seguinte, ele veria que, no colo de seu público, ainda tinha muitos motivos para sorrir e cantar. Isso é um assunto para o próximo post.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos posando para a parte interna do LP de 1996. Um dado curioso: este foi seu último lançamento presente no mercado também em formato de vinil.

Abraços a todos, Vinícius.

EU TE AMO TANTO - Roberto Carlos

Eu não me acostumo sem seus beijos
E não sei viver sem seus abraços
Aprendi que pouco tempo é muito
Se estou longe dos seus braços

E por isso eu te procuro tanto
E te telefono a toda hora
Pra dizer mais uma vez "te amo"
Como estou dizendo agora

Faço qualquer coisa nessa vida
Pra ficar um pouco do seu lado
Todo mundo diz que não existe
Ninguém mais apaixonado

Meu amor, você é minha vida
Sua vida eu também sei que sou
Cada vez mais juntos
Quem procura por você sabe onde estou

Olha, eu te amo tanto e você sabe
Sou capaz de tudo se preciso
Só pra ver brilhar a todo instante
No seu rosto esse sorriso...

5 comentários:

Felipe Moura disse...

Seu holismo neste post, me impressionou! Um texto que fez com que meus olhos transcorresse pelas palavras muito cuidadosamente escolhidas.

Escrever é uma arte, invejável e acima de tudo única.

Você tem sorte, de ter esse dom.

Felicitações!

Felipe Moura
do Blog El Rey Roberto Carlos

Felipe Moura disse...

Agora, me permita comentar sobre os anos 90 do Roberto!

Como você disse, os anos 90 teve suas nuances na tecnologia e eu diria que as mesmas estiveram muito presentes nas gravações do Roberto.

Na política, o Rei também "protestou", basta fazer uma breve analogia entre suas músicas como "Quero Paz, Herói Calado" e o momento político em que o mundo vivia.

Na religião, ele confirmou com veêmencia tudo aquilo que já falavam da sua fé, começando pelos belos e exitosos acordes de Eduardo Lages em "Nossa Senhora" e fechando com um disco só de Mensagens Religiosas em 1999.

Muita triztesa emabala esse mesmo ano de 99, porém, foi aí que, Roberto Carlos, percebeu a medida do amor e escreveu coisas tão bonitas quanto este sentimento.

Grande Abraço!

Felipe.

Anônimo disse...

Parabéns por seu comentário, Vinícius. Em cada década vários acontecimentos que deixaram saudades. O Vinil por ex.
Um abraço.
Leda Martins.

Vinícius Faustini disse...

Felipe, muito obrigado pelos comentários e pelas considerações. São atitudes como esta que me fazem ainda mais ter vontade de escrever - e sim pelos diálogos que um texto pode proporcionar.

Só vou fazer uma correção ao que você disse: o arranjo de "Nossa Senhora" é assinado pelo Tutuca Borba. Tanto que, ao apresentar os músicos, o RC sempre evidencia isto quando aplaude o rapaz que está nas cordas do RC-9.

Abraços!

Anônimo disse...

Eu cresci ouvindo os anos 90. Confesso que senti uma certa falta de canções mais românticas por causa das homenagens que se tornaram mais evidentes, bem como as canções mais religiosas. Entretanto tivemos pérolas como Tanta solidão, Você é minha, todo o disco de 90, Todas as manhãs, Tem coisas que a gente não tira do coração, Alô, Quero lhe falar do meu amor, enfim, muitas canções belíssimas para nos deliciarmos e provar que RC teve merecidos êxitos radiofônicos e vendagens nessa década!

Blog Música do Brasil
www.everaldofarias.blogspot.com

Um forte abraço!