sábado, 5 de abril de 2008

Carros, caminhões, poeira, estrada, tudo, tudo - 2


Olá, amigos.

A série Carros, caminhões, poeira, estrada, tudo, tudo chega ao seu segundo post, enumerando músicas do repertório de Roberto Carlos que falam sobre velocidade. E desta vez nossa jornada chega a um destino que teve significados em vida e obra para RC.

A canção de hoje entrou para a história da Música Popular Brasileira como o primeiro momento musical de uma parceria que prossegue por décadas, em certezas até mesmo nas horas incertas. Foi com a música que abre o LP que Roberto Carlos lançou no ano de 1963 que se leu pela primeira vez nos créditos de uma canção o nome de uma dupla artística com histórias muito interessantes: Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

E tendo esta companhia para seguir sua trilha de compositor e intérprete, Roberto conheceu o primeiro sucesso de seu repertório. Erasmo lembrou, em sua participação no Roberto Carlos Especial de 1989, como reagiu quando ouviu uma grande notícia para ele: "Eu fui pra janela e gritei: "Olha lá o, Robertão tá em primeiro lugar com Parei na contramão em São Paulo! E a música é minha".

Os carros continuariam presentes no cancioneiro de Roberto Carlos. Mas a partir da recordação do dia em que parou na contramão por conta de um broto displicente faria com que sua andança pela estrada chamasse a atenção de todos. E, certamente, não era por causa de má direção, nem sua e nem do co-piloto Erasmo Carlos.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos na época do disco de 1963.

PAREI NA CONTRAMÃO - Roberto e Erasmo

Vinha voando no meu carro quando vi pela frente
Na beira da calçada um broto displicente
Joguei o pisca-pisca para a esquerda e entrei
A velocidade que eu vinha não sei
Pisei no freio obedecendo ao coração
E parei... parei na contra-mão

O broto displicente nem sequer me olhou
Insisti na buzina mas não funcionou
Segue o broto seu caminho sem me ligar
Pensei por um momento que ela fosse parar
Arranquei à toda e sem querer
Avancei o sinal... o guarda apitou

O guarda muito vivo de longe me acenava
E pela cara dele eu vi que não gostava
Falei que foi cupido quem me atrapalhou
Mas minha carteira pro xadrez levou
Oh, acho que esse guarda nunca se apaixonou
Pois minha carteira o malvado levou

Quando me livrei do guarda o broto não vi
Mas sei que algum dia ela vai voltar
E a buzina desta vez eu sei que vai funcionar...

P.S.: na seção Crônicas da Vida, espaço que gentilmente recebi do meu amigo Fabiano Cavalcante em seu blogue Aplauso, transformei em nota de jornal a história presente na letra mostrada acima. Este excelente espaço feito em homenagem a Roberto Carlos está disponível em um dos links da direita, para apreciação de todos.

Um comentário:

Anônimo disse...

ler todo o blog, muito bom