terça-feira, 31 de agosto de 2010

Roberto Carlos em capítulos - BETO ROCKEFELLER



Olá, amigos.

O Emoções de Roberto Carlos começa hoje uma série na qual unimos duas paixões brasileiras: Roberto Carlos e as telenovelas. A teledramaturgia teve início de fato na década de 1960, com 2-5499 ocupado, a primeira novela diária do Brasil, e até hoje prossegue no cotidiano nacional.

Roberto Carlos também fez parte destas obras televisivas, como cantor e como compositor. E, a partir de hoje, vamos recordar algumas delas, na série ROBERTO CARLOS EM CAPÍTULOS. O primeiro capítulo vem de 1968.

Ainda na TV Tupi, a música de RC embalou um grande personagem da história da telenovela brasileira. Trata-se de Beto Rockefeller, a trama que mudaria os padrões mexicanizados dos folhetins televisivos, instaurados pela novelista Glória Magadan.

Com texto de Bráulio Pedroso a partir de criação de Cassiano Gabus Mendes, a novela imprimiu um tom coloquial nas falas e a direção, a cargo de Lima Duarte, priorizou a naturalidade nas ações. Beto Rockefeller também inovou ao colocar como protagonista um anti-herói, com qualidades e defeitos, dando um gosto de realidade à fantasia.

A música de Roberto e Erasmo teve o privilégio de embalar as aventuras do protagonista. No papel que o consagraria, Luiz Gustavo era Alberto, o Beto, um rapaz de classe média baixa de São Paulo que trabalha como vendedor numa loja de sapatos. Mas o simples Beto se transformava em Beto Rockefeller, primo de terceiro grau de um magnata norte-americano, para freqüentar as badaladas festas da alta sociedade paulistana.

Com Beto Rockefeller, Bráulio Pedroso mostrava o dilema de um sujeito que não se decidia entre dois personagens. De um lado, o Beto humilde e trabalhador na Rua Teodoro Sampaio, do outro, o sofisticado Beto Rockefeller, que seguia os padrões da high society que frequentava a Rua Augusta.

Portanto, nada melhor do que uma canção de Roberto Carlos e Erasmo Carlos para contar em letra e música a história de um personagem que sabia que precisava acabar logo com isso, precisava lembrar que ele existia. Era assim que dizia o tema de Beto Rockefeller, cantado por Erasmo Carlos na novela da TV Tupi.

Segue a letra! Na foto, Luiz Gustavo e Walter Avancini numa cena da novela.

Abraços a todos, Vinícius.


SENTADO À BEIRA DO CAMINHO
- Roberto e Erasmo

Eu não posso mais ficar aqui
A esperar
Que um dia de repente
Você volte para mim
Vejo caminhões e carros apressados
A passar por mim
Estou sentado à beira de um caminho
Que não tem mais fim

Meu olhar se perde na poeira
Desta estrada triste
Onde a tristeza e a saudade de você
Ainda existe
Esse sol que queima no meu rosto
Um resto de esperança
De ao menos ver de perto seu olhar
Que eu trago na lembrança

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo ....

Vem a chuva e molha o meu rosto
E então eu choro tanto
Minhas lágrimas e os pingos dessa chuva
Se confundem com meu pranto
Olho pra mim mesmo, me procuro
E não encontro nada
Sou um pobre resto de esperança
À beira de uma estrada

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo...

Carros, caminhões, poeira, estrada
Tudo, tudo, se confunde em minha mente
Minha sombra me acompanha e vê que eu estou morrendo lentamente
Só você não vê que eu não posso mais ficar aqui sozinho
Esperando a vida inteira por você sentado à beira de um caminho

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo...

domingo, 29 de agosto de 2010

A simplicidade de um rei



Olá, amigos.

O carnaval começou mais cedo para nós, fãs de Roberto Carlos. Não bastasse a confirmação de que ele será tema da Beija-Flor de Nilópolis no carnaval de 2011, foi divulgado que artistas ligados a RC também participam da eliminatória para o samba-enredo da escola.

O tema A SIMPLICIDADE DE UM REI trouxe a adesão do amigo ERASMO CARLOS, do maestro EDUARDO LAGES e do compositor PAULO SÉRGIO VALLE. Artistas com carreiras ligadas à vida e à obra de Roberto Carlos, e que reverenciam o amigo e o maior cantor popular do Brasil.

O Emoções de Roberto Carlos pega o tamborim e adere ao ritmo do pandeiro e da bateria dos compositores pra torcer pelo sucesso em letra e música deste samba-enredo. Para um homem que, mesmo aclamado como "rei" tem toda simplicidade ao seu redor, a letra abaixo parece ideal.

Abraços a todos, Vinícius.

A SIMPLICIDADE DE UM REI - Erasmo Carlos, Eduardo Lages e Paulo Sérgio Valle

Uma canção de amor
O sorriso, a flor, a inspiração
Simplicidade traz, no olhar a paz
Do seu coração

Sempre uma linda canção
Pra gente cantar
Tem romantismo e paixão
No ar

Muitas palavras de amor
Pra gente dizer
Como é grande o meu amor por você

(refrão)
Bate forte o coração e o tambor
Emoção, muito amor
Bate forte o coração e o tambor
É Roberto Carlos na Beija-Flor

Quando eu estou aqui
Eu vivo esse momento lindo
Sentindo a emoção da multidão
E a Beija-Flor sorrindo

Detalhes tão bonitos
Nessa festa a gente vai viver
Carinhos e abraços
Te proponho até o amanhecer

(refrão)

Beija, beija, beija, beija
Beija, beija meu amor
Beija, beija, beija, beija
Beija, beija beija-flor

Beija, beija, beija, beija
Beija, beija meu amor
Beija, beija, beija, beija
Minha escola é a Beija-Flor

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - DETALHES



Olá, amigos.

A última faixa da série As eleitas de Roberto Carlos é apresentada hoje. Os 15 posts deste programa trouxeram as favoritas de RC publicadas em 1972 no livreto As canções que mais gosto, que veio encartada na revista Contigo.

E esta música se tornou tão favorita, mas tão favorita, que desde 1971 ela jamais saiu dos shows de Roberto Carlos. Mais de uma vez, o cantor disse que sempre que começa a pensar num show, acha que não vai cantar esta canção, mas ao fazer o repertório, não consegue retirá-la.

Pelo bem também de seus fãs, que a elegeram como uma de suas obras-primas. Em 1972, Roberto Carlos fez o seguinte comentário sobre ela:

"É uma das letras de que mais gosto. Procura mostrar os encontros e desencontros de um jovem nos seus problemas afetivos. No fundo é uma tremenda fossa. Sou terrivelmente amarrado nessa canção. Sempre achava que precisava compor algo assim. Agora estou satisfeito. Detalhes foi feito numa tarde de chuva. Eu estava sentado na minha cadeira favorita e Erasmo no chão. Quando terminamos, fui correndo mostrar para a Nice. Ela adorou".

Segue a letra! Na foto, Roberto ao violão nos anos 70, forma como o cantor ultimamente apresenta a música que encerra esta série.

Abraços a todos, Vinícius.

DETALHES - Roberto e Erasmo

Não adianta nem tentar me esquecer
Durante muito tempo em sua vida, eu vou viver
Detalhes tão pequenos de nós dois
São coisas muito grandes pra esquecer
E toda hora vão estar presentes, você vai ver

Se um outro cabeludo aparecer na sua rua
E isso lhe trouxer saudades minhas, a culpa é sua
O ronco barulhento do seu carro
A velha calça desbotada ou coisa assim
Imediatamente você vai lembrar de mim

Eu sei que um outro deve estar falando ao seu ouvido
Palavras de amor como eu falei mas eu duvido
Duvido que ele tenha tanto amor
E até os erros do meu português ruim
E nessa hora você vai lembrar de mim

À noite envolvida no silêncio do seu quarto
Antes de dormir você procura o meu retrato
Mas na moldura não sou eu quem lhe sorri
Mas você vê o meu sorriso mesmo assim
E tudo isso vai fazer você lembrar de mim

Se alguém tocar seu corpo como eu não diga nada
Não vá dizer meu nome sem querer à pessoa errada
Pensando ter amor nesse momento
Desesperada você tenta até o fim
E até nesse momento você vai lembrar de mim

Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma todo o amor em quase nada
Mas quase também é mais um detalhe
Um grande amor não vai morrer assim
Por isso, de vez em quando, você vai, vai lembrar de mim

Não adianta nem tentar me esquecer
Durante muito, muito tempo em sua vida eu vou viver
Não, não adianta nem tentar me esquecer

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - AMADA AMANTE



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos chega ao seu penúltimo post, com a lista de músicas que RC declarou como as preferidas de sua obra na época. A sequência musical é extraída do livreto As canções que mais gosto, publicado originalmente na revista Contigo em 1972.

A canção de hoje é a única dentre as 15 preferidas mostradas até agora que falam sobre sensualidade, um tema que seria constante a partir de meados da década de 1970. E Roberto Carlos disse as seguintes palavras sobre ela:

"Esta é especial para a Nicinha. A letra nasceu numa noite, quando eu estava deitado, tranqüilamente, na cama. É também uma homenagem à esposa amante que sabe amar e entender um homem. Com essa canção acho que consegui mostrar exatamente tudo o que sinto pela minha mulher. Nice é uma companheira sensacional. A música é do Erasmo".

Segue a letra! Na foto, a contracapa do LP de 1971.

Abraços a todos, Vinícius.

AMADA AMANTE - Roberto e Erasmo

Esse amor demais antigo
Amor demais amigo
Que de tanto amor viveu

Que manteve acesa a chama
Da verdade de quem ama
Antes e depois do amor

E você, amada, amante
Faz da vida um instante
Ser demais para nós dois

Esse amor sem preconceito
Sem saber o que é direito
Faz as suas próprias leis

Que flutua no meu leito
Que explode no meu peito
E supera o que já fez

Nesse mundo desamante
Só você, amada, amante
Faz o mundo de nós dois

Amada, amante
Amada, amante
Amada, amada, amante
Amada, amada, amante...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - DE TANTO AMOR




Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos chega ao seu antepenúltimo post, com a série de canções favoritas de RC publicada no livreto As canções que mais gosto. Este livreto saiu como encarte da revista Contigo em 1972.

A música de hoje traz um dado bem curioso. Originalmente, ela foi um presente de casamento. Roberto Carlos foi o padrinho da união matrimonial de Claudette Soares e, em vez de algum utensílio doméstico para os noivos, deu para ela uma música para ser gravada. RC detalha como se inspirou para fazer esta canção:

"É uma história de amor. Foi composta especialmente para Claudette Soares, que deu uma excelente interpretação. São coisas da vida, românticas, canção feita com simplicidade. Uma frase eu gosto demais - "me perdi de tanto amor". Isso pode acontecer a muita gente. A música surgiu na volta de uma viagem à Europa".

O presente foi muito bem aproveitado. De tanto amor ficou por 56 semanas consecutivas nas paradas de sucesso. E, pouco tempo depois, também recebeu a versão do autor, no LP de 1971.

Segue a letra! Na foto, uma das capas de LP de Claudette Soares.

Abraços a todos, Vinícius.

DE TANTO AMOR - Roberto e Erasmo

Ah, eu vim aqui amor
Só pra me despedir
E as últimas palavras
Desse nosso amor
Você vai ter que ouvir

Me perdi de tanto amor
Ah! Eu enlouqueci
Ninguém podia amar assim
E eu amei e devo confessar
Aí foi que eu errei

Vou te olhar mais uma vez
Na hora de dizer adeus
Vou chorar mais uma vez
Quando olhar nos olhos seus
Nos olhos seus

A saudade vai chegar
E por favor meu bem
Me deixe pelo menos só te ver passar
Eu nada vou dizer
Perdoa se eu chorar...

sábado, 21 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - TRAUMAS



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos chega às músicas do LP de 1971. Esta sequência de canções é retirada do livreto As canções que mais gosto, da revista Contigo.

A música de hoje traz um lado mais intimista, numa das mais pessoais de sua obra. E Roberto relembra como surgiu a ideia de escrevê-la:

"Sempre que viajo, penso na minha infância em Cachoeiro do Itapemirim. Quando fiz essa música, estava em Nova Iorque, num hotel. Ela surgiu de uma revolta dentro de mim. É baseada nos problemas que ficam escondidos dentro da gente. Saiu como uma explosão onde eu não conseguia mais segurar as coisas que se passavam comigo no momento. No fim da letra, já compreendia melhor os problemas. Gosto demais de Traumas".

E os problemas adormecidos viraram uma bela canção da safra de Roberto e Erasmo. Só um artista para encontrar poesia até em seus traumas.

Segue a letra! Na foto, uma das imagens do LP de 1971.

Abraços a todos, Vinícius.

TRAUMAS - Roberto e Erasmo


Meu pai um dia me falou
Pra que eu nunca mentisse
Mas ele também se esqueceu
De me dizer a verdade

Da realidade do mundo
Que eu ia saber
Dos traumas que a gente só sente
Depois de crescer

Falou dos anjos que eu conheci
No delírio da febre que ardia
No meu pequeno corpo que sofria
Sem nada entender

Minha mulher em certa noite
Ao ver meu sono estremecido
Falou que os pesadelos são
Algum problema adormecido

Durante o dia a gente tenta
Com sorrisos disfarçar
Alguma coisa que na alma
Conseguimos sufocar

Meu pai tentou encher de fantasia
E enfeitar as coisas que eu via
Mas aqueles anjos agora já se foram
Depois que eu cresci

Da minha infância agora tão distante
Aqueles anjos no tempo eu perdi
Meu pai sentia o que eu sinto agora
Depois que cresci

Agora eu sei o que meu pai
Queria me esconder
Às vezes as mentiras
Também ajudam a viver

Talvez um dia pro meu filho
Eu também tenha que mentir
Pra enfeitar os caminhos
Que ele um dia vai seguir

Meu pai tentou encher de fantasia
E enfeitar as coisas que eu via
Mas aqueles anjos agora já se foram
Depois que eu cresci

Da minha infância agora tão distante
Aqueles anjos no tempo eu perdi
Meu pai sentia, sentia o que eu sinto agora
Depois que cresci...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - 120... 150... 200 KM POR HORA



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos segue a trazer canções da obra de RC analisadas pelo próprio cantor. Todos os comentários dele mostrados aqui são retirados do livreto As canções que mais gosto, publicado em 1972 pela Contigo.

Em 1970, Roberto e Erasmo voltaram a falar de velocidade, mas de forma diferente em relação aos velhos tempos e belos dias da Jovem Guarda. No ano seguinte à música As curvas da Estrada de Santos, RC falou um pouco mais da amargura passada sobre quatro rodas:

"Eu sempre fui muito chegado a um tremendo carango. Dentro dele, sinto-me outro. Essa letra reflete algumas coisas que acontecem comigo e com qualquer outra pessoa que está dirigindo. Carro é o meu tema favorito, e esta música, em particular, mexe muito comigo. A ideia nasceu quando eu estava dirigindo o meu Jaguar".

No mesmo ano, RC se apresentou pela primeira vez no Canecão, num show com título inspirado na música de hoje - A 200 km por hora. Era RC numa velocidade quentíssima.

120... 150... 200 KM POR HORA - Roberto e Erasmo

As coisas estão passando mais depressa
O ponteiro marca 120
O tempo diminui
As árvores passam como vultos
A vida passa, o tempo passa
Estou a 130

As imagens se confundem
Estou fugindo de mim mesmo
Fugindo do passado, do meu mundo assombrado
De tristeza, de incerteza
Estou a 140
Fugindo de você

Eu vou voando pela vida sem querer chegar
Nada vai mudar meu rumo nem me fazer voltar
Vivo, fugindo, sem destino algum
Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum

O ponteiro marca 150
Tudo passa ainda mais depressa
O amor, a felicidade
O vento afasta uma lágrima
Que começa a rolar no meu rosto
Estou a 160

Vou acender os faróis, já é noite
Agora são as luzes que passam por mim
Sinto um vazio imenso
Estou só na escuridão
A 180
Estou fugindo de você

Eu vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim

O ponteiro agora marca 190
Por um momento tive a sensação
De ver você a meu lado
O banco está vazio
Estou só a 200 por hora
Vou parar de pensar em você
Pra prestar atenção na estrada

Vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes, às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim

Eu vou, vou voando pela vida
Sem querer chegar...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - JESUS CRISTO



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos continua enumerando músicas que RC definiu como favoritas de sua obra. A sequência é feita a partir do livreto As canções que mais gosto, publicado na Contigo em 1972.

E a música de hoje é a primeira com temática religiosa na obra de Roberto Carlos. Sua religiosidade, tão marcante nestes mais de 50 anos de carreira, teve como marco inicial o louvor a Jesus Cristo, que Roberto Carlos relembra que surgiu desta maneira:

"Eu estava na cidade de Cascavel, interior de Santa Catarina. Tinha acabado de fazer um show no clube local e, apesar de cansado, sentia dentro de mim uma coisa esquesita. Parecia angústia, sei lá, uma coisa meio espiritual, e comecei a escrever os primeiros versos. De volta a São Paulo, telefonei para o Erasmo, expliquei tudo direitinho, e no mesmo dia terminamos a música".

A canção ficou tão marcante que, invariavelmente, ela encerra seus shows nos palcos do Brasil e do mundo afora. E em 1997, RC cantou para o então Papa João Paulo II este louvor a Jesus Cristo.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos, sob o olhar de Jesus no palco.

Abraços a todos, Vinícius.

JESUS CRISTO - Roberto e Erasmo

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui...

Olho pro céu e vejo
Uma nuvem branca que vai passando
Olho na terra e vejo
Uma multidão que vai caminhando

Como essa nuvem branca
Essa gente não sabe aonde vai
Quem poderá dizer o caminho certo
É Você, meu Pai

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui...

Toda essa multidão
Tem no peito amor e procura a paz
E apesar de tudo
A esperança não se desfaz

Olhando a flor que nasce
No chão daquele que tem amor
Olho pro céu e sinto
Crescer a fé no meu Salvador

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui...

Em cada esquina eu vejo
O olhar perdido de um irmão
Em busca do mesmo bem
Nessa direção caminhando vem

É meu desejo ver
Aumentando sempre essa procissão
Para que todos cantem
Na mesma voz essa oração

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui...

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui...

domingo, 15 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - MEU PEQUENO CACHOEIRO



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos apresenta mais uma postagem com as músicas que RC definiu em 1972 no livreto As canções que mais gosto, publicado na revista Contigo. A música de hoje é a única que não é assinada pelo próprio RC.

O autor é RAUL SAMPAIO. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim no ano de 1928, Raul iniciou sua carreira artística formando a dupla Dois Valetes (ao lado de Loé Moulin), mais tarde nomeada Dois Valetes e Uma Dama, com a entrada da cantora Noemi Cavalcanti. Em 1949, se mudou para o Rio de Janeiro e, após trabalhar em lojas de instrumento e se apresentar no programa Papel carbono, de Renato Murce, conseguiu a primeira gravação de uma música sua: Aladim, na voz de Isaurinha Garcia.

Artistas de todas as épocas gravaram suas músicas: Herivelto Martins, Orlando Silva, Maria Bethânia, Fafá de Belém e João Bosco são alguns deles. Como compositor, Sampaio escreveu para vários estilos de música - o samba-canção Noite, gravado por Cauby Peixoto, o bolero Pensando em ti, interpretado por Maysa, e a guarânia Amor de minha vida, na voz de Luiz Gonzaga.

Sua canção Meu pranto rolou recebeu duas leituras privilegiadas. A primeira, em 1965, na voz de Orlando Silva, e a outra, por Toquinho e Vinícius de Moraes na década de 1970. É de autoria dele uma música de destaque na Jovem Guarda: a singela A carta, escrita em parceria com Benil Santos, lançada por Erasmo Carlos (que ele "descobriu" quando atuava como diretor artístico da RGE) em 1965 no LP "Você me acende" e regravada em 1992 no disco Homem de rua, num dueto de Erasmo com Renato Russo).

Mas foi em 1969 que ele escreveu a música de mais destaque dentre as 200 que ele escreveu. Depois de uma viagem do Rio de Janeiro à sua cidade natal, Raul Sampaio escreveu Meu pequeno Cachoeiro. Em seguida, apresentou-a ao conterrâneo Roberto Carlos, que decidiu gravá-la no LP de 1970.

Ao relembrar a gravação da música, RC contou porque a escolheu dentre as canções que ele mais gosta:

"Esta música não foi feita especialmente para mim, como muita gente pensa. É do Raul Sampaio, também de Cachoeiro de Itapemirim. Gostaria muito de ter composto essa canção, é o que realmente sinto pela cidade onde eu nasci. Com essa letra ele traduziu tudo o que poderia ser dito sobre o assunto. É uma música belíssima".

O jornalista Luiz Trevisan, do jornal capixaba A Tribuna, afirmou no início do ano que iriam lançar em 2005 um CD só com canções feitas em homenagem a Cachoeiro, mas a gravação de 1970 de Meu pequeno Cachoeiro foi vetada pelo cantor Roberto Carlos, pelo motivo de "estar guardada para um novo projeto". E, de fato, estava: 35 anos depois, RC a regravou em seu disco daquele ano para mostrar a saudade que tem destas serras entre as terras.

O mais recente disco de inéditas de Raul Sampaio é de 2004. Intitulado Cidades, traz homenagens a cidades capixabas, como Marataízes e Vitória (terra deste que escreve), além de uma nova canção para Cachoeiro - Valsinha do cachoeirense ausente. Mas a homenagem cantada por Roberto Carlos ainda é considerada o hino de Cachoeiro - "terra onde a pessoa não nasce, estreia" (além de RC, lá nasceram o escritor Rubem Braga e o primo de Raul, Sérgio Sampaio), e considerada por muitos nascidos lá como "a capital secreta do mundo".

Segue a letra! Na foto, Raul Sampaio.

Abraços a todos, Vinícius.

MEU PEQUENO CACHOEIRO - Raul Sampaio

Eu passo a vida recordando
De tudo quanto aí deixei
Cachoeiro, Cachoeiro
Vim ao Rio de Janeiro
Pra voltar e não voltei

Mas te confesso na saudade
As dores que arranjei pra mim
Pois todo o pranto destas mágoas
Ainda irei juntar as águas
Do teu Itapemirim

Meu pequeno Cachoeiro
Vivo só pensando em ti
Ai que saudade dessas terras
Entre as serras
Doce terra onde eu nasci

Meu pequeno Cachoeiro
Vivo só pensando em ti
Ai que saudade dessas terras
Entre as serras
Doce terra onde eu nasci

Recordo a casa onde eu morava
O muro alto, o laranjal
Meu flamboyant na primavera
Que bonito que ele era
Dando sombra no quintal

A minha escola, a minha rua
Os meus primeiros madrigais
Ai, como o pensamento voa
Ao lembrar a terra boa
Coisas que não voltam mais
Meu pequeno Cachoeiro
Vivo só pensando em ti
Ai que saudade dessas terras
Entre as serras
Doce terra onde eu nasci

(Declamado):
“Sabe meu Cachoeiro
Eu trouxe muita coisa de você
E todas essas coisas
Me fizeram saber crescer
E hoje eu me lembro de você
Me lembro e me sinto criança outra vez”

Meu pequeno Cachoeiro
Vivo só pensando em ti
Ai que saudade dessas terras
Entre as serras
Doce terra onde eu nasci...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - ANA



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos chega à década de 1970, trazendo as canções que o cantor definiu como as que ele mais gostava naquele momento. A sequência de canções, com seus respectivos depoimentos, veio no livreto As canções que mais gosto, publicado na revista Contigo em 1972.

A canção de hoje traz uma situação atípica na obra do cantor. Trata-se de uma das poucas músicas assinadas por ele que tem um nome próprio em seu título - a outra foi Susie, de 1962. E o LP de 1970 era aberto por um nome de mulher:

"A música é do Erasmo, a letra é minha. Mais uma canção que fala de alguém que se foi, de um amor perdido, feito de saudade, de recordações. Ana Paula, minha filha, não tem nada a ver com a história, mas o título foi em homenagem à ela. A idéia começou quando estava voando de São Paulo para o Rio. Na volta a letra estava pronta. É uma de minhas favoritas".

Com a saudade de Ana, a década de 1970 das preferidas de Roberto Carlos começava. E ainda traria boas lembranças para todos os fãs do artista. Assuntos para o próximo post.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em foto recente ao lado da filha Ana Paula e de seu genro, o músico Paulinho.

Abraços a todos, Vinícius.

ANA - Roberto e Erasmo

Todo o tempo que eu vivi
Procurando meu caminho
Só cheguei à conclusão
Que não vou achar sozinho

Oh, oh, Ana, Ana, Ana
Oh, oh, oh, oh, Ana
Que saudade de você...

Toda essa vida errada
Que eu vivo até agora
Começou naquele dia
Quando você foi embora

Oh, oh, Ana, Ana, Ana
Oh, oh, oh, oh, Ana
Que saudade de você...

Ana eu me lembro com saudade
Do nosso tempo, nosso amor, nossa alegria
Agora eu só te vejo nos meus sonhos
E quando acordo minha vida é tão vazia

Oh, oh, Ana, Ana, Ana
Oh, oh, oh, oh, Ana
Que saudade de você...

Toda essa vida errada
Que eu vivo até agora
Começou naquele dia
Quando você foi embora

Oh, oh, Ana, Ana, Ana
Oh, oh, oh, oh, Ana
Que saudade de você...

Ana, Ana, Ana
Oh, oh, oh, oh, Ana
Que saudade de você...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - SUA ESTUPIDEZ



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos encerra, com o post de hoje, a leva de canções da década de 1960. A sequência de músicas mostrada nos últimos dias traz as favoritas de RC, comentadas por ele mesmo no livreto As canções que mais gosto, publicado na Contigo em 1972.

A música de hoje tem um jeito meio estúpido de ser:

"Este é um grito de alerta às pessoas que amam, mas vivem infelizes porque dão muito valor a detalhes insignificantes. Fiz a letra de manhã, depois de uma noite chuvosa. Acordei um pouco cansado de tudo, das coisas inúteis que passam a ser importantes para quem não entende nada do valor dos sentimentos. É horrível conviver com gente "emburrecida" por qualquer coisinha".

A interpretação de Roberto Carlos revela este "cansaço" em conviver com o descaso de uma pessoa em relação ao valor dos sentimentos. Influenciado pela soul music, ele traz uma forma emocionada de protestar contra a incompreensão de quem não sabe que o amor é bem maior que tudo que existe.

Um tempo depois, a cantora Gal Costa faria uma leitura mais intimista desta canção, indo para o extremo oposto da interpretação de RC. Duas belas versões dignas de uma canção que ele considera uma de suas favoritas.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos ainda nos anos 60.

Abraços a todos, Vinícius.

SUA ESTUPIDEZ - Roberto e Erasmo


Meu bem, meu bem
Você tem que acreditar em mim
Ninguém pode destruir assim
Um grande amor
Não dê ouvidos à maldade alheia e creia
Sua estupidez não lhe deixa ver que eu te amo

Meu bem, meu bem
Use a inteligência uma vez só
Quantos idiotas vivem só
Sem ter amor
E você vai ficar também sozinha, eu sei porque,
Sua estupidez não lhe deixa ver que eu te amo

Quantas vezes eu tentei falar
Que no mundo não há mais lugar
Pra quem toma decisões na vida sem pensar
Conte ao menos até três
Se precisar conte outra vez
Mas pense outra vez
Meu bem, meu bem, meu bem, eu te amo

Meu bem, meu bem
Sua incompreensão já é demais
Nunca vi alguém tão incapaz
De compreender
Que o meu amor é bem maior que tudo que existe
Mas sua estupidez não lhe deixa ver que eu te amo

Que eu te amo...
Que eu te amo...
Que eu te amo...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - AS CURVAS DA ESTRADA DE SANTOS



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos traz hoje mais uma música da safra da década de 1960 de RC. A sequência musical presente nas postagens recentes é feita a partir do livreto As canções que mais gosto, que RC publicou na Contigo em 1973.

A canção de hoje apresenta a maturidade musical de RC como compositor. Das viagens despretensiosas nas quais pensava somente nos brotos e andava parando na contramão, Roberto agora tinha o carro como lugar para amenizar algumas dores. E a música apresentada hoje é definida por ele da seguinte forma:

"Uma noite eu estava descendo a serra de Santos para fazer um show no Guarujá. De repente, uma idéia antiga começou a crescer dentro de mim. Eu sempre imaginava um cara num carro, sozinho, procurando desabafar toda a dor de um amor perdido. É uma história de um rapa que não tinha mais ninguém e só a velocidade poderia ajudá-lo a encontrar um novo amor. Quando voltei do show, não fui dormir antes de terminar a música".

E ele só foi dormir quando finalmente encontrou o destino das curvas da Estrada de Santos.

Segue a letra! Na foto, RC ainda nos anos 60.

Abraços a todos, Vinícius.

AS CURVAS DA ESTRADA DE SANTOS - Roberto e Erasmo

Se você pretende saber quem eu sou
Eu posso lhe dizer
Entre no meu carro na Estrada de Santos
E você vai me conhecer

Você vai pensar que eu
Não gosto nem mesmo de mim
E que na minha idade
Só a velocidade anda junto a mim

Só ando sozinho e no meu caminho
O tempo é cada vez menor
Preciso de ajuda, por favor me acuda
Eu vivo muito só

Se acaso numa curva
Eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fundo, corrijo num segundo
Não posso parar

Eu prefiro as curvas da Estrada de Santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive e vi pelo espelho
Na distância se perder

Mas se amor que eu perdi
Eu novamente encontrar, oh
As curvas se acabam e na Estrada de Santos
Não vou mais passar
Não, não vou mais passar, oh

Eu prefiro as curvas da Estrada de Santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive e vi pelo espelho
Na distância se perder

Mas se amor que eu perdi
Eu novamente encontrar, oh, oh
As curvas se acabam e na Estrada de Santos
Eu não vou mais passar
Não, não, não, não, não, não

Na Estrada de Santos as curvas se acabam
E eu não vou mais passar
Não, não, não,
Oh , na Estrada de Santos as curvas se acabam...

sábado, 7 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - AS FLORES DO JARDIM DA NOSSA CASA



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos traz mais uma das 15 canções que o cantor enumerou no livreto As canções que eu mais gosto, lançado pela Contigo em 1972. E hoje, a sequência musical sai da Jovem Guarda para entrar na fase da soul music.

A música que abria o LP de 1969 é escolhida em especial por ter sido um grito de alerta de RC. E ele lembra da seguinte forma:


"Esta eu fiz num hotel de Amsterdã, na Holanda. Segundinho estava no hospital submetendo-se a uma intervenção cirúrgica na vista. Eu, muito abatido e torcendo para que tudo desse certo com meu filho, comecei a escrever a letra. Segundinho é um menino saudável e a música ficou como uma das grandes recordações da minha vida".

Embora seja assinada pela dupla Roberto e Erasmo Carlos, Erasmo afirmou que a letra foi escrita pelo parceiro. Já ocorreu outros casos como este na parceria dos dois, inclusive envolvendo músicas escritas praticamente sozinho por um, mas que o outro gravou - caso de Eu sou fã do monoquíni, gravada por Roberto, e de É preciso dar um jeito, meu amigo, gravada por Erasmo.

Segue a letra! Na foto, RC em show no ano seguinte.

Abraços a todos, Vinícius.

AS FLORES DO JARDIM DA NOSSA CASA - Roberto e Erasmo

As flores do jardim da nossa casa
Morreram todas de saudade de você
E as rosas que cobriam nossa estrada
Perderam a vontade de viver

Eu já não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim

Não, não, não, não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim

As coisas que eram nossas se acabaram
Tristeza e solidão é o que restou
As luzes das estrelas se apagaram
E o inverno da saudade começou

As nuvens brancas escureceram
E o nosso céu azul se transformou
O vento carregou todas as flores
E em nós a tempestade desabou

Eu já não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim

Não, não, não, não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim

Mas não faz mal
Depois que a chuva cair
Outro jardim um dia
Há de reflorir...

Eu já não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim

Não, não, não, não, não posso mais
Não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu pra mim...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - E POR ISSO ESTOU AQUI



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos, feita a partir do livreto As canções que eu mais gosto (da revista Contigo de 1972), segue hoje. E traz mais uma canção do LP Roberto Carlos em ritmo de aventura que foi destacada por RC como uma de suas favoritas.

Em seu show no Aterro do Flamengo - no qual parte das canções formou o disco de 2002 - RC cantou-a num pout-pourri, para relembrar a década de 1960. Ao falar sobre a inocência da Jovem Guarda, o cantor lembrou as "emoções alegres, lágrimas zero. E que quando aconteciam eram azuis...".

Mas, em 1972, Roberto destacou a música como sua favorita por este motivo:

"Essa é outra das músicas antigas que gravei e gosto muito. Tem um ar mais clássico - partia para outro caminho - e é bem estruturada musicalmente. Fiz depois de um programa "Jovem Guarda". Estava triste com alguma coisa, mas não conseguia descobrir o que era. Aproveitei o meu estado de espírito para compor. Talvez esta seja a razão de gostar tanto dela".

Segue a letra! Na foto, mais um registro de RC na década de 1960.

Abraços a todos, Vinícius.

E POR ISSO ESTOU AQUI - Roberto Carlos

Olha dentro dos meus olhos
Vê quanta tristeza de chorar por ti, por ti
Olha eu já não podia mais viver sozinho
E por isso eu estou aqui

De saudade eu chorei e até pensei que ia morrer
Juro que eu não sabia
Que viver sem ti
Eu não poderia

Olha quero te dizer todo aquele pranto
Que chorei por ti, por ti
Tinha uma saudade imensa de alguém que pensa
E morre por ti

De saudade eu chorei e até pensei que ia morrer
Juro que eu não sabia
Que viver sem ti
Eu não poderia

Olha quero te dizer todo aquele pranto
Que chorei por ti, por ti
Tinha uma saudade imensa de alguém que pensa
E morre por ti

terça-feira, 3 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos prossegue hoje, enumerando as canções favoritas de RC por ele mesmo. As músicas são enumeradas de acordo com o próprio Roberto, a partir do livreto As canções que eu mais gosto, lançada na Contigo em 1972.

A música de hoje é uma das favoritas também de muitos brasileiros. Lançada no LP Roberto Carlos em ritmo de aventura, ela fez parte do filme de 1967 e se tornaria parte do filme de tantas pessoas. Assinada apenas por RC (que tinha rompido com Erasmo Carlos na época), ela acabou se tornando uma declaração de amor extremamente pessoal, como lembra RC:

"Quando eu estava namorando a Nice, numa época em que poucas pessoas sabiam disso, procurei fazer uma música dedicada à ela, falando do meu amor. Não foi fácil. Precisava de uma frase forte para dizer tudo o que sentia. Afinal encontrei e dei sorte. A canção me ajudou a conquistar Nicinha definitivamente. Por isso recordo bons momentos quando ouço este disco".

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em foto de 1967.

Abraços a todos, Vinícius.

COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ - Roberto Carlos

Eu tenho tanto pra lhe falar
Mas com palavras não sei dizer
Como é grande o meu amor por você

E não ha nada pra comparar
Para poder lhe explicar
Como é grande o meu amor por você

Nem mesmo o céu, nem as estrelas
Nem mesmo o mar e o infinito
Não é maior que o meu amor, nem mais bonito

Me desespero a procurar
Alguma forma de lhe falar
Como é grande o meu amor por você

Nunca se esqueça nem um segundo
Que eu tenho o amor maior do mundo
Como é grande o meu amor por você

Mas como é grande...
O meu amor...
Por você!

domingo, 1 de agosto de 2010

As eleitas de Roberto Carlos - NÃO QUERO VER VOCÊ TRISTE



Olá, amigos.

A série As eleitas de Roberto Carlos chega hoje à sua segunda postagem. Nos próximos dias, vamos enumerar canções que foram consideradas por RC as que ele mais gostava de seu repertório, segundo ele afirmou no folheto As canções que eu mais gosto, lançado em 1972 como encarte da revista Contigo.

A música de hoje fez parte do LP Roberto Carlos canta para a juventude, lançado em meados do ano de 1965. Uma de suas canções mais doces, e que trouxe um momento incomum em sua safra: uma canção na qual ele declamava.

"Essa música tem uma história engraçada: Eu estava com o Erasmo, no Rio, quando de repente ele começou a assobiar uma melodia. Achei bacana e ali mesmo comecei a fazer a letra. Ficou pronta em dez minutos. Também está entre as minhas preferidas e fala de um amor muito doce e triste".

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos ao violão.

Abraços a todos, Vinícius.

NÃO QUERO VER VOCÊ TRISTE - Roberto e Erasmo

O que é que você tem, conta pra mim
Não quero ver você triste assim
Não fique triste o mundo é bom
A felicidade até existe

Enxugue a lágrima, pare de chorar
Você vai ver, tudo vai passar
Você vai sorrir outra vez
Que mal alguém lhe fez, conta pra mim
Não quero ver você triste assim

Olha, vamos sair
Hum... pra que saber aonde ir
Eu só quero ver você sorrir
Enxugue a lágrima, não chore nunca mais
E olha que céu azul, azul até demais

Esqueça o mal, pense só no bem
Que assim a felicidade um dia vem
Agora uma canção, canta pra mm
Não quero ver você tão triste assim