quinta-feira, 29 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - UM MILHÃO DE AMIGOS



Olá, amigos.

A série Emoções Sertanejas chega ao seu final contando um pouco do desfecho da noite no Ibirapuera. O tributo de março em breve chegará as lojas, em disco e em DVD.

Depois de todos se apresentarem, Roberto Carlos adentrou no palco e cantou duas músicas - Cavalgada e Como é grande o meu amor por você (esta em ritmo sertanejo).



Em seguida, todos os cantores adentraram no palco para o número final. Um a um, RC agradeceu e, depois, eles se tornaram um coro de passarinhos. Cantando uma das músicas mais belas de amizade do repertório de Roberto e Erasmo.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos de chapéu de caubói, o mesmo que usou na capa do LP de 1991.

Abraços a todos, Vinícius.

EU QUERO APENAS - Roberto e Erasmo

Eu quero apenas olhar os campos
Eu quero apenas cantar meu canto
Eu só não quero cantar sozinho
Eu quero um coro de passarinhos

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero apenas um vento forte
Levar meu barco no rumo norte
E no caminho o que eu pescar
Quero dividir quando lá chegar

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero crer na paz do futuro
Eu quero ter um quintal sem muro
Quero meu filho pisando firme
Cantando alto, sorrindo livre

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero amor decidindo a vida
Sentir a força da mão amiga
O meu irmão com um sorriso aberto
Se ele chorar quero estar por perto

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Venha comigo olhar os campos
Cante comigo também meu canto
Eu só não quero cantar sozinho
Eu quero um coro de passarinhos

Quero levar o meu canto amigo
A qualquer amigo que precisar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar
Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

Eu quero ter um milhão de amigos
E bem mais forte poder cantar

terça-feira, 27 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - CHITÃOZINHO & XORORÓ



Olá, amigos.

A série Emoções Sertanejas vai chegando ao seu final. Nas postagens anteriores, trouxemos detalhes da vida artística de cada um dos artistas que passou pelo palco do Ibirapuera, no tributo de artistas da música sertaneja para a obra de Roberto Carlos. Este show se tornou disco e DVD, e ambos estão em pré-venda, com lançamento previsto para o início do mês.

A última dupla que subiu ao palco foi formada pelos irmãos José de Lima Sobrinho e Durval de Lima. Nascidos na cidade de Astorga, no Paraná, os dois chegaram a São Paulo na década de 1960. No final da década, os dois ganharam notoriedade, se apresentando em programas de calouros da TV Globo (quando Silvio Santos tinha programa na emissora), da TV Bandeirantes e da TV Tupi.

Na Tupi, os dois interpretaram a toada Chitãozinho e Xororó, de Serrinha e José Campos. O apresentador Geraldo Meirelles sugeriu, e a dupla adotou o nome artístico de CHITÃOZINHO & XORORÓ em 1969. No início da outra década, os dois se destacaram ainda mais, interpretando modas de viola como Galopeira e Casa-da-mãe Joana . Em 1971, os dois participaram do filme No rancho fundo, de Osvaldo de Oliveira, e a música-título, de Ary Barroso e Lamartine Babo, foi incluída em seu LP de 1972.

O sucesso começou a aparecer em 1979, com o disco 60 dias apaixonado. Mas em 1983 é que veio o primeiro milhão de cópias, com a gravação de Fio de cabelo. Os "meninos do Brasil" se consagravam.

Aos poucos, a música sertaneja foi ganhando mais espaço no cenário musical, e eles tiveram cada vez mais sucessos divulgados também em trilhas de novelas. Na década de 1990, vieram destaques como Brincar de ser feliz, Evidências, Cowboy do asfalto e Meninos passarinhos. Também fizeram parte do programa Amigos, da TV Globo, ao lado das duplas Leandro e Leonardo e Zezé Di Camargo e Luciano.

Em 2000, completando 30 anos de carreira, os dois lançaram o show Irmãos Coragem. E, cinco anos depois, foram tema da escola de samba X-9 Paulistana, no carnaval de São Paulo. A dupla é destaque não só no Brasil, como também em outros países.

Chitãozinho & Xororó estão na lista dos artistas que mais participaram do Roberto Carlos Especial. A dupla esteve presente nos programas de 1986 (cantando De coração pra coração, que mais tarde eles gravariam, e participando de um número da música Caminhoneiro, outra que eles colocaram no repertório, ao lado de Christian & Ralph, Erasmo Carlos e Roberto Carlos), de 1991 (no número solo Foge de mim e cantando com RC a música Amazônia), de 1992 (cantando sozinhos a música Minha vida e interpretando com Roberto a canção Todas as manhãs) e de 2005 (cantando com RC a música Arrasta uma cadeira, que foi o primeiro encontro musical deles em estúdio).



No Emoções Sertanejas, os dois interpretaram uma canção romântica do LP de 1981. Depois, chamaram Leonardo para cantar a música de encerramento dos convidados especiais.

Seguem as letras! Na foto, Chitãozinho & Xororó.

Abraços a todos, Vinícius

EU PRECISO DE VOCÊ - Roberto e Erasmo

Eu preciso de você
Porque tudo o que eu pensei
Que pudesse desfrutar da vida
Sem você não sei

Meu amanhecer é lindo
Se você comigo está
Tudo é mais bonito
No sorriso que você me dá

Eu não vivo sem você
Porque tudo que eu andei
Procurando pela vida
Agora eu sei

Que andei sabendo
Que em algum lugar te encontraria
Pois você já era minha
E eu sabia

Como a abelha
Necessita de uma flor
Eu preciso de você
E desse amor

Como a terra necessita
O sol e a chuva
Eu te preciso
E não vivo um só minuto sem você

Mas eu preciso de você
Porque em toda a minha vida
Nem por uma vez
Amei alguém assim

Você é tudo, é muito mais
Do que sonhei pra mim
E é por isso
Que eu preciso de você

Como a abelha
Necessita de uma flor
Eu preciso de você
E desse amor

Como a terra necessita
O sol e a chuva
Eu te preciso
E não vivo um só minuto sem você

Mas eu preciso de você
Porque em toda a minha vida
Nem por uma vez
Amei alguém assim

Você é tudo, é muito mais
Do que sonhei pra mim
E é por isso
Que eu preciso de você...

*****

É PRECISO SABER VIVER - Roberto e Erasmo

Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão

É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver

Toda pedra do caminho
Você deve retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar

Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver

É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
Saber viver

Toda pedra do caminho
Você deve retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar

Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver

É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
Saber viver...

domingo, 25 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - LEONARDO



Olá, amigos.

Passado o luto pelo falecimento de Lady Laura, o Emoções de Roberto Carlos retorna às suas postagens, com mais um artista que participou do Emoções Sertanejas. O show virou disco e DVD, e ambos estão em pré-venda, com previsão de lançamento para o início do próximo mês.

O artista de hoje é o goiano Emival Eterno Costa. Não conhece? Mas conhece o cantor LEONARDO. Leonardo começou carreira cantando em dupla com o irmão Luis José Costa, mas os dois adotaram o nome de Leandro e Leonardo, inspirados nos filhos gêmeos de um amigo.

Após um primeiro disco não muito bem-sucedido no ano de 1986, em 1988 veio o primeiro sucesso - a música Solidão. Mas Leandro e Leonardo despontaram mesmo no ano de 1990, com as músicas Talismã e, em especial Pense em mim .

Viria então uma série de sucessos, como Paz na cama, Entre tapas e beijos, Mexe-mexe, Cerveja, Doce mistério e Eu juro. Na época, a dupla ganhou um programa mensal na TV Globo (onde mesclavam música e ficção) e até uma revista de histórias em quadrinhos. Mais tarde, Leandro e Leonardo fizeram o programa Amigos, também na TV Globo, acompanhados das duplas Zezé Di Camargo e Luciano e Chitãozinho & Xororó.

No ano de 1998, a carreira em dupla acabou. Seu irmão, Leandro, encerrou sua carreira aqui na Terra, em decorrência de um câncer. Leonardo passou a ter uma carreira solo também de sucesso considerável, e cada vez mais com uma vertente romântica. Seu trabalho também passou a ter espaço para releituras. Ele deu novas interpretações para músicas como Tudo passará, Pareço um menino e Existe um amor.

Em meio a estas interpretações, houve muitas leituras de sucessos de Roberto Carlos (artista com quem ele e Leandro se encontraram no especial de 1993, onde apresentaram a música Bobo e, em seguida, cantaram com RC a canção À distância). Ele deu sua versão para músicas como Lembranças, E não vou mais deixar você tão só e Eu só tenho caminho, além de uma interpretação intimista para 120...150...200km por hora.

Intimismo marcou sua interpretação no show Emoções Sertanejas. Leonardo resgatou uma música do LP de 1972, e mostrou ao grande público mais uma bela canção da safra de Roberto e Erasmo.

Segue a letra! Na foto, Leonardo.

Abraços a todos, Vinícius.

POR AMOR - Roberto e Erasmo

Eu ouvi dizer que você falou
Que está pensando em voltar pra mim
E se entristece ao saber como eu estou

Mas você precisa saber que eu
Ainda tenho um pouco de orgulho em mim
E embora quase morto eu tenho aquele amor
Mas eu não vou deixar você me ver assim

Minha vida se modificou
Do que eu era nada mais eu sou
Eu me perdi

E no submundo onde estou
Sobrevivo sem saber se vou
Ainda crer no amor
Mesmo sem ter você

Mas se um dia
Se um dia você voltar
Então eu vou ter chance de me levantar

Pois só você me pode
Estender a mão
Mas se não for por amor
Me deixe aqui no chão

Me deixe aqui no chão
Me deixe aqui no chão...

P.S.: o Emoções de Roberto Carlos chega hoje à postagem de número 400. Este que vos escreve agradece a todos pela leitura, pelas mensagens e pelo privilégio de sua atenção. Um projeto de fã que acabou reunindo amigos e muita boa história pra contar.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

19 de abril



Olá, amigos.

Há 69 anos, o dia 19 de abril se tornou um dia especial na folha do calendário de cada um de nós. Vem a comemoração de mais um ano que passamos juntos ao lado de Roberto Carlos, o maior cantor popular do Brasil.

Só quem acompanha RC sabe que palavras como EMOÇÕES e DETALHES ganham dimensões diferentes, são somente um verbete de onde são desenroladas linhas melódicas e letras escritas com delicadeza e simplicidade. Afinal, Roberto Carlos é um artista paradoxal. Um rei aclamado pelo povo, mas um rei que não aceita o título com soberba, um rei que só aceita o "epíteto" como um carinho, um carinho de amigo.

Aliás, um carinho de amigo de fé e de irmão camarada, que um dia disse que queria ter um milhão de amigos. Mas que de repente passou a casa do milhão e chegou aos milhões de amigos. Milhões de pessoas que viram na sensibilidade de um artista a capacidade de ele ser perfeito em todas as suas imperfeições.

Roberto Carlos tem os erros de seu português ruim, pois, como diz Nelson Rodrigues, "não acredito em brasileiro que não tenha erro de concordância". Mas ele sabe acertar cuidadosamente as palavras, até mesmo as palavras que ele não sabe dizer.

Em letra e música, o universo inteiro viu até onde o amor é capaz de chegar. Da loucura de um amor em descoberta, passando pela sensualidade entre quatro paredes até chegar à serenidade de um amor sem limite.

Amor que vai além dos horizontes de um casal. Amor à natureza, à fé, aos filhos, aos amigos. Todos nós começamos a nos sentir filhos do seu Robertino, e graças a ele passamos a chamar nossos pais de "meu querido, meu velho, meu amigo". Todos nós passamos a ter vontade de ser novamente um menino, e de chamar carinhosamente nossa mãe de Lady, como foi com Lady Laura.

Hoje começam os 69 anos de vida de Roberto Carlos. Festa um pouco mais triste, pois da estação partiu o trem que leva Lady Laura. Ela não pôde continuar na festa de RC. Mas, sem dúvida, todos nós estamos aqui hoje para abraçar bem forte o aniversariante. Cada um de nós sabe que um fã tem toda sinceridade quando deseja muitas felicidades e muitos anos de vida para o artista que admira há muito, muito tempo.

Abraços a todos, Vinícius.

AMIGO - Roberto e Erasmo

Você meu amigo de fé, meu irmão camarada
Amigo de tantos caminhos e tantas jornadas
Cabeça de homem mas o coração de menino
Aquele que está do meu lado em qualquer caminhada

Me lembro de todas as lutas, meu bom companheiro
Você tantas vezes provou que é um grande guerreiro
O seu coração é uma casa de portas abertas
Amigo você é o mais certo das horas incertas

Às vezes em certos momentos difíceis da vida
Em que precisamos de alguém pra ajudar na saída
A sua palavra de força, de fé e de carinho
Me dá a certeza de que eu nunca estive sozinho

Você meu amigo de fé, meu irmão camarada
Sorriso e abraço festivo da minha chegada
Você que me diz as verdades com frases abertas
Amigo você é o mais certo das horas incertas

Não preciso nem dizer
Tudo isso que eu lhe digo
Mas é muito bom saber
Que você é meu amigo

Não preciso nem dizer
Tudo isso que eu lhe digo
Mas é muito bom saber
Que eu tenho um grande amigo...

*****

P.S.: a série Emoções Sertanejas volta a ser apresentada no dia 25 de abril. É a forma do Emoções de Roberto Carlos mostrar seu luto pelo falecimento de Laura Moreira Braga, a Lalá, ou, simplesmente, Lady Laura.

domingo, 18 de abril de 2010

Lady Laura



Obrigado, Lady Laura.

De certa forma, você é mãe de todos nós. Para trazer ao mundo um filho, um anjo como Roberto Carlos, sem dúvida era uma pessoa bem especial.

O meu sincero adeus, e meu aplauso.

Vinícius Faustini

LADY LAURA - Roberto e Erasmo

Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
E na hora do meu desespero
Gritar por você

Te pedir que me abrace
E me leve de volta pra casa
Que me conte uma história bonita
E me faça dormir

Só queria ouvir sua voz
Me dizendo sorrindo:
Aproveite o seu tempo
Você ainda é um menino

Apesar da distância e do tempo
Eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso
Escutar de você

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conte uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me abrace forte
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Quantas vezes me sinto perdido
No meio da noite
Com problemas e angústias
Que só gente grande é que tem

Me afagando os cabelos
Você certamente diria:
Amanhã de manhã
Você vai se sair muito bem

Quando eu era criança
Podia chorar nos seus braços
E ouvir tanta coisa bonita
Na minha aflição

Nos momentos alegres
Sentado ao seu lado sorria
E nas horas difíceis podia
Apertar sua mão

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conte uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me abrace forte
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Tenho às vezes vontade
De ser novamente um menino
Muito embora você sempre ache
Que eu ainda sou

Toda vez que te abraço
E te beijo sem nada dizer
Você diz tudo que eu preciso
Escutar de você

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conte uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Lady Laura, me abrace forte
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura, me beije outra vez
Lady Laura...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - RIONEGRO E SOLIMÕES



Olá, amigos.

A série Emoções Sertanejas apresenta hoje mais um cantor que participou do tributo em homenagem a Roberto Carlos. O show gravado no Ibirapuera que reuniu cantores sertanejos se tornou especial da TV Globo e, em breve, se tornará disco e DVD.

Nascidos na cidade mineira de Claraval, José Divino e Luiz Felizardo se mudaram para Franca e se conheceram quando trabalhavam numa fábrica de calçados. Em 1982, eles começaram a tentar carreira profissional e participaram de alguns festivais. Quatro anos depois, decidiram sair da fábrica e se dedicar apenas à música.

Eles se tornaram então RIONEGRO E SOLIMÕES. Após quatro discos não muito bem-sucedidos, a dupla teve uma boa vendagem em 1997, com a música Peão apaixonado. No ano seguinte, veio o primeiro estouro de vendagem, com músicas como De São Paulo a Belém, Saudade pulou no peito e A gente se entrega.

Mas o grande sucesso de Rionegro e Solimões, sem dúvida, é Bate o pé. No repertório dos cantores, há também leituras bem interessantes para músicas como Cuitelinho, Ainda ontem chorei de saudade e Medo da chuva.

Rionegro e Solimões cantaram a música que se tornou um dueto clássico na obra de Roberto Carlos. No disco Erasmo Carlos convida..., Erasmo convidou Roberto para interpretar uma música dos dois lançada originalmente no LP Erasmo Carlos e Os Tremendões.

Segue a letra! Na foto, Rionegro e Solimões.

Abraços a todos, Vinícius.

SENTADO À BEIRA DO CAMINHO - Roberto e Erasmo

Eu não posso mais ficar aqui a esperar
Que um dia, de repente, você volte, para mim
Vejo caminhões e carros apressados a passar por mim
Estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim

Meu olhar se perde na poeira dessa estrada triste
Onde a tristeza e a saudade de você ainda existe
Esse sol que queima no meu rosto um resto de esperança
De ao menos ver de perto o seu olhar, que eu trago na lembrança

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, eu existo...

Vem a chuva e molha o meu rosto
E então eu choro tanto
Minhas lágrimas e os pingos desta chuva
Se confundem com meu pranto

Olho pra mim mesmo, me procuro
E não encontro nada
Sou um pobre resto de esperança
À beira de uma estrada

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, eu existo...

Carros, caminhões, poeira, estrada, tudo, tudo
Se confunde em minha mente
Minha sombra me acompanha e vê que eu
Estou morrendo lentamente

Só você não vê que eu não posso mais
Ficar aqui sozinho
Esperando a vida inteira por você
Sentado à beira do caminho

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, eu existo...

Larara Laralaralara
Laralara...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - DANIEL



Olá, amigos.

A série Emoções Sertanejas continua a trazer um pouco da história de todos os cantores que passaram pelo Ginásio do Ibirapuera no tributo a Roberto Carlos. O show se tornou especial da TV Globo e em breve será lançado em disco e em DVD.

Depois de cantar a música Quando ao lado de Zezé Di Camargo e Luciano, DANIEL teve sua vez de fazer uma homenagem sozinho a Roberto Carlos. O paulista José Daniel Camilo já se acostumou a dividir os vocais com outros cantores.

Entre 1981 e 1997, ele formava com o conterrâneo de Brotas José Henrique dos Reis a dupla João Paulo & Daniel. Os dois tiveram muito destaque com canções como Eu me amarrei e Estou apaixonado, mas um acidente de carro no ano de 1997 levou a vida de João Paulo, e Daniel passou a cantar sozinho.

No ano seguinte, o primeiro disco solo do cantor trouxe uma linha bem romântica e foi puxado pela música Eu adoro amar você. Foi só o primeiro de inúmeros sucessos solo, que incluem releituras de músicas caipiras como Cabecinha no ombro e Tocando em frente.

Além de uma trajetória com 11 discos, Daniel também recebeu grande destaque na televisão e até no cinema. Como ator, fez ponta na novela Estrela de fogo, da TV Record e, no ano passado, ganhou um papel fixo na novela Paraíso, exibida às 18h da TV Globo.

No cinema, após trabalhar nos filmes Xuxa requebra e Didi, o cupido trapalhão, Daniel foi o protagonista do filme O menino da porteira. Na filmagem original, quem protagonizou a história foi Sérgio Reis.

Há um dado curioso na ligação entre a obra de Daniel e Roberto Carlos. No ano de 2002, o cantor lançou o disco Um homem apaixonado para comemorar seus 20 anos de carreira. Em meio ao repertório, há a música Um gato que vai, que nada mais é do que uma versão de Carlos Colla para Un gatto nel blu, música de Toto Savio que RC defendeu em San Remo no ano de 1972 e, mais tarde, se tornou um sucesso de Roberto no mercado latino através da versão em castelhano El gato que está triste y azul.

Daniel participou do Roberto Carlos Especial do ano passado. Além de interpretar sozinho a música Estou apaixonado, os dois cantaram Quando eu quero falar com Deus. Mas no Emoções Sertanejas, ele ficou encarregado de fazer a leitura de uma das dores de amores mais fortes da safra de Roberto e Erasmo. Lançada originalmente em 1986 por RC, ela também teve leituras de Fafá de Belém, de um dueto de Erasmo Carlos e Adriana Calcanhotto e a "Partimpim" também cantou ela em outro tributo a RC - Elas cantam Roberto.

Segue a letra! Na foto, Daniel.

Abraços a todos, Vinícius.

DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO - Roberto e Erasmo

Eu, cada vez que vi você chegar,
Me fazer sorrir e me deixar
Decidido, eu disse nunca mais
Mas, novamente estúpido provei
Desse doce amargo quando eu sei
Cada volta sua o que me faz

Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim
Mas, basta agora o que você me fez
Acabe com essa droga de uma vez
Não volte nunca pra mim

Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui
E sei que vou chorar a mesma dor

Agora eu tenho que saber
O que é viver sem você

Eu, toda vez que vi você voltar,
Eu pensei que fosse pra ficar
E mais uma vez falei que sim
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim

Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui
E sei que vou chorar a mesma dor

Se você me perguntar se ainda é seu
Todo o meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que sim
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim

Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - ZEZÉ DI CAMARGO E LUCIANO



Olá, amigos.

A série Emoções Sertanejas traz hoje mais uma dupla que esteve presente no show em homenagem a Roberto Carlos. Curiosamente, ela apareceu na reta final da apresentação no Ibirapuera, mas no especial da TV Globo foram os primeiros artistas que apareceram.

Os goianos Mirosmar José e Welson David ficaram conhecidos do grande público como os dois filhos de Francisco. Os 2 filhos de Francisco é o nome do filme que conta a trajetória artística de ZEZÉ DI CAMARGO E LUCIANO.

O primeiro a ingressar na carreira artística foi Zezé, que aprendeu a tocar acordeon e começou a cantar com seu irmão, Emival. Os dois formaram a dupla Camargo e Camarguinho. Mas um acidente de carro no Maranhão tirou a vida do irmão de Zezé, Emival. Zezé se mudou para São Paulo e passou a fazer parte do trio Os Caçulas com o pseudônimo de Zé Netto. Mais tarde, formou a dupla Zezé e Zazá, que chegou a gravar dois discos não muito bem-sucedidos.

Em 1989, num retorno a Goiás, acabou descobrindo o talento musical de seu irmão mais novo, Welson. Maz Zezé passou a ter algum destaque como compositor - caso da gravação Solidão, gravada por Leandro e Leonardo, de 1990. No ano seguinte, os irmãos Mirosmar e Welson se tornaram Zezé Di Camargo e Luciano e gravaram seu primeiro disco.

O sucesso foi avassalador, puxado pela música É o amor. Foi o primeiro de inúmeros sucessos, como Pare, Você vai ver e Mexe que é bom.

Ajudados pelo sucesso da safra sertaneja, a dupla chegou a fazer parte do programa Amigos, na TV Globo, onde se apresentavam fazendo shows com outros cantores. Além de Zezé Di Camargo e Luciano, Chitãozinho & Xororó e Leandro e Leonardo se reuniam semanalmente na atração.

São mais de 20 discos e uma sucessão de canções que caíram no gosto do público. Uma delas foi a releitura de Eu te amo, versão que Roberto Carlos fez originalmente em 1984 e foi regravada em 1992. Na época, ela foi tema da novela Perigosas peruas, da TV Globo.

Zezé Di Camargo e Luciano foram por três vezes ao programa Roberto Carlos Especial. Na parte da tarde de 1991, os dois cantaram É o amor. No especial de 1994, os dois cantaram com ele a música Sentado à beira do caminho. E em 2008, o trio interpretou a música que os filhos de Francisco cantaram no show do Emoções Sertanejas.



Depois do número solo, os dois convidaram o amigo DANIEL, e fizeram um encontro bem interessante. Um trio sertanejo cantando música da Jovem Guarda.

Seguem as letras! Primeiro, a que Zezé Di Camargo e Luciano cantaram e depois a do encontro do trio.

Abraços a todos, Vinícius.

O PORTÃO - Roberto e Erasmo

Eu cheguei em frente ao portão
Meu cachorro me sorriu latindo
Minhas malas coloquei no chão
Eu voltei!...

Tudo estava igual
Como era antes
Quase nada se modificou
Acho que só eu mesmo mudei
E voltei!...

Eu voltei!
Agora pra ficar
Porque aqui!
Aqui é meu lugar

Eu voltei pras coisas
Que eu deixei
Eu voltei!...

Fui abrindo a porta devagar
Mas deixei a luz
Entrar primeiro
Todo meu passado iluminei
E entrei!...

Meu retrato ainda na parede
Meio amarelado pelo tempo
Como a perguntar
Por onde andei?
E eu falei!...

Onde andei!
Não deu para ficar
Porque aqui!
Aqui é meu lugar

Eu voltei!
Pras coisas que eu deixei
Eu voltei!...

Sem saber depois de tanto tempo
Se havia alguém a minha espera
Passos indecisos caminhei
E parei!...

Quando vi que dois braços abertos
Me abraçaram como antigamente
Tanto quis dizer e não falei
E chorei!...

Eu voltei!
Agora pra ficar
Porque aqui!
Aqui é o meu lugar
Eu voltei!
Pras coisas que eu deixei
Eu voltei!..

Eu parei em frente ao portão
Meu cachorro me sorriu latindo!

*****

QUANDO - Roberto Carlos

Quando
Você se separou de mim
Quase
Que a minha vida teve fim

Sofri, chorei
Tanto que nem sei
Tudo que chorei
Por você, por você

Quando
Você se separou de mim
Eu pensei que ia até
Morrer

Depois, lutei
Tanto pra esquecer
Tudo o que passei
Com você, com você, com você

E mesmo assim ainda
Eu não vou dizer que já te esqueci
Se alguém vier me perguntar
Nem mesmo sei o que vou falar

Eu posso até dizer
Ninguém te amou o tanto quanto eu te amei
Mas você não mereceu
O amor que eu te dei

Quando
Você se separou de mim
Quase
Que a minha vida teve fim

Agora, eu, nem quero lembrar
Que um dia eu
Te amei
E sofri, e chorei

Eu te amei e chorei
Por você eu chorei...

sábado, 10 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - ROBERTA MIRANDA



Olá, amigos.

A série Emoções Sertanejas continua a falar um pouco de cada artista do estilo sertanejo que homenageou Roberto Carlos no show gravado em 17 de março no Ginásio do Ibirapuera. A gravação virou um especial da TV Globo no ar semana passada e em breve se tornará disco e DVD.

E mais uma presença feminina passou pelo palco paulistano. A cantora paraibana ROBERTA MIRANDA mudou-se para São Paulo quando ainda tinha oito anos. Sua carreira como compositora começou antes da cantora, com o sucesso De igual para igual na voz de Matogrosso e Mathias e, em 1985, ao ter sua música Sua majestade, o sabiá, gravada por Jair Rodrigues.

No ano seguinte, veio o seu primeiro LP, muito bem-sucedido com as canções Chuvas de amor e Meu dengo. Em pouco tempo, vieram Discos de Ouro e de Platina e o título de "Rainha da Canção Sertaneja".

São inúmeros sucessos, dentre eles Vá com Deus, Eu sou luz, Mistérios e Pele de amor. E, dentre eles, alguns escritos por Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

No ano de 1996, Roberta Miranda fez uma leitura para Eu te amo, te amo, te amo, que esteve presente na trilha da novela O rei do gado, da TV Globo. No mesmo ano, Roberta e Roberto se encontrariam no Roberto Carlos Especial. Os dois cantaram De tanto amor.

Sentado à beira do caminho
também foi gravado pela cantora, num dueto com Simone para o disco A rural II. E neste tributo de 2010, mais uma vez seu caminho cruzou com o de Roberto Carlos.

No Emoções Sertanejas, Roberta Miranda fez uma leitura para uma música não muito lembrada na safra de RC. Lançada originalmente num compacto de 1975, esta canção de Roberto e Erasmo fez parte do LP San Remo 68, compilação lançada em 1976 com 12 músicas gravadas originalmente em compacto.

Segue a letra! Na foto, Roberta Miranda.

Abraços a todos, Vinícius.

EU DISSE ADEUS - Roberto e Erasmo

Eu disse adeus
Nem mesmo eu acreditei
Mas disse adeus
E vi cair no chão
Todos os sonhos meus

E disse adeus
Às ilusões também
E aos sonhos meus
Eu disse adeus
E vi o mundo inteiro
Desabar em mim
Queria ser feliz
E acabei assim
Me condenando a ter
Recordações, recordações

Vai ser tão triste olhar sozinho
Tudo, tudo o que era de nós dois
Mas foi melhor dizer adeus naquela hora
Pra não chorar depois

Eu disse adeus
Nem mesmo eu acreditei
Mas disse adeus
Pisei as ilusões
E até os sonhos meus
E veio o pranto
E mesmo assim
Eu disse adeus
Eu disse adeus

Vai ser tão triste olhar sozinho
Tudo o que era de nós dois
Mas foi melhor dizer adeus naquela hora
Pra não chorar depois

(Falando):
Eu disse adeus
Disse adeus às ilusões
Eu disse adeus

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - VICTOR & LÉO



Olá, amigos.

O Emoções de Roberto Carlos prossegue a contar sobre todos os artistas que estiveram presentes no tributo Emoções Sertanejas. O show gravado no Ibirapuera se tornou especial da TV Globo e em breve sairá em disco e DVD, fazendo parte das comemorações dos 50 anos de carreira de RC.

Os irmãos da cidade mineira de Ponte Nova Victor e Leonardo Pimentel também foram convidados para a festa. A dupla VICTOR & LÉO começou a ter destaque em Belo Horizonte, onde se apresentavam em barzinhoe e onde lançaram dois discos promocionais, em 1997 e 1998.

No ano de 2001, veio o primeiro álbum comercializado - os dois já estavam em São Paulo nesta época. O disco tinha 11 faixas, oito delas assinadas por Victor. Além do disco, vieram também as apresentações na noite de São Paulo, onde divulgavam ainda mais suas músicas. O segundo disco da dupla foi lançado em 2004. Intitulado Vida boa, ele acabou sendo a base do disco seguinte - Victor & Léo ao vivo.

Assim começava uma ascensão no cenário musical brasileiro, com músicas como Vida boa, Fada, Amigo apaixonado e Lembranças de você. Alguns anos depois do lançamento do disco ao vivo, ele chegou ao Disco de Ouro (com 60 mil cópias vendidas) e acabou rendendo um DVD - Victor & Léo ao vivo em Uberlândia.

Os sucessos chegaram às rádios, a ponto de Victor Chaves ser um dos nomes com maior presença na arrecadação do ECAD e também às trilhas de novela. Tem que ser você foi tema da novela A favorita, da TV Globo, e Eu e Deus no sertão se tornou tema de abertura da novela Paraíso, também exibida na TV Globo.

Dentre seus maiores feitos, Victor & Léo conseguiram ser a primeira dupla sertaneja a participar do festival de rock Planeta Atlântida, além de ganhar prêmios como o Troféu Arena de Ouro e o Prêmio TIM de Música Brasileira. São sete discos e três DVDs de um trabalho muito bem-sucedido.

A dupla Victor & Léo ficou encarregada de cantar a música religiosa mais emblemática da carreira de Roberto Carlos. E, ao contrário dos shows de RC, esta não foi a música de encerramento da noite. Ainda havia muita coisa por vir.

Segue a letra! Na foto, Victor & Léo.

Abraços a todos, Vinícius.

JESUS CRISTO - Roberto e Erasmo

Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui

Olho pro céu e vejo
Uma nuvem branca que vai passando
Olho na terra e vejo
Uma multidão que vai caminhando
Como essa nuvem branca
Essa gente não sabe aonde vai
Quem poderá dizer o caminho certo
É Você meu Pai

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui

Toda essa multidão
Tem no peito amor e procura a paz
E apesar de tudo
A esperança não se desfaz
Olhando a flor que nasce
No chão daquele que tem amor
Olho pro céu e sinto
Crescer a fé no meu Salvador

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui

Em cada esquina eu vejo
O olhar perdido de um irmão
Em busca do mesmo bem
Nessa direção caminhando vem
É meu desejo ver
Aumentando sempre essa procissão
Para que todos cantem
Na mesma voz essa oração

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - ELBA RAMALHO



Olá, amigos.

A série Emoções Sertanejas chega a mais um post que traz um pouco da história de cada cantor que homenageou Roberto Carlos no show gravado no Parque do Ibirapuera. O tributo se tornou um especial da TV Globo, exibido no dia primeiro de abril, e em breve será lançado em disco e em DVD.

Almir Sater deu lugar à paraibana ELBA RAMALHO. Nascida em Conceição do Caicó, Elba mudou-se aos 11 anos para a cidade de Campina Grande, na Paraíba, e quatro anos depois começou sua carreira artística, se apresentando em corais. Mais tarde, ingressou na Universidade Federal da Paraíba, para cursar Sociologia, mas prosseguiu ligada à arte, quando formou o conjunto feminino As Brasas.

Durante alguns anos, Elba Ramalho se destacou como atriz, em uma montagem de Morte e vida severina - o poema de João Cabral de Mello Neto se tornou musical graças a Chico Buarque - e também no espetáculo Uma cena para dois povos. No ano de 1972, ela abandonou a faculdade para viver no Rio de Janeiro, e dividiu sua jornada entre fazer os vocais do cantor Alceu Valença e trabalhar como atriz do grupo "Junho chegança".

Graças à sua participação nas peças do grupo, Elba foi selecionada para trabalhar no musical Ópera do malandro, de Chico Buarque. Sua atuação no papel de Lúcia foi exuberante, em especial nas cenas em que sua personagem brigava com Terezinha (vivida por Marieta Severo) pelo amor de Max Overseas (papel de Otávio Augusto). A peça rendeu um disco, e nele Elba cantou com Marieta Severo a música O meu amor.

No ano de 1979, veio seu primeiro LP, intitulado Ave de prata, com participações de nomes como Dominguinhos, Sivuca e Geraldo Azevedo. Uma das canções de destaque foi Não sonho mais, assinada por Chico Buarque por encomenda para o filme República dos assassinos - no filme de Miguel Faria Jr., a voz de Elba Ramalho dublava o ator Anselmo Vasconcellos, que interpretava um travesti.

Depois de alguns discos e shows, veio o sucesso grandioso da música Banho de cheiro, no LP Alegria, e algumas participações importantíssimas em shows com nomes como Sivuca, Clara Nunes, Caetano Veloso e Ney Matogrosso.

No ano de 1985, voltou a ter sucesso com sua versão para De volta pro aconchego, que se tornou tema da novela Roque Santeiro, na TV Globo. Além de sucessos como Felicidade urgente, Imaculada, Frevo mulher e excelentes releituras para as canções Monte Castelo e Chão de giz, sua carreira se destaca por grandes encontros musicais.

Além dos citados anteriormente, Elba Ramalho se apresentou com Luiz Gonzaga, com Dominguinhos e também com Zé Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo. Estes três formaram com Elba o famoso O Grande Encontro, que rendeu uma série de shows transformados em disco (mas Alceu não se apresentou em todos).

Seu trabalho mais recente tem um interessante objetivo: mostrar várias gerações de compositores, de Carlinhos Brown a Capinam, de Zé Ramalho a Gabriel, o Pensador. Qual o assunto que mais lhe interessa? se tornou disco e show gravado em DVD.

Elba Ramalho foi a única cantora que no Emoções Sertanejas que não interpretou uma música que tem Roberto Carlos como autor. Ela fez uma versão mais puxada pro xote de uma música que RC gravou na época da Jovem Guarda.

Segue a letra! Na foto, Elba durante a apresentação.

Abraços a todos, Vinícius.

ESQUEÇA (Forget him) - Mark Anthony (versão de Roberto Côrte Real)

Esqueça, se ele não te ama
Esqueça, se ele não te quer
Não chore mais, não sofra assim
Porque posso te dar amor sem fim
Ele não pensa em querer-te
Te faz sofrer e até chorar, oh, oh,
Não chore mais, vem pra mim, vem
Não sofra, não pense, não chore mais, meu bem

Ele não pensa em querer-te
Te faz sofrer e até chorar, oh, oh,
Não chore mais, vem pra mim, vem
Não sofra, não pense, não chore mais, meu bem

Não chore mais meu bem

Não chore mais meu bem

domingo, 4 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - ALMIR SATER



Olá, amigos.

A série Emoções Sertanejas continua a mostrar um pouco da história de cada um dos artistas que estiveram presentes no Ginásio do Ibirapuera para homenagear a obra de Roberto Carlos. O show fez parte das comemorações pelos 50 anos de carreira de RC, e renderá em breve um disco e um DVD.

O artista de hoje é de um outro lugar onde tem espaço para muita música regional. Nascido em Campo Grande, ALMIR SATER sempre foi apaixonado pelas modas de viola. Ainda no Mato Grosso do Sul, organizou de um grupo que tocava charanga, música e bandolim e participou de uma dupla sertaneja - era o Lupe da dupla Lupe e Lampião, que em 1978 ficou em quarto lugar no Festival Sertanejo, exibido na TV Record.

No ano seguinte, Almir se mudou para São Paulo e fez parte do conjunto Lírio Selvagem, organizado pela cantora Tetê Espíndola. Além deste grupo, participou de um conjunto chamado Vozes e violas e acompanhou a cantora Diana Pequeno em alguns shows.

No ano de 1980, seu lado compositor foi conhecido, com a interpretação de Sérgio Reis para Sonhos guaranis. Seria o primeiro grande encontro musical destes grandes artistas do universo sertanejo. A partir de 1981, ficaria até os dias de hoje presente na programação da TV Globo: sua música Luzero é o tema de abertura do programa Globo rural.

Almir passou a compor também com outros artistas, caso de Tião Carreiro e, em especial, de Renato Teixeira (que, injustamente, não fez parte deste tributo a RC) e foi recebido muito bem pela mídia, que aprovou a novidade de um artista que mesclava guarânias e ritmos sertanejos vindo de Minas Gerais e de São Paulo. Seu segundo disco trouxe a música Peão, que teve sucesso quando fez parte da trilha da novela Fera radical, da TV Globo.

No ano de 1984, o cantor novamente mostrou seu trabalho de pesquisador, e com a Comitiva Esperança percorreu mais de mil quilômetros pelo Mato Grosso, para conhecer os costumes do interior do estado. Como fruto, veio um documentário intitulado Comitiva esperança, lançado dois anos depois e um disco instrumental só com os ritmos pesquisados.

Mas nem só de pesquisas é marcada a carreira de Almir Sater. Ele é responsável por belas músicas, como Um violeiro, Tocando em frente, Capim azul e Rasta bonito. Dentre seus intérpretes, há nomes como Sérgio Reis, Renato Teixeira e as irmãs Tetê e Alzira Espíndola (esta já teve disco produzido por Almir).

Almir Sater também trabalhou como ator. No cinema, em filmes como As bellas da Billings, de Ozualdo Candeias. E sua participação na novela Pantanal aconteceu graças a Sérgio Reis. O diretor Jayme Monjardim convidou o cantor, mas ele recusou. Sérgio então disse que era fácil e "a gente recebe dinheiro pra ficar cantando e ainda dá uns beijos numas atrizes bonitas". Almir interpretou o personagem Trindade, que fazia pacto com o diabo.

Sérgio Reis e Almir Sater se reencontraram na teledramaturgia na novela O rei do gado, em que os dois faziam a dupla Pirilampo e Saracura. O sucesso dos personagens foi tanto que o segundo volume da trilha da novela foi todo com canções interpretadas por eles. Almir e Sérgio fizeram ótimas leituras de músicas antigas, como Cabecinha no ombro, Casinha branca, Boiadeiro errante e Cortando estradão.

Também estava incluída a música O rei do gado, moda de viola que os dois iriam cantar no Roberto Carlos Especial de 1996. A dupla teve a companhia de Roberto Carlos, cantando moda de viola, estilo que nunca tinha cantado antes. O encontro faz parte do disco e do DVD Duetos, que RC lançou em 2006.

Almir Sater resgatou uma música menos conhecida da safra de Roberto Carlos. A segunda faixa do LP de 1975, uma canção bem otimista que, de fato, merece ser lembrada pelo público.

Segue a letra! Na foto, Almir Sater.

Abraços a todos, Vinícius.

O QUINTAL DO VIZINHO - Roberto e Erasmo

Eu hoje acordei pensando
Num sonho que eu tive à noite
Sentei-me na cama para pensar
No sonho que eu tive...

No sonho que eu tive...
No sonho que eu tive...

Fiquei tanto tempo pensando
Em tudo que estive sonhando
Que por um momento
Pensei ser verdade
O sonho que eu tive...
O sonho que eu tive...

Sonhei que entrei no quintal do vizinho
E plantei uma flor
No dia seguinte ele estava sorrindo
Dizendo que a primavera chegou
E quando eu abri a janela
Estava um dia tão lindo
No outro quintal o vizinho sorrindo
Lembrei do meu sonho
O sonho que eu tive

O sonho que tive
E quando eu abri a janela
O dia estava tão lindo
No outro quintal meu vizinho sorrindo
Lembrei do meu sonho
Do sonho que eu tive...
Do sonho que eu tive...

O sonho que eu tive...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Emoções Sertanejas - SÉRGIO REIS



Olá, amigos.

A série do Emoções Sertanejas continua a falar sobre todos os que passaram pelo Ginásio do Ibirapuera para homenagear Roberto Carlos. O show em breve chegará às lojas no formato de disco e de DVD.

Hoje é a vez de falar de um artista que passou por vários ritmos da música até chegar ao repertório sertanejo. Sérgio Reis Basini começou sua carreira aos 16 anos, interpretando sucessos de Lucho Gática, Sergio Endrigo, Peppino di Capri e Cauby Peixoto. Sua primeira aparição na TV ocorreu no Programa de Calouros Toddy, apresentado na TV Paulista (hoje TV Globo). Mais tarde, adotou o pseudônimo de Johnny Johnson tentou formar um trio com Márcio e Ronaldo Antonucci (conhecidos depois como a dupla Os Vips), que assinavam como Jet Williams e Ronald Red.

Mas o contato com Palmeira, produtor da Chantecler, o fez retornar ao nome de Sérgio e acrescentou o nome materno Reis. Seus primeiros discos trouxeram espaço para rock, bolero, calypso e cha-cha-cha. Até que, em 1967, fez um teste na gravadora Odeon e Tony Campello aprovou a gravação de seu primeiro LP, com as músicas Fim de sonho, Qual é a razão e o grande sucesso Coração de papel. Na época, ele se apresentava no programa Jovem Guarda e este disco acabou sendo o mais bem-sucedido da época, pois a música Anjo triste, gravada no ano seguinte, não teve boa resposta do público.

Em 1973, ao ver a apresentação de um grupo local na cidade de Tupaciguara (logo após o término de seu show), foi apresentado à música O menino da porteira. A música seria incluída em seu repertório e se tornou um enorme sucesso em sua voz. A repercussão foi tanta que rendeu um filme, dirigido por Jeremias Morais Filho e lançado no ano de 1976.

Outras canções se destacaram em seu repertório, como Eu sei que vai chegar a hora, João de Barro, Mágoa de boiadeiro e as interpretações para os clássicos Chalana e Coração de luto, mas o trabalho de ator voltou a aparecer. No cinema, com Mágoas de boiadeiro, de Venceslau M. Filho (de 1977) e Filho adotivo, de Deni Cavalcante (de 1983) e na televisão, com sua participação da primeira versão da novela Paraíso, em 1982, no papel de Diogo.

Na década de 1980, viriam mais sucessos, como Panela velha, Pinga ni mim e Adeus, Mariana. E, nos anos 90, mais dois encontros com a dramaturgia de Benedito Ruy Barbosa: o boiadeiro Tibério na novela Pantanal (da TV Manchete) e o cantor Saracura, que formava dupla com Pirilampo - vivido por Almir Sater - na novela O rei do gado, da TV Globo. Em ambas, sempre teve pretexto para números de moda de viola (Almir Sater participou da novela da Manchete).

Na televisão, ainda teve o programa Sérgio Reis do tamanho do Brasil, na TV Manchete em 1997 e, dois anos depois, levando o programa para o SBT. No ano 2000 também vieram vários discos e muitas participações em discos de outros artistas.

E uma trajetória que trouxe encontros com Roberto Carlos. No ano de 1996, ele e Almir Sater participaram do Roberto Carlos Especial, cantando a moda de viola O rei do gado com o cantor (sucesso também da dupla Saracura e Pirilampo da teledramaturgia). No ano de 2001, foi a vez da gravação do disco Nossas canções, trazendo somente músicas gravadas por RC, como A namorada, Vivendo por viver, Outra vez e Abandono.

No show Emoções Sertanejas, Sérgio Reis cantou a mesma música que um dia tinha gravado com a participação de Zezé Di Camargo e Luciano. Uma canção de tom sertanejo, a primeira do LP que Roberto Carlos lançou em 1991 - que traz na capa RC com chapéu.

Segue a letra! Na foto, Sérgio Reis.

Abraços a todos, Vinícius.

TODAS AS MANHÃS - Roberto e Erasmo

Todas as manhãs quando eu acordo
Eu me lembro de você
Todos os momentos do meu dia
Não consigo te esquecer
Diga meu amor o que é que eu faço
Pra não me lembrar do seu abraço
Eu preciso te esquecer

Entro no meu carro, ligo o rádio
Uma canção me traz você
Tudo que eu vejo de bonito
Se parece com você
Diga meu amor o que é que eu faço
Eu preciso arrebentar de vez os laços
Que me prendem a você

Chuva fina no meu para-brisa
Vento da saudade no meu peito
Visibilidade distorcida
Pela lágrima caída
Pela dor da solidão

E a chuva no meu para-brisa
Vento de saudade no meu peito
Visibilidade distorcida
Pela lágrima caída
Pela dor da solidão

Sempre nos lugares onde vou
Alguém pergunta de você
Paro num sinal e olho a rua
Na esperança de te ver
Diga meu amor o que é que eu faço
Tudo faz lembrar você por onde eu passo
E eu preciso te esquecer

E a chuva fina no meu para-brisa
Vento de saudade no meu peito
Visibilidade distorcida
Pela lágrima caída
Pela dor da solidão...