quarta-feira, 30 de julho de 2008

Canciones en vivo - QUE SERÁ DE TI



Olá, amigos.

A série Canciones en vivo chega ao seu segundo post, celebrando a chegada do novo trabalho de Roberto Carlos às lojas de disco do Brasil. Trata-se de Roberto Carlos en vivo, primeiro registro fonográfico de um show realizado por RC no exterior - a apresentação ocorreu em maio do ano passado em Miami, nos Estados Unidos.

Além de apresentar ao público brasileiro a faceta de suas apresentações para o público latino-americano, o disco mostra como seu repertório do exterior tem diferenças dos shows apresentados em solo tupiniquim. Naturalmente, RC coloca em seus shows latinos os sucessos que aconteceram lá, que não necessariamente foram as músicas bem sucedidas em seu país natal.

E depois de iniciar a apresentação com Emociones, Roberto prossegue sua viagem hispânica usando mais um sucesso criado originalmente em português, mas agora com letra em castelhano. Através da canção de Antônio Marcos e Mário Marcos, ele usa palavras em espanhol para perguntar a cada um dos espectadores presentes em Miami (e também aos ouvintes de todo o mundo) a singela pergunta: "como vai você?". Segunda faixa do lado A de seu LP lançado em 1972, a música seguiu para o mercado latino no álbum Roberto Carlos en español em meados do ano seguinte , também na segunda faixa do primeiro lado do LP.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em apresentação na década de 1970.

Abraços a todos, Vinícius.

QUE SERÁ DE TI (Como vai você) - Antônio Marcos e Mário Marcos (versão de Buddy & Mary McCluskley)

Qué será de ti
Necesito saber
Hoy de tu vida

Alguien que me cuente
Sobre tus dias
Anocheció y necesito saber

Qué será de ti
Cambiaste sin saber toda mi vida
Motivo de una paz
Que ya se olvida
No sé si gusto más de mi
O más de ti

Ven que esta sed de amarte me hace bien
Yo quiero amanecer contigo amor
Te necesito para estar feliz

Ven que el tiempo corre y nos separa
La vida nos está dejando atrás
Yo necesito saber
Qué será de ti

Que será de ti...

P.S.: este que vos escreve pede desculpa, mas agora vai embora. Estou indo comprar o meu Roberto Carlos en vivo , disco que chegou hoje em terras cariocas.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Canciones en vivo - EMOCIONES



Olá, amigos.

Depois do breve recesso, este blogue volta ao seu cotidiano de atualizações. Agradeço a todos os que mandaram mensagens de carinho e aproveito para dizer que as apresentações de Sonho de uma noite de São João foram muito bem sucedidas. Queiram os deuses do teatro que ainda tenhamos muitas noites para sonhar com este espetáculo, em várias praças, em várias cidades e com vários sorrisos.

E recomeçamos os trabalhos na expectativa do novo disco a ser lançado por Roberto Carlos. De acordo com sua página oficial, a partir de hoje chega às lojas Roberto Carlos en vivo, registro fonográfico do show apresentado em Miami no ano passado e mostrado no último post da série América, América.

Para celebrar o "Natal" que está por vir, este blogue inicia hoje uma nova série derivada do Roberto Carlos en vivo. Trata-se da enumeração do repertório apresentado no disco, mas de uma forma um pouco diferente.

A série Canciones en vivo trará as letras das versões hispânicas interpretadas por RC no show que fez parte deste novo trabalho - também apresentaremos as músicas cantadas no disco que foram gravadas em seus idiomas originais. É a reverência ao grande momento de uma de suas presentaciones no palco americano.

Assim como em seus shows no Brasil, Roberto Carlos inicia seu show revisitando as emoções de um artista que ajudou a tornar este sentimento universal. Após apresentá-las ao mercado brasileiro no fim de 1981, o início de 1982 fez com que a emoção passasse a ser vivida em castelhano, em detalhes de uma vida cantada também nos palcos do exterior.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em uma apresentação num canal estrangeiro, no registro que faz parte de seu DVD Antologia.

Abraços a todos, Vinícius.

EMOCIONES (Emoções) - Roberto e Erasmo (versão de Luiz Gomez Escolar)

Cuando estoy aquí
Yo vivo este gran momento
Mirándote así
Tantas emociones siento

Son tantas ya vividas
Son momentos que no olvidaré
Detalles de una vida
Historias que aquí conté

Amigos yo gané
Tristezas yo sentí partiendo
Y a veces conseguí
Mi llanto disfrazar sonrriendo

Conozco el amor
Lo que me puede dar
A veces sufrí
Y no dejo de amar

Si lloré o si reí
Lo importante es que
Emociones viví

Son tantas ya vividas
Son momentos que no olvidaré
Detalles de una vida
Historias que aquí conté

Pero yo estoy aquí
Viviendo este gran momento
Estando frente a tí
Nuevas emociones siento

En paz con la vida
Siguiendo yo voy
Con fé y con amor
Optimista yo soy

Si lloré o si reí
Lo importante es que emociones viví...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O meu coração é como um palco...




Olá, amigos.

Hoje estréia na Praça Santos Dumont, localizada no bairro da Gávea aqui no Rio de Janeiro a peça Sonho de uma noite de São João. Trata-se de uma transposição da peça Sonho de uma noite de verão, de William Shakespeare, para o cotidiano caipira, com todas as riquezas deste universo difundido pelos artistas circenses e por nomes como Mazzaroppi.

Sim, de fato serei egoísta hoje e usarei o espaço para falar de mim, no momento em que estou prestes a sentir novas emoções como artista, pisando num palco, sob os olhares de todos. O frio na barriga é o mesmo, a ansiedade com o decorrer dos anos se torna cada vez maior, mas temos certeza de que faremos o melhor possível pra aquecer a noite de São João (que, no Brasil, acontece geralmente no inverno, mas que deixaremos bem quente com a chama deste grupo de 25 pessoas ansiosas por manter a chama do teatro acesa).

Abaixo, conto algumas das minhas impressões sobre este projeto no qual estou envolvido desde o início. É uma forma de compartilhar com vocês como vêm sendo estes dias convividos com o teatro:


Fabricar um sonho. Foi esse o projeto com o qual um grupo de atores se deparou no ano passado, quando a Oficina de Interpretação propôs uma nova leitura de "Sonho de uma noite de verão", de William Shakespeare. Mas um "sonho" com traços bem brasileiros, trazendo as tradições de nossa festa junina, do folclore, e do universo caipira. Uma mistura que inicialmente parecia estranha: colocar a dramaturgia britânica do século XVI (representada pela escrita de um dos maiores, senão o maior dramaturgo que o mundo já viu) lado a lado com a diversidade cultural de nosso país, revista sob o olhar de um grupo de teatro vivendo no século XXI.

E a noite de verão mais famosa do teatro aos poucos foi se tornando uma noite de São João, sonhada por Paulo Betti e depois realizada através do trabalho de Anderson Cunha e de todos nós, que decidimos aliar nossa cultura à universalidade da dramaturgia de Shakespeare. Depois de tantos momentos, tantas pesquisas, tantos ensaios, o desejo que fica é de que este "Sonho de uma noite de São João" que fabricamos durante cerca de um ano atravesse o sonho de cada espectador que assistir à nossa montagem. E que tenhamos todos um bom espetáculo.


Afinal, como já falou Roberto Carlos nos últimos momentos de seu show Palhaço:

"Sou, mas quem não é? Sou e assumo! E só assim com cara de palhaço, descobri que os homens, antes de poluirem os ares e os mares, começaram a poluir as próprias palavras... Cabeças muito encucadas fizeram do palhaço uma ofensa. "Seu palhaço!" Não é nada disso. Vocês sabem o que é realmente um palhaço? Cadê grandeza bastante pra tudo isso? Crises de palhaço todos nós temos! De repente, no Natal, a gente rouba uma verdade, veste um palhaço e acabou!".

Na emoção de, daqui a alguns instantes, começar a ter contato com a comédia popular, de cara justifico aqui que não sou palhaço de ofício, mais uma vez recorrendo a partes do texto do show Palhaço: "Mas isso são apenas crises de palhaço. Quem sou eu pra ser palhaço mesmo? Mas eu preciso rolar a bola do mundo pra que ela se faça colorida pela primeira vez numa flor?".

Só que todas estas questões se escondem diante do brilho que vem em cena aberta. E Roberto sabe disso como ninguém: "E um instante de palhaço dura exatamente uma eternidade! Um instante de palhaço dura exatamente uma eternidade! Exatamente uma eternidade...".

Minha "eternidade" começa hoje, e se estende aos dias 24, 25 e 26 deste mês, às 19h, na Praça Santos Dumont. O espetáculo é dirigido por Anderson Cunha, com coordenação de Paulo Betti e realização da Casa da Gávea. E que os deuses do teatro permitam que ela se estenda a outros dias.

Encerro o post de hoje com uma canção que costumo ouvir nos dias em que vou entrar em cena. Peço licença ao maestro Eduardo Lages para escutar a música feita em parceria com Paulo Sérgio Valle e gravada por RC em 1990, para estender a todos a emoção de quem tem o coração como um palco e daqui a algumas horas vai, na companhia de grandes artistas, começar a viver uma nova história.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos caracterizado para seu show Palhaço.


Este blogue volta a ser atualizado no dia 28 de julho.


Abraços a todos, Vinícius.

CENÁRIO - Eduardo Lages e Paulo Sérgio Valle

O meu coração é como um palco
Tantas as histórias já vividas
Dramas, romances, comédias, paixões
Um entrar e sair de ilusões
Sem saber se é pra rir ou chorar

Já tentei mudar o meu cenário
E esse coração tão solitário
Mas cada vez que as luzes
Se acendem sobre mim
De novo a mesma história, o mesmo fim

São lágrimas de amor que a maquiagem
Disfarça, mas não muda o personagem
Sorrisos tantas vezes encenados
Deixados da lado na vida

Esse coração como um teatro
Vive em busca de um final perfeito
E agora em cena aberta eu vejo
Como ainda te desejo
Querendo ser feliz meu coração te pede bis

O meu coração é como um palco
Tantas as histórias já vividas
E agora em cena aberta eu vejo
Como ainda te desejo
Querendo ser feliz meu coração te pede bis...

SERVIÇO:

Sonho de uma noite de São João
. Direção de Anderson Cunha, supervisão de Paulo Betti. Figurinos de Eloy Machado e Liza Machado. Adereços de Marina Marchesan. Direção de arte de Letícia Ponzi e Ronald Teixeira. Direção musical de Leandro Muniz.

Praça Santos Dumont, Gávea / RJ. Dias 23, 24, 25 e 26 de julho. 19h.

Com Albert Salgado, Amália Cigarro, Anderson Cunha, Carla Verônica, Chyspita, Cláudia Lara, Fernanda Esteves, Flora Borges, Francisco de Assis, Ingrid Borges, Juliana Caetano, Juliana Capelão, Laura Telles, Leonardo Arantes, Marcos Andrade, Maurício Silveira, Orjana Oliveira, Otávio Abdalla, Patrícia Gonzalez, Rafael Assis, Rafael Ecard, Rodrigo Micheli, Sabrina Knop, Vinícius Faustini.

Uma realização da CASA DA GÁVEA.

terça-feira, 22 de julho de 2008

América, América - 15



Olá, amigos.

A série América, América chega ao seu derradeiro post celebrando a grande novidade deste meio de ano para os que ouvem Roberto Carlos em todo o mundo. Em breve, chegará às lojas o mais recente trabalho de RC, o disco Roberto Carlos en vivo.

Trata-se do registro em disco do show que Roberto Carlos realizou no Carnival Center for The Performing Arts (Ziff Opera House) em Miami, nos dias 24 e 25 de maio de 2007 . Este esperadíssimo disco traz para o público brasileiro um registro fiel das apresentações que RC realiza para os latino-americanos. Eis o que o disco vai nos apresentar:

1 - Emociones (Emoções)
2 - Que será de ti? (Como vai você?)
3 - Cama y mesa (Cama e mesa)
4 - Detalles (Detalhes)
5 - Desahogo (Desabafo)
6 - El día que me quieras
7 - O calhambeque
8 - Mujer pequeña (Mulher pequena)
9 - Acróstico
10 - Propuesta (Proposta)
11 - Cóncavo y convexo (O côncavo e o convexo)
12 - La distancia (À distância)
13 - Amigo
14 - Jesus Cristo
15 - Amada amante
16 - Un gato en la oscuridad (Un gatto nel blu)
17 - Yo solo quiero (Eu quero apenas)

Algumas das canções estarão presentes em português, como a "jovem-guardista" O calhambeque e a recente Acróstico (e no show original também foram apresentadas em português as músicas Cavalgada e Aquarela do Brasil, que não virão no disco). Há rumores de que, além do disco, Roberto Carlos en vivo seja lançado mais tarde também em DVD - o que seria um registro completo das ótimas apresentações que RC faz para o exterior.

Vivendo este momento lindo, este blogue celebra a vinda de Roberto Carlos em castelhano no meio do ano destacando uma música de sucesso no exterior, mas que não é cantada em seus shows atuais no Brasil. Trata-se da versão hispânica de Un gatto nel blu, música do italiano Toto Savio que RC defendeu no Festival de San Remo de 1972. Um dado curioso: esta música é registrada com dois títulos diferentes. Enquanto alguns discos trazem o título de El gato que está triste y azul, outros a apresentam com o título que mostramos hoje (isto acontece também com a versão de Eu quero apenas, "batizada" tanto de Yo solo quiero quanto de Un millón de amigos).

Segue a letra! Na foto, a capa de Roberto Carlos en vivo, em breve nas lojas apresentando a linda música que segue abaixo e outras grandes canciones em registros ao vivo.

Abraços a todos, Vinícius.

UN GATO EN LA OSCURIDAD - Toto Savio (versão de Buddy & Mary McCluskley)

Cuando era un chiquillo, qué alegría
Jugando a la guerra noche y día
Saltando una verja, verte a ti
Y así en tus ojos algo nuevo descubrir

Las rosas decían que eras mía
Y un gato me hacía conpañía
Desde que me dejaste yo no sé
Porqué la ventana es más grande sin tu amor

El gato que está en nuestro cielo
No va a volver a casa si no estás
No sabes mi amor que noche bella
Presiento que tú estás en esa estrella

El gato que está triste y azul
Nunca se olvida que fuiste mía
Mas sé que sabrá de mi sufrir
Porque en mis ojos una lágrima hay

Querida, querida vida mía
Reflejo de luna que reía
Si amar es errado, culpa mía
Te amé en el fondo que es la vida no lo sé

El gato que está en nuestro cielo
No va a volver a casa si no estás
No sabes mi amor que noche bella
Presiento que tú estás en esa estrella

El gato que está triste y azul
Nunca se olvida que fuiste mía
Mas siempre serás en mi mirar
Lágrima clara de primavera
El gato que está en la oscuridad
Sabe que en mi alma
Una lágrima hay

La, la, la, la, la...
La, la, la, la...

domingo, 20 de julho de 2008

América, América - 14



Olá, amigos.

Em seu penúltimo post, a série América, América apresenta mais um momento em que a safra em castelhano de Roberto Carlos adentrou no mercado brasileiro. É a forma deste blogue homenagear a presença da América Latina na carreira de RC.

Hoje é a vez de apresentarmos mais um momento em que o Brasil conheceu amplamente gravações de RC feitas originalmente para o mercado latino. Assim como em Inolvidables, lançada sete anos antes, o ano 2000 teve espaço para uma coletânea de canções lançadas somente para o exterior. Neste momento, Roberto tinha interrompido sua carreira, em virtude dos problemas de saúde que levariam sua esposa Maria Rita no fim de 1999. Mesmo sem fazer um disco inédito, RC se apresentou em 1999 através de duas coletâneas - Mensagens, que compilou 12 faixas com temática religiosa de sua safra assinada com Erasmo, e 30 sucessos, disco duplo que trouxe canções pinçadas de sua discografia e também a inédita Todas as Nossas Senhoras.

Em meados de 2000, seria a vez de trazer para o Brasil uma série mais abrangente sobre seus lançamentos apresentados ao mercado latino. E foi lançada no mercado brasileiro a compilação 30 grandes canciones, com o seguinte repertório:

DISCO 1

1 - Emociones (Emoções)
2 - Detalles (Detalhes)
3 - Jesucristo (Jesus Cristo)
4 - Un millón de amigos (Eu quero apenas)
5 - La distancia (À distância)
6 - El día que me quieras
7 - Que será de ti? (Como vai você?)
8 - Propuesta (Proposta)
9 - Amada amante
10 - La paz de tu sonrisa (Na paz do seu sorriso)
11 - Cama y mesa (Cama e mesa)
12 - Desahogo (Desabafo)
13 - Si el amor se va
14 - Desayuno (Café da manhã)
15 - No te apartes de mi (Não se afaste de mim)

DISCO 2

1 - Luz divina
2 - Amigo
3 - Lady Laura
4 - Mujer pequeña (Mulher pequena)
5 - La montaña (A montanha)
6 - Amante a la antigua (Amante à moda antiga)
7 - Abrázame así
8 - Esta tarde vi llover
9 - Simbolo sexual (Símbolo sexual)
10 - Por ella
11 - El gato que está triste y azul (Un gatto nel blu)
12 - Tengo que olvidar
13 - Cóncavo y convexo (O côncavo e o convexo)
14 - El amor y la moda (O amor é a moda)
15 - Camionero (Caminhoneiro)

Além de trazer canções que permanecem nos shows que RC faz na América Latina, a compilação inclui um panorama completo de todas as décadas que RC fez parte da safra de música latina. Há canções dos anos 70 (Detalles, Que será de ti? e Propuesta), da década de 1980 (Emociones, No te apartes de mi e El amor y la moda) e dos anos 90 (Mujer pequeña e Abrázame así).

Há também as versões originais de músicas que chegaram ao Brasil com letra em português - como Por ella e Si el amor se va, e também é interessante ouvir como as "mensagens" de RC ficaram com letra em espanhol - Jesucristo, La montaña e Luz divina. Mas, dentre as canções de língua hispânica, somente uma era totalmente inédita no Brasil dentre as lançadas na compilação 30 grandes canciones.

Gravada originalmente para o LP Pajaro herido, esta música de Roberto Livi e Salako reflete que é necessário esquecer da solidão. E dez anos depois de seu lançamento no mercado latino, esta canção chegou ao Brasil por ser considerada uma das 30 grandes canções em castelhano gravadas por RC.

Segue a letra! Na foto, o registro de RC que se tornou capa tanto da coletânea dupla 30 sucessos quanto da 30 grandes canciones.

Abraços a todos, Vinícius.

TENGO QUE OLVIDAR - Roberto Livi e Salako

No vale andar tan solo por la vida
Sin buscar una salida
Que me lleve a un nuevo amor

Ni vale recordar tristes momentos
Y dejar que el pensamento
Me maltrate el corazón

Tengo que olvidar...
Tengo que olvidar...
Tengo que olvidar...

De una buena vez
Ni antes ni después
Volver a empezar

No vale estar pensando siempre en ella
Porque ya no es más aquella
La que tanto amor me dio

Ni vale dar guarida a un sentimiento
Que con el correr del tiempo
Se convierte en un dolor

No vale cuando estoy con otras gentes
Verme solo y de repente
No saber adonde estoy

Ni vale ver llegar las madrugadas
Dando vueltas en la cama
Extrañando aquel amor

Tengo que olvidar...
Tengo que olvidar...
Tengo que olvidar...

De una buena vez
Ni antes ni después
Volver a empezar

No vale andar soñando con sus besos
Y pensando en su regreso
Porque no es la realidad

Ni vale nostalgia del pasado
Cuando ya no está a mi lado
Y la tengo que olvidar

Tengo que olvidar...
Tengo que olvidar...
Tengo que olvidar...

De una buena vez
Ni antes ni después
Volver a empezar...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

América, América - 13



Olá, amigos.

A série América, América prossegue relembrando os momentos em que as canções em castelhano estiveram presentes na discografia "brasileira" de Roberto Carlos. Neste e no próximo post, este blogue vai mostrar momentos em que a safra latina de RC foi apresentada em uma face mais abrangente de sua discografia no exterior.

Em meados do ano de 1993, chegou ao Brasil a compilação Inolvidables, lançada pelo selo Globo Columbia. Através deste LP, os ouvintes brasileiros tiveram pela primeira vez o contato com as gravações que Roberto Carlos fez de suas canções vertidas para o espanhol. O repertório trouxe uma seleção bem cuidadosa das gravações mais bem sucedidas no em outras terras:

LADO A

1 - Amigo
2 - Desahogo (Desabafo)
3 - Un millón de amigos (Eu quero apenas)
4 - Inolvidable
5 - La distancia (À distância)

LADO B

1 - Lady Laura
2 - Propuesta (Proposta)
3 - Amante a la antigua (Amante à moda antiga)
4 - El día que me quieras
5 - Amada amante

Canções inesquecíveis que comprovam o quanto a safra interpretada por Roberto Carlos é querida em qualquer idioma. Dentre elas, este blogue destaca hoje a versão hispânica de uma canção feita de irmão camarada para irmão camarada.

A homenagem que Roberto fez para Erasmo em seu LP de 1977 ganharia, com o decorrer dos tempos, dimensões cada vez maiores, se tornando uma das formas de cantar a amizade. E anos mais tarde de seu lançamento, o povo mexicano cantaria em coro esta música para saudar o Papa João Paulo II em sua visita ao país. Na versão do casal Buddy & Mary McCluskley, o carinho em letra e música receberia uma universalidade inesquecível.

Segue a letra! Na foto, a capa do LP Inolvidables, lançado em 1993.

Abraços a todos, Vinícius.

AMIGO - Roberto e Erasmo (versão de Buddy & Mary McCluskley)

Tú eres mi hermano del alma
Realmente el amigo
Que en todo camino y jornada
Estás siempre conmigo

Aunque eres un hombre
Aún tienes alma de niño
Aquel que me da su amistad
Su respeto y cariño

Recuerdo que juntos pasamos
Muy duros momentos
Y tú no cambiaste por fuertes
Que fueran los vientos

Es tu corazón
Una casa de puertas abiertas
Tu eres realmente el más cierto
En horas inciertas

En ciertos momentos dificiles
Que hay en la vida
Buscamos a quien nos ayude
A encontrar la salida

Y aquella palabra de fuerza
Y de fe que me has dado
Me da la certeza que
Siempre estuviste a mi lado

Tú eres mi amigo del alma
En toda jornada
Sonrisa y abrazo festivo
A cada llegada

Me dices verdades tan grandes
Com frases abiertas
Tú eres realmente el más cierto
De horas inciertas

No preciso ni decir
Todo eso que te digo
Pero es bueno así sentir
Que eres tú mi gran amigo

No preciso ni decir
Todo eso que te digo
Pero es bueno así sentir
Que yo tengo un gran amigo...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

América, América - 12



Olá, amigos.

A série América, América vai chegando aos seus últimos posts, apresentando aqui as canções em castelhano que vieram para a discografia brasileira de Roberto Carlos. Ao enumerar estas músicas, este blogue mostra que já faz bastante tempo que RC tem suas veias abertas para a América Latina - um novo passo desta ligação com os latinos chegará às lojas brasileiras em breve, com o disco Roberto Carlos en vivo, registro de um show gravado em Miami (nos Estados Unidos) em maio do ano passado.

No post de hoje é a vez de dedicarmos espaço a um cuidadoso disco de língua hispânica que chegou por inteiro ao Brasil no final do ano de 1997. Em vez de recorrer a versões de sucessos do ano anterior ou apostar em músicas novas feitas especialmente para sua voz, Roberto apresentou uma seleção de canções em espanhol que fazem parte da safra que mais agrada seu coração.

E veio para terras brasileiras o disco Canciones que amo, com sucessos de ontem, de hoje e de sempre no idioma de nossos hermanos latinos. O repertório gravado por Roberto Carlos foi o seguinte:

1 - Abrázame así
2 - Adiós
3 - Niña
4 - Las muchachas de la Plaza España
5 - El manicero
6 - Coração de Jesus
7 - Mi carta
8 - Esta tarde vi llover
9 - Insensatez
10 - Se me olvido otra vez

O disco abre com a canção que o cantor argentino Mario Clavell escreveu para o filme El ladrón de boleros (que protagonizou no ano de 1950), a doce Abrázame así. O argentino de Buenos Aires está presente em Canciones que amo com outra canção de sua autoria - Mi carta.

Em seguida, é a vez de RC deitar sua voz sobre uma canção do poeta Eddie Woods com o arranjador Enric Madriguera - Adiós, definida por RC em seu Roberto Carlos Especial de 1997 como "uma das músicas que mais fazem recordar seus tempos de Cachoeiro". Bebu Silvetti, arranjador tão presente em sua discografia latina (é um dos autores de Si el amor se va, canção que puxou o disco Volver, responsável pelo Grammy Latino entregue a RC em 1989) também não poderia faltar neste disco - e sua música surge na leitura de Niña, de Bebu e Silvia Riera Ibañez. O nome de Armando Manzanero é outro que RC não deixaria de incluir em seu repertório de releituras latinas - e está neste disco através da regravação de Esta tarde vi llover (música que Roberto gravara anteriormente para seu disco de 1979).

Para cantar as canções que ama, RC recorreu também a adaptar para a língua espanhola canções de outros idiomas. São os casos de Las muchachas de la Plaza España, escrita originalmente por M. Rucciane e A. Marchionne e vertida por M.S. Garcia, e da Insenstatez narrada por Tom Jobim e Vinícius de Moraes, que através da versão do próprio Roberto Carlos, mostrou que a boa música desta dupla é universal.

Somente um momento não teve tradução neste Canciones que amo: a "mensagem" religiosa passada em letra e música por Roberto e Erasmo. A canção Coração de Jesus, homenagem de RC ao Sagrado Coração de Jesus (que carrega no peito, com um medalhão entregue por uma das irmãs do colégio onde ele estudou) não poderia ser cantada em outro idioma.

Nesta incursão por várias canciones, Roberto Carlos também recorreu a canções que falam de coisas típicas do universo hispânico. É assim em relação a El manicero, música de Moises Simon que fala sobre vendedores de uma planta chamada maní. Esta planta, que mede entre 30 e 50 centímetros de altura, traz frutos e sementes muito apreciadas na gastronomia.

O disco encerra com Se me olvido otra vez, lamento assinado por Juan Gabriel, com um arranjo típico de repertórios latino-americanos. Neste disco, RC teve o apoio da Sony internacional, e as gravações aconteceram no Brasil (em estúdios do Rio e de São Paulo) e nos Estados Unidos (em Los Angeles e Miami). Além da presença de músicos norte-americanos, Roberto teve seis das músicas presentes em Canciones que amo arranjadas por Bebu Silvetti. As canções Mi carta, Las muchachas de la Plaza España, Coração de Jesus e Insensatez receberam arranjos do maestro Eduardo Lages.

A canção escolhida para representar esta incursão que RC fez por belas canções latinas no ano de 1997 é a canção que apresentou com alguns meses de antecedência o grande disco que viria em dezembro. Um pouco antes do fim de ano, a música que abre Canciones que amo fez parte da trilha musical de Por amor, novela de Manoel Carlos exibida no horário das 20h30 da TV Globo. Uma canção condizente com o que a novela propôs: o que você seria capaz de fazer por amor?

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em um dos registros para o livreto do disco Canciones que amo.

Abraços a todos, Vinícius.

ABRÁZAME ASÍ - Mario Clavell


Abrázame así
Que esta noche yo quiero sentir
De tu pecho el inquieto latir
Cuando estás a mi lado

Abrázame así
Que en la vida no hay nada mejor
Que decirle que si al corazón
Cuando pide cariño

Abrázame así
Y en un beso te voy a contar
El más dulce secreto de amor
Que hay en mi corazón

Acércate a mí
Y esta noche vivamos los dos
La más linda locura de amor
Abrázame asi

Así...
Abrázame así...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

América, América - 11



Olá, amigos.

A série América, América segue mostrando as canções que Roberto Carlos gravou em espanhol e que fizeram parte de seus discos lançados originalmente no Brasil. Esta é a forma do blogue Emoções de Roberto Carlos homenagear o lançamento de Roberto Carlos en vivo, registro ao vivo de um show realizado nos Estados Unidos em 2007 que será lançado simultaneamente em todo o mundo (incluindo o Brasil, onde chegará no dia 28 de julho).

Depois de passar os anos anteriores recorrendo a pinçar canções de álbuns lançados próximo da data de seus LPs "brasileiros", o disco de 1993 trouxe uma coisa extremamente curiosa para os ouvintes de Roberto Carlos. Como o LP lançado naquele ano para o exterior trouxe somente versões em castelhano de músicas escritas por ele e por outros compositores brasileiros, a nona e última faixa de seu LP "brasileiro" recorreu ao repertório de cinco anos antes para apresentar mais um momento de sua ligação com o mercado latino.

Do disco Volver, de 1988, chegou em 1993 uma canção assinada por Roberto Livi e Bebu Silvetti, através da qual Roberto Carlos contava sobre os amores que teve em sua vida. E entre seus amores veio a, até o momento, mais recente canção em castelhano pinçada em meio ao repertório em português de seus discos.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos no registro que seria aproveitado na capa de seu LP de 1993, que foi encerrado com a canção abaixo.

Abraços a todos, Vinícius.

MIS AMORES - Roberto Livi e Bebu Silvetti

Los amores que he tenido
Pasa el tiempo y yo los vuelvo a recordar
Son momentos que he vivido
Situaciones imposibles de olvidar

Emociones que sentí
Porque siempre yo al amor le due si
Mis amores yo lo sé
Son amores que jamás ovidaré

No me pregunten cúal ha sido mejor
A todas ellas le entregué el corazón
No me pregunten con quien fui más feliz
No sé los voy a decir, no se los puedo decir

No me pregunten cual ha sido mejor
Que es imposible comparar tanto amor
Pues todas ellas fueron algo especial
Y fuimos tal para cual y fuimos tal para cual

Los amores que he tenido
Han llenado de alegria mi vivir
Son recuerdos, son historias
Sentimientos tan bonitos de asumir

No se niega una pasión
Cuando esta comprometido el corazón
Mis amores yo lo sé
Son amores que jamás olvidareé

No me pregunten cúal ha sido mejor
A todas ellas le entregué el corazón
No me pregunten con quien fui más feliz
No sé los voy a decir, no se los puedo decir

No me pregunten cual ha sido mejor
Que es imposible comparar tanto amor
Pues todas ellas fueron algo especial
Y fuimos tal para cual, y fuimos tal para cual

No me pregunten cual ha sido mejor...

sábado, 12 de julho de 2008

América, América - 10



Olá, amigos.

A série América, América chega ao seu décimo post, enumerando as canções em castelhano lançadas na discografia anual de Roberto Carlos para o mercado brasileiro. Através destas canções, este blogue mostra como os discos que RC lançou para o Brasil trazem há muito tempo suas veias abertas para a América Latina.

A música mostrada hoje segue a mesma tendência da apresentada do post mais recente - pinçar uma canção que havia sido lançada no ano anterior. Entretanto, esta opção não foi meramente por escolha de RC. Acontece que Roberto Carlos não lançou disco inédito para o mercado latino no ano de 1992.

Apesar disto, a presença latino-americana apareceu por dois momentos em seu LP apresentado ao Brasil no fim daquele ano. Numa delas, Roberto fez a leitura de um grande sucesso latino, mas através da versão em português feita por ele e por Erasmo. Esta canção gravada por RC traz um dado curioso: ela foi escrita originalmente em português, com o nome de Nova flor. Mais tarde, recebeu versão em castelhano intitulada Los hombres no deben llorar. E em 1992, Roberto trouxe para o Brasil uma "versão da versão", a belíssima Dizem que um homem não deve chorar - com direito a, na gravação, ele cantar uma estrofe da música em espanhol.

Mesmo assim, ela não estaria presente em seu LP lançado para o exterior em 1993 (que, puxado pela salsa Mujer pequeña, versão hispânica para Mulher pequena, abrigou somente versões em português de canções interpretadas por ele em seus discos de 1990, 1991 e 1992). Depois deste disco, RC ficaria quatro anos sem lançar um álbum para o mercado latino-americano.

No Brasil, o álbum de 1992 traria uma nova música de Roberto Livi em meio ao repertório de canções em português. Feita em parceria com Alejandro Vezzani, a canção traz Roberto Carlos lamentando a perda de uma mulher especial - que era "uma em um milhão".

Segue a letra! Na foto, a contracapa do LP lançado para o exterior em 1993 (que chegou ao Brasil através da caixa Pra sempre em espanhol - Volume II), numa foto que fez parte da seqüência fotográfica do fim do ano de 1992.

Abraços a todos, Vinícius.

UNA EN UN MILLÓN - Roberto Livi e Alejandro Vezzani

Una en un millón
Y yo la he perdido
Como pude ser
Que pasó conmigo

Una en un millón
Y era sólo mia
La dejé partir
Sin saber que hacía

Grande fue mi error
Y tarde comprendí
Que yo necesitaba
De su amor

Y al dejarla ir
Cambiaba por tristeza
Mi alegría

Una en un millón
Para amarla tanto
Para descubrir
Todos sus encantos

Una en un millón
Para ser su dueño
Sintiéndome en sus brazos tan pequeño
Volviendo a ser un niño por su amor

Una en un millón
Y yo la he perdido
Como pudo ser
Que pasó conmigo

Pude ser feliz
La tuve y la perdí
Y ahora que me encuentro en soledad

Lloro por su amor
La quiero y no la tengo
Que ironía

Una en un millón
Para amarla tanto
Para descubrir
Todos sus encantos

Una en un millón
Para ser su dueño
Sintiéndome en sus brazos tan pequeño
Volviendo a ser un niño por su amor

Una en un millón...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

América, América - 9




Olá, amigos.

A série América, América apresenta mais um post que traz a presença do repertório latino-americano na discografia que Roberto Carlos lançou no Brasil. É a forma deste blogue homenagear o lançamento de Roberto Carlos en vivo, o retorno de RC ao mercado latino através do registro do show que apresentou em Miami em maio do ano passado (depois de muita espera, o disco tem o lançamento previsto para o dia 28 de julho - inclusive aqui no nosso país).

A canção mostrada hoje traz uma diferença em relação às apresentadas nos anos anteriores por RC. Ela não foi gravada em seu álbum de meados de 1991 - Roberto preferiu incluir em seu LP de fim de ano do Brasil uma música do álbum Pajaro herido, de 1990. Com isso, canções do disco gravado em 1991, como Una casita blanca e Adonde andarás Paloma permaneceram inéditas no Brasil até o lançamento das caixas Pra sempre em espanhol, que em dois volumes trouxeram os 22 álbuns mais importantes de RC no exterior.

Do disco "estrangeiro" de 1991 (que teve como faixa de abertura a música Super heroe, versão hispânica para Super herói) viria para o Brasil somente a canção a ser vertida para o português. E, desta vez, houve até mesmo "versão" para o dueto de RC na faixa. Para o mercado latino, Roberto dividiu os vocais de Si piensas... si quieres... (canção de Roberto Livi e Alejandro Vezzani) com a cantora Rocio Dúrcal. Já para o público brasileiro, RC apresentou um encontro fonográfico na companhia de Fafá de Belém, com quem interpretou a versão Se você quer (feita por ele em parceria com Carlos Colla). Este encontro com Fafá foi reapresentado no disco e no DVD Duetos, que Roberto Carlos lançou em 2006, apresentando encontros musicais de seus especiais anuais na TV Globo - Roberto e Fafá cantaram juntos este número em 1991.

Para a última faixa do lado A de seu LP lançado no final de 1991 para o Brasil, Roberto Carlos apresentou mais uma canção assinada por Roberto Livi e Salako (autores de Mujer, presente no LP "brasileiro" de 1990). Desta vez, RC abriu suas veias para cantar uma tentativa de conquista amorosa.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos posando para a foto que se tornou contracapa do LP "brasileiro" de 1991. Um dado curioso: esta se tornou a capa do disco lançado para o exterior em 1991. O costume de aproveitar a capa do ano anterior não foi usado naquele momento, as fotos do LP de 1990 são inéditas para boa parte do mercado latino.

Abraços a todos, Vinícius.

OH, OH, OH, OH - Roberto Livi e Salako

Oh, oh, oh, oh
Adónde vas
Te conozco
No me preguntes de qué lugar

No me ouvido de una persona
Cuando es así
No me creas aventurero
Que yo soy todo un caballero

Oh, oh, oh, oh
Adónde vas
Si me dejas
Yo te acompaño en tu caminar

Sólo espero que tu mirada me diga si
Que me mires por un segundo
Y te sigo hasta el fin del mundo

Dime pronto
Que te puedo acompañar
Que no hay nadie
Que te espere adónde vas

Dime luego
Que estás sola igual que yo
Que hace tiempo
Esperabas el amor

No lo tomes como conquista
Es amor a primera vista
Oh, oh, oh, oh

Oh, oh, oh, oh
Adónde vas
Oh, oh, oh, oh
Adónde vas...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Post especial - BRINCANDO EM CIMA DAQUILO



Olá, amigos.

Este blogue hoje abre um post especial para apresentar mais uma ligação de Roberto Carlos com a arte cênica brasileira. Desta vez, ele surge no palco acompanhando a atriz Débora Bloch, que brinca em cima do palco trazendo para a cena um bom recorte do universo feminino.

Reestreou ontem no Teatro dos Quatro (localizado no Shopping da Gávea, no Rio de Janeiro) o monólogo Brincando em cima daquilo, assinado pelos autores italianos Dario Fo e Franca Rame. O texto, que já havia chegado ao Brasil em 1984 na interpretação de Marília Pêra, chega aos palcos brasileiros novamente e mostra que neste início de milênio as coisas faladas sobre a situação da mulher ainda não estão tão datadas assim.

Sob a direção do estreante Otávio Müller (supervisionado por Amir Haddad), Débora estreou em meados do ano passado - também para uma curta temporada, tanto quanto esta que iniciou ontem. Aliado ao ótimo texto, que dá margem para que ela mostre todo o seu timing para a comédia, a atriz encontrou um elemento interessante para deixar o público mais próximo do espetáculo. Antes de começar sua apresentação, ela já está no meio da platéia, ajudando os espectadores a encontrarem seus lugares e cantando as músicas que ficam no som enquanto a peça não começa.

Quando toca o samba Não deixe o samba morrer, na voz de Alcione, ela, além de cantarolar, dança em plena platéia. Este que vos escreve foi um dos homens que ela tirou para dançar por alguns instantes.

É apenas o início de uma grande noite de teatro, que pode ser vivida todas as segundas, terças e quartas, às 21h. Assim que dá o terceiro sinal, ganha vida a história da mulher criada pelo casal Dario Fo e Franca Rame, que vive entre a realidade opressora de dona-de-casa e esposa e a vontade de ser amada.

Roberto Carlos aparece em dois momentos de Brincando em cima daquilo. Numa delas, somente como autor, quando a personagem conta de um caso que chegou ao ápice do amor. Neste momento, nada melhor do que colocar a canção Cama e mesa, gravada originalmente por RC para o lado B do LP de 1981, mas presente na peça através da releitura deliciosa em forma de samba feita por Zeca Pagodinho e Erasmo Carlos (para o disco Erasmo Carlos convida... - Volume II).

A segunda canção surge na hora de falar sobre um grande amor, que sofre mas não deixa de amar. E, acompanhada da gravação presente na segunda faixa do lado B do mesmo LP de 1981, Débora Bloch solta a voz e a interpretação de uma mulher que, cada vez que canta esta canção, relembra seu amado e revive esse momento lindo. Um dado curioso: quando RC fez sua temporada na casa de espetáculos carioca Canecão, em junho de 2007, Débora foi ao camarim de Roberto e pediu autorização dele para que a gravação desta canção emblemática fizesse parte de Brincando em cima daquilo.

Segue a letra! Na foto, Débora Bloch em uma das cenas da peça.

Abraços a todos, Vinícius.

EMOÇÕES - Roberto e Erasmo

Quando eu estou aqui
Eu vivo esse momento lindo
Olhando pra você
E as mesmas emoções sentindo

São tantas já vividas
São momentos que eu não me esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui

Amigos eu ganhei
Saudades eu senti partindo
E às vezes eu deixei
Você me ver chorar sorrindo

Sei tudo que o amor
É capaz de me dar
Eu sei, já sofri
Mas não deixo de amar

Se chorei
Ou se sorri
O importante é que emoções
Eu vivi

São tantas já vividas
São momentos que eu não me esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui

Mas eu estou aqui
Vivendo esse momento lindo
De frente pra você
E as emoções se repetindo

Em paz com a vida
E o que ela me traz
Na fé que me faz
Otimista demais

Se chorei
Ou se sorri
O importante é que emoções
Eu vivi

Se chorei
Ou se sorri
O importante é que emoções
Eu vivi

P.S.: este blogue retoma a série América, América no dia 10 de julho.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

América, América - 8



Olá, amigos.

Dando prosseguimento à série América, América, hoje este blogue mostra mais um momento em que o repertório "castelhano" da safra de Roberto Carlos esteve presente em sua discografia "brasileira". Esta é a nossa forma de celebrar o retorno de RC à rotina de shows internacionais e ao iminente lançamento de Roberto Carlos en vivo - registro de uma apresentação na cidade de Miami ocorrida no ano passado (de acordo com as pré-vendas dos sites da Saraiva e das Lojas Americanas, ainda neste mês o disco aparecerá nas prateleiras de todo o Brasil - como adiantaram so amigos James Lima, responsável pelo blogue RC Braga, Felipe Moura, diretor do blogue Rey Roberto Carlos, e Fabiano Cavalcante, realizador do blogue Aplauso).

O primeiro LP dos anos 90 apresentado ao mercado latino manteve a tradição dos discos de Roberto Carlos nos anos anteriores. Mas, desta vez, o título não foi reservado a uma gravação totalmente inédita para o mercado brasileiro - seu nome foi Pajaro herido, versão de Roberto Livi para Pássaro ferido, música de Roberto e Erasmo que, no Brasil, veio no lado B do disco lançado ao fim de 1989 (mas no disco do exterior lançado em 1990, ela vem como primeira faixa do lado A). Livi está presente nas nove canções em castelhano do LP "latino" de meados de 1990 - curiosamente, a última faixa do LP traz a música Só você não sabe, de Roberto e Erasmo, gravada em português, mas com algumas diferenças instrumentais em relação à faixa apresentada no Brasil.

Roberto Livi é versionista da faixa-título do álbum de RC e das músicas Amazônia (em espanhol nomeada como Amazonia), Tolo (lançada na América Latina como El tonto) e O tempo e o vento (conhecida em castelhano como El tiempo y el viento). As canções originalmente feitas em castelhano também têm ele como autor, e algumas delas eram desconhecidas dos ouvintes brasileiros antes do disco Pajaro herido vir na segunda caixa da série Pra sempre em espanhol - casos de Poquito a poco (feita em parceria com Salako) e de Me has echado a el olvido (assinada com Rudy Perez).

E em dezembro de 1990, Roberto Carlos novamente mostrou sua ligação com o universo latino em dois momentos de seu LP. Na terceira faixa do lado A, RC antecipou uma canção que seria exportada em castelhano em meados do ano seguinte. O Brasil foi o primeiro país a conhecer a melodia de Por ella, de Jose Manuel Soto, mas apresentada em solo tupiniquim com o título de Por ela, na versão escrita pelos irmãos Biafra e Aloysio Reis.

A música pinçada do LP Pajaro herido serviu para encerrar o disco que RC apresentou ao mercado brasileiro em 1990. Assinada por Roberto Livi e Salako, ela seria aproveitada no ano seguinte na trilha internacional da novela Lua cheia de amor, exibida no horário das 19h da TV Globo. Seja pelo disco, pelo rádio ou pela teledramaturgia, Roberto Carlos trouxe para o Brasil o belo lamento latino de seu xará, que fala da saudade de um homem que nunca deixou de amar uma mulher.

Segue a letra! Na foto, RC no início de 1990, ainda com o "visual" que o Brasil conheceu antes, na capa de seu LP de 1989.

Abraços a todos, Vinícius.

MUJER - Roberto Livi e Salako

Mujer
No he dejado de amarte
Y al querer olvidarte
Fue dificil vivir

Mujer
Cuanto me he equivocado
A tu amor lo he negado
No he querido decir

Mujer
Que eres todo em mi vida
Que mi amor no te olvida
No me puedo engañar

Mujer
Que no existe el olvido
Y has estado conmigo
Aunque se que no estás

Mujer
Sé que ahora es muy tarde
Tanto amor para darte
Y no estás junto a mi

Mujer
Lo ha querido el destino
Seguiré mi camino
Y tendré que decir

Mujer
Que eres todo em mi vida
Que mi amor no te olvida
No me puedo engañar

Mujer
Que no existe el olvido
Y has estado conmigo
Aunque se que no estás

Mujer...
Mujer...

sábado, 5 de julho de 2008

América, América - 7




Olá, amigos.

A série América, América apresenta mais um post que mostra a presença de canções latino-americanas nos discos que Roberto Carlos lançou para o mercado brasileiro. Hoje, este blogue prossegue falando da tendência mostrada no post anterior.

No ano seguinte ao LP Volver, RC mais uma vez apresentou ao mercado latino um disco que mescla versões em espanhol de faixas do LP lançado ao final do ano anterior no mercado brasileiro (e excepcionalmente neste disco de 1989 trouxe a versão de uma música que ele gravara no Brasil dois anos antes - Águila dorada, de título original Águia dourada, escrita por Roberto e Erasmo) com canções feitas em castelhano - caso de Abra las ventanas a el amor. Nesta nova nuance exposta à América Latina, Roberto teve a companhia de outro Roberto - Roberto Livi, que, além de produzir seus álbuns latinos, assinou quase todas as versões hispânicas dos sucessos em português apresentados por ele.

O disco "brasileiro" lançado ao final de 1989 deu espaço a dois momentos latinos que tinham sido apresentados no início do ano somente para o mercado de língua hispânica. Na quarta faixa do lado A, a canção Si me vas a olvidar, de Roberto Livi, recebeu letra em português através da versão de Carlos Colla - e se tornou Se você me esqueceu na voz de Roberto Carlos.

E a música apresentada em castelhano aos brasileiros na penúltima faixa do lado B do disco trouxe uma peculiaridade. Trata-se da versão para a língua espanhola da canção Smile, assinada por Charles Chaplin. O "Carlitos", que já recebera a reverência de Roberto em português através do Roberto Carlos Especial de 1982, agora recebia as homenagens do Roberto latino-americano. Além de interpretar a versão em castelhano assinada por Roberto Livi, RC colocou o título da versão como nome de seu álbum lançado no mercado latino em meados de 1989 e incluiu em seu disco "brasileiro" uma nova língua para se falar do sorriso universal de Charles Chaplin.

Segue a letra! Na foto, Roberto "Carlitos". Roberto Carlos caracterizado como o Vagabundo (personagem popularizado por Charles Chaplin em seus filmes) no Roberto Carlos Especial de 1982.

Abraços a todos, Vinícius.

SONRIE - Charles Chaplin, J. Turner e G. Parsons (versão de Roberto Livi)

No, ya no pienses en llorar
De que vale lamentar
Lo pasado pasó
Si ese amor terminó

Otro amor puede llegar
Nunca es tarde para amar
Y volver a ser feliz
Sonrie

No, para que la soledad
Cuando la felicidad
Puede hacerte sentir
Como es lindo vivir

Nunca dejes de soñar
Y mañana al despertar
Ve la vida con amor
Sonrie

Sonrie...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

América, América - 6



Olá, amigos.

Este blogue apresenta mais um post da série América, América, na qual revisitamos as canções em castelhano presentes nos discos que Roberto Carlos lançou no Brasil. E hoje apresentamos uma canção que traz ótimas recordações para a carreira de RC.

No ano de 1989, Roberto recebeu o Grammy de Melhor Cantor por conta de um álbum lançado no mercado hispânico em meados do ano anterior. O título do LP acabou sendo a última faixa do lado B de seu disco lançado ao final de 1988 no Brasil.

O álbum lançado somente no mercado latino-americano trouxe uma nova tendência na discografia que RC lançou para o exterior: em vez de ser composto meramente por versões em espanhol das canções que lançava em português no final do ano anterior, seus discos passaram a trazer também gravações de músicas feitas originalmente em espanhol. Além de conhecer novas canções escritas por Roberto e Erasmo e por outros compositores brasileiros (no caso deste disco, gravadas originalmente para o LP de RC lançado ao fim de 1987 no Brasil), os ouvintes latino-americanos tiveram a exclusividade de escutar Roberto cantando músicas como Tristes momentos e Si el amor se va - esta última foi o grande sucesso deste disco. Este LP chegaria ao Brasil apenas no ano passado, como um dos discos escolhidos para as caixas Pra sempre em espanhol.

As veias abertas para a América Latina se refletiram também em seu repertório brasileiro. Ao lado da gravação original em espanhol, Roberto também apresentava em uma das faixas de seu disco a versão em português de uma das canções lançadas em castelhano no início do ano. Foi o caso de Si el amor se va, que chegou ao disco brasileiro com o nome de Se o amor se vai, na versão de Roberto Carlos e Carlos Colla para a música de Roberto Livi e Bebu Silvetti.

Para a parte castelhana de seu LP "brasileiro" de 1988, Roberto Carlos tornou a homenagear o tango de Carlos Gardel. Era RC voltando às raizes da dança tradicional argentina (15 anos depois de sua leitura para El día que me quieras) e, oito anos depois, voltando a incluir uma faixa em castelhano nos seus discos lançados no Brasil.

Segue a letra! Na foto, a capa do LP Volver, um disco histórico que rendeu a Roberto Carlos o Grammy de Melhor Cantor em 1989.

Abraços a todos, Vinícius.

VOLVER - Carlos Gardel e Alfredo Le Pera

Yo adivino el parpadeo
De las luces que a los lejos
Van marcando mi retorno

Son las mismas que alumbraron
Con sus palidos reflejos
Hondas horas de dolor

Y aunque no quise el regreso
Siempre se vuelve al primer amor
La vieja calle donde el eco dijo
Tuya es tu vida, tuyo es tu querer

Bajo el burlón
Mirar de las estrellas
Que con indiferencia
Hoy me ven volver

Volver
Con la frente marchita
Las nieves del tiempo
Platearon mi sien

Sentir
Que es un soplo la vida
Que veinte años no es nada
Que febril la mirada
Errante en la sombra
Te busca y te nombra

Vivir
Con el alma aferrada
A un dulce recuerdo
Que lloro otra vez

Tengo miedo del encuentro
Con el pasado que vuelve
A enfrentarse con mi vida

Tengo miedo de las noches
Que pobladas de recuerdos
Encadenen mi soñar
Pero el viajero que huye
Tarde o temprano detiene su andar

Y aunque el olvido
Que todo destruye
Haya matado mi vieja ilusión

Guardo escondida
Una esperanza humilde
Que es toda la fortuna
De mi corazón

Volver
Con la frente marchita
Las nieves del tiempo
Platearon mi sien

Sentir
Que es un soplo la vida
Que veinte años no es nada
Que febril la mirada
Errante en la sombra
Te busca y te nombra

Vivir
Con el alma aferrada
A un dulce recuerdo
Que lloro otra vez...

terça-feira, 1 de julho de 2008

América, América - 5




Olá, amigos.

A série América, América apresenta mais uma canção em castelhano que está presente na discografia de Roberto Carlos lançada no Brasil. E a música mostrada hoje apareceu em dois contextos de seu repertório.

Um ano depois de incluir a gravação de Por fin mañana em seu disco lançado para o Brasil, RC novamente cedeu uma faixa de seu LP brasileiro a uma canção de Armando Manzanero. É dele a canção que ocupa a quarta faixa do lado A do LP de Roberto Carlos do ano de 1979.

Manzanero foi, até o momento, um dos poucos artistas latino-emericanos que Roberto convidou para seu Roberto Carlos Especial . No programa de 1977, RC cantou na companhia do piano de Armando Manzanero as músicas It's impossible, Propuesta (versão em espanhol para Proposta, de autoria de Roberto e Erasmo) e a mostrada hoje.

No ano de 1997, Roberto regravaria esta canção, para incluí-la num acervo muito especial de sua discografia. Ela é uma das faixas de seu disco Canciones que amo, no qual Roberto Carlos apresentou ao Brasil suas canções preferidas de safra castelhana (este momento será assunto de um dos próximos posts).

O repertório de Armando Manzanero receberia mais uma leitura de RC, em uma gravação que ficou exclusiva para os seus ouvintes da América Latina (e chegou ao Brasil somente no ano passado, em um dos 22 discos da coleção Pra sempre em espanhol). Em seu álbum lançado em meados de 1981, Roberto deu seu ponto de vista sobre a canção Me vuelves loco (que ficou mais conhecida no Brasil nos anos 70, com o nome de Me deixas louca, em letra versionada por Paulo Coelho e gravada pela primeira vez por Elis Regina).

As gravações de Roberto Carlos em momentos diferentes de sua carreira (1979 e 1997) mostram diferenças nos estilos de arranjos (da grandiosidade apresentada por Frank Owens até o arranjo mais enxuto de Bebu Silvetti) e como a voz de RC melhora década a década. Entretanto, o que não muda é a magia de letra e música de Armando Manzanero ao contar, através da voz de Roberto Carlos, alguns sentimentos que passaram por esta tarde de chuva.

Segue a letra! Na foto, o registro fotográfico presente na parte interna de seu LP de 1979.

Abraços a todos, Vinícius.

ESTA TARDE VI LLOVER - Armando Manzanero

Esta tarde vi llover
Vi gente correr y no estabas tú
La otra noche vi brillar
Un lucero azul y no estabas tú

La otra tarde
Vi que un ave enamorada
Dava besos a su amor ilusionada
Y no estabas

Esta tarde vi llover
Vi gente correr y no estabas tú
El otoño vi llegar
Al mar oi cantar y no estabas tú

Yo no sé quanto me quieres
Si me extrañas o me engañas
Sólo sé que vi llover
Vi gente correr y no estabas tú...