quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A aquarela de Roberto Carlos




Olá, amigos.

Hoje, este blogue apresenta a canção que motivou a série E Roberto Carlos cantou..., publicada originalmente no fotolog rei_rc e reapresentada aqui no blogue Emoções de Roberto Carlos. A idéia partiu de Everaldo Farias, que achou interessante apresentar alguns números musicais que RC apresentou somente nos palcos.

A música de hoje ainda é apresentada pelo Roberto, mas ele atualmente a canta quando está distante de terras brasileiras. Como todo brasileiro que está no exterior, recorre a uma canção muito conhecida no nosso cancioneiro popular para emocionar seu público de outras línguas. No Roberto Carlos Especial de 1992 (ano no qual realizou muitos shows no exterior), ele comentou sobre seu país de origem:

"Essa é a minha canção preferida lá fora. Eu fico muito tempo lá fora, e de repente começo a cantar trechos dessa canção, frases, em diferentes lugares. É... a saudade bate forte... E a grande conclusão que a gente chega sempre que a gente canta fora, principalmente depois de tanto tempo, é que nenhum lugar, apesar de tudo, apesar de todos os problemas, apesar de todas as coisas que a gente tem vivido, principalmente esse ano [NOTA: no qual as denúncias de corrupção culminaram no impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello], é que nenhum lugar é melhor pra um brasileiro viver... que o Brasil! Que o Brasil...".

Tanto que em seu show em maio para o público de Miami, ele novamente incluiu uma aquarela belíssima assinada por Ary Barroso. Uma canção que, infelizmente, há algum tempo ele não inclui em seu repertório cantado nos shows brasileiros. O espectador de seus especiais na TV Globo teve o privilégio de ouvi-lo cantando esta música em dois encontros musicais - em 1986, num dueto com Gal Costa, e em 1996, ano no qual ele e Martinho da Vila cantaram este "sambão". No show apresentado após o Globo Repórter feito em homenagem a RC no ano em que completou 50 anos, Roberto também a interpretou - lembrança do amigo deste blogue Everaldo Farias, responsável por outro grande blogue, o Música do Brasil, um dos favoritos da nossa página.

E depois de momentos internacionais, nada melhor do que novamente colocar Roberto Carlos cantando o Brasil. Cantando o verde e amarelo da camisa que ele sempre vestiu em sua carreira hoje universal.

Segue a letra! Na foto, RC no especial de 1992, ano em que cantou a aquarela de todos os brasileiros, o hino assinado por Ary Barroso em 1939.

Abraços a todos, Vinícius.

AQUARELA DO BRASIL - Ary Barroso

Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos

O Brasil
Samba que dá
Bamboleio
Que faz gingar

O Brasil
Do meu amor
Terra de
Nosso Senhor

Brasil, pra mim...
Brasil, pra mim...

Ô...
Abre a cortina do passado
Tira a Mãe Preta do cerrado
Bota Rei Congo no congado

Brasil, pra mim...
Pra mim, Brasil...

Ô..
Ô e essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar

Ô...
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro

Brasil, pra mim...
Pra mim, Brasil...

P.S.: quando interpreta a música, Roberto suprime duas estrofes da letra original:

Brasil...
Terra boa e gostosa
Da morena cestrosa
De olhar indiscreto

Ô...
Esse coqueiro que dá coco
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar

Talvez porque dentre as inúmeras gravações desta música, há uma variação na letra dela. Os versos acima são da interpretação de Gal Costa, mas Elis Regina gravou substituindo as palavras "cestrosa" e "indiscreto" por "senhora" e "indiferente". Coisas do Brasil brasileiro...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 12


Olá, amigos.

Com o post de hoje, este blogue encerra a série E Roberto Carlos cantou.... A série surgiu a partir de uma idéia do amigo Everaldo Farias, que disse ser interessante mostrar algumas canções que RC interpretou somente nos palcos (a série, publicada originalmente no fotolog /rei_rc, agora volta a ser publicada a partir da série O meu coração é como um palco, criada no Blog Roberto Carlos Braga, por James Lima). Para isto, foram pesquisadas listas de repertórios de seus shows a partir de 1970 (ano de A 200 km por hora, seu primeiro grande espetáculo na casa de shows Canecão) - bem, ao menos os inícios de temporadas de cada uma de suas empreitadas novas no palco.

A última música deste repertório mostra que já faz um tempo considerável que Roberto Carlos não inclui em seu cronograma musical canções que antes já não gravara anteriormente em estúdio - a exceção é restrita a apresentações realizadas no exterior, nas quais ele interpreta Aquarela do Brasil. Nos shows brasileiros, a última visita de RC a outros repertórios data do show Luz, de 1994.

Naquele início de ano (período no qual, inclusive, seus shows passaram a ser patrocinados pela cerveja Brahma - que se referia a Roberto como "Ele - o número 1"), RC decidiu cantar uma música que não era de seu repertório porque ela havia emocionado o público ao final do ano anterior. Em seu Roberto Carlos Especial de 1993, houve a luxuosíssima participação de Chico Buarque, e uma fantástica interpretação de uma das letras feitas para O que será? (o tema foi feito por Chico originalmente para o filme Dona Flor e seus dois maridos, dirigido por Bruno Barreto, e a partir da melodia, foram escritas três letras diferentes, com a intenção de pontuar a história baseada no livro de Jorge Amado).

Em homenagem ao artista que RC afirma ser "um dos maiores, senão o maior compositor de todos os tempos", a turnê Luz teve entre seus fachos o brilho de Francisco Buarque de Hollanda. No entanto, a música não durou muito tempo no repertório do show. Na época, Roberto disse que se perdia muito na letra, e que a solução foi sacrificá-la alguns shows depois da inclusão.

Uma pena, pois a magia da letra de Chico fica ainda mais extensa na voz de Roberto. E, nesta música, certamente, ocorre um magistral momento de encontro entre compositor e intérprete, mas que prossegue inédito em estúdio.

Segue a letra! Na foto, Roberto e Chico no Roberto Carlos Especial de 1993.

Abraços a todos, Vinícius.

O QUE SERÁ? (À FLOR DA PELE) - Chico Buarque

O que será que me dá?
Que me bole por dentro, será que me dá?
Que brota à flor da pele, será que me dá?
E que me sobe as faces e me faz corar...

E que me salta os olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar

O que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita...

O que será, que será
Que dá dentro da gente que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardante que não sacia

Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia

E nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite...

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar

Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar

E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo...

domingo, 26 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 11


Olá, amigos.

Nos últimos posts da série E Roberto Carlos cantou..., feita a partir da sugestão do amigo Everaldo Farias ainda na época do fotolog /rei_rc (e agora republicada neste blogue), chegamos à temporada intitulada Coração. Para saber outros detalhes deste e de outros shows, acesse o Blog Roberto Carlos Braga (criado por James Lima e que está dentre nossos links favoritos à direita) e veja a série O meu coração é como um palco.

Nesta série que resgata canções que Roberto interpretou apenas no palco, hoje este blogue novamente traz um pout-pourri criado com a ajuda da indefectível dupla Miéle & Bôscoli. E, como cantor de alma e coração na voz, RC ousou reconhecer em letra e música os corações de outros compositores que fazem a Música Popular Brasileira.

Em um momento de intérprete entremeado por textos que falavam alguns detalhes dos compositores ali homenageados em sua voz, Roberto abriu seu coração para escancarar outros corações que, sofrem (ou não) como ele - do mesmo "mal de amor". Das emoções de Pixinguinha e de João de Barro, do coração de criança de Caetano Veloso, da insensatez de Dorival Caymmi e da explosão de Gonzaguinha, RC mostrou que há muito tempo o coração faz parte do cancioneiro brasileiro.

Segue a letra destas releituras, ou melhor, destas análises do coração dos compositores feita por RC. Na foto, Roberto Carlos em Coração.

Abraços a todos, Vinícius.

O CORAÇÃO DOS COMPOSITORES

Canções interpretadas:

CARINHOSO - Pixinguinha e Braguinha
CORAÇÃO VAGABUNDO - Caetano Veloso
SÓ LOUCO - Dorival Caymmi
EXPLODE, CORAÇÃO - Gonzaguinha

Meu coração
Não sei por que
Bate feliz
Quando te vê

E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas, vão te seguindo
Mas mesmo assim
Foges de mim...

"Pixinguinha e Braguinha fizeram de "Carinhoso" o coração mais famoso do Brasil, sem dúvida alguma. Mas como será que pulsam os corações dos nossos outros amigos compositores? Como será, por exemplo, o coração de Caetano Veloso?".

Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia
Ser tudo que quer

Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto
Feliz de mulher

Que passou por meus sonhos
Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim

Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo em mim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo em mim...

"E o Caymmi... o grande Dorival Caymmi! De coração tão grande que acaba onde a vista não pode alcançar...".

Oh, insensato coração
Por que me fizeste sofrer?
Porque, de amor, para entender
É preciso amar
Porque... só louco

"Amigo é pra gente guardar do lado esquerdo do peito, como diz o Mílton, mas a canção do nosso querido e inesquecível Gonzaguinha diz também coisas incríveis...".

Feito louco, alucinado e criança
Sentir o meu amor se derramando
Não dá mais pra segurar
Explode, coração

Vem, vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus

Vem matar essa paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz

Meu coração...

P.S.: no decorrer da temporada de Coração, Roberto Carlos deu espaço também para cantar um coração de um modismo que apareceu com muita força na segunda metade de 1990. Trata-se da música Agüenta coração, assinada por Prêndice, Ed Wilson e Paulo Sérgio Valle. Ela ganhou as rádios na voz de José Augusto, depois que se tornou a música-tema da novela Barriga de aluguel, então exibida às 18h na TV Globo (no ano de sucesso da música, José Augusto foi ao Roberto Carlos Especial, e os dois cantaram juntos a canção Fera ferida).

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 10


Olá, amigos.

A série E Roberto Carlos cantou... mostra novamente um momento peculiar que RC brindou aos que acompanharam sua turnê Detalhes. Um show interessantíssimo produzido pela dupla Miéle & Bôscoli duas décadas atrás, e na qual, além de Frank Sinatra e John Lennon, RC abriu espaço para um pout-pourri em homenagem a um artista brasileiro até no nome e que foi capaz de universalizar e imortalizar a Música Popular Brasileira.

Num momento que foi possível resgatar não só graças a este DVD cedido pelo amigo Ramon Duccini, mas também por um áudio que foi disponibilizado na Internet, tivemos acesso não só à interpretação das canções como ao texto de introdução para a seqüência musical. Roberto apresentava o homenageado em questão da seguinte forma:

"Eu sempre admirei a obra desse cara. Além do mais, ele tem uma postura fantástica diante da vida, diante da natureza. Eu tô falando de Tom. Tom Brasileiro de Almeida Jobim, o grande Tom..."

Nisso, a orquestra começava a tocar incidentalmente a canção "Garota de Ipanema", como fundo musical da apresentação de RC, que prosseguia:

"O Tom é tudo que resta de verde em tudo o que resta do coração do Brasil. O Tom é de Ipanema, e eu sou de Cachoeiro, e isso naturalmente explica o nosso comportamento diante das mulheres que temos retratado. A minha fantasia cria mulheres que eu jamais ousei dizer os nomes. Bem, o Tom não, o Tom ousa mesmo, já vai dizendo tudo - nome, cor dos cabelos, altura, idade, essas coisas todas. Mas, com todo respeito, eu canto aqui algumas mulheres do Tom. Umas mais cantadas, outras menos, outras mais famosas, outras menos famosas. De repente as menos famosas por serem menos cantadas, quem sabe?".

E, neste registro de intérprete que ficou restrito à temporada intitulada Detalhes, Roberto cantou três mulheres que fazem parte do cancioneiro de Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. Por ordem de entrada em cena, Ana Luiza, Lígia e Ângela passearam pela voz de RC.

Segue a letra de mais um momento da série E Roberto Carlos cantou...! A foto, também da turnê "Detalhes", se tornou a capa interna do LP Roberto Carlos ao vivo (lamentavelmente, o número em homenagem a Tom não foi incluído no disco), lançado em junho de 1988.

Abraços a todos, Vinícius.

POUT-POURRI:

ANA LUIZA / LÍGIA / ÂNGELA - todas de Tom Jobim

Ana Luiza
Eu fiz essa canção só pra você
Que pergunta, precisa saber
Onde anda Luiza
Luiza, Luiza...

E quando eu lhe telefonei
Desliguei, foi engano
O seu nome não sei
E esqueci no piano as bobagens de amor
Que eu iria dizer
Lígia, Lígia...

Ângela
Por que tão triste assim agora
E tudo quanto existe chora
Teu rosto na janela daquele avião

Lá embaixo
A terra é um mapa
Que agora uma nuvem tapa
Não tentes evitar a dor

Misteriosamente
Está tão diferente, Ângela
A face singular de Ângela
Enquanto nos surpreende o amor

Oh, Ângela...

P.S.: o Blog Roberto Carlos Braga do meu amigo James Lima hoje conta um pouco da história da canção Lígia, tanto para homenagear a turnê Detalhes quanto para lembrar que o evento dos 50 anos de Bossa Nova - o show com Caetano Veloso - em breve estará nas lojas no formato de CD e de DVD.

P.S.2: em seu blogue Rey Roberto Carlos, o meu amigo Felipe Moura está fazendo uma brincadeira musical muito interessante. A de criar um repertório novo para o próximo show de Roberto Carlos. Recomendo a todos para colocarem lá suas listas musicais - o endereço está aí nos favoritos do blogue, basta clicar e ver o post.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 9




Olá, amigos.

Prosseguindo com a série E Roberto Carlos cantou..., que traz algumas das canções que RC interpretou apenas em seus espetáculos, hoje chegamos a um show que virou disco. Foi a temporada intitulada Detalhes, que teve início em 1987 e se tornou base de Roberto Carlos ao vivo, LP lançado em meados de 1988 - e em uma das faixas há uma leitura para Imagine, de autoria de John Lennon, na companhia da então cantora mirim Gabriella.

Num show em que letra, música e até mesmo o figurino trouxeram detalhes tão pequenos mas que são coisas muito grandes diante de sua carreira, Roberto relembrou um momento lindo de sua carreira no exterior. Naquela época, não havia estrutura para RC levar toda sua orquestra em apresentações no exterior, o maestro Eduardo Lages e ele ficavam encarregados de contratar músicos das localidades nas quais iam tocar. E, justamente para uma apresentação no Madison Square Garden, coincidiu de os músicos que foram contratados serem os mesmos que tinham se apresentado com ninguém menos que Frank Sinatra em um show no Brasil. Uma emoção para o cantor e para o arranjador, que, anos depois, ao contar a história disse que, ao vê-los acompanhando Sinatra, sonhava um dia poder regê-los.

Aliás, nesta temporada de Detalhes, Roberto contou ao público uma história muito interessante. Pode-se até parodiar a fala de RC em O calhambeque e dizer que é uma história que só acontece ao Sinatra (no show, ele fez questão de ressaltar que o episódio foi contado a ele pelo Eduardo Lages).

"Ele viu o Frank Sinatra saindo do toalete todo molhado. É, molhado do que vocês estão pensando, mas não exatamente onde estão pensando, né? O Sinatra estava molhado aqui [e RC apontou para a coxa esquerda]. E a gente fica se perguntando: não, como é que pode? Tem alguma coisa errada, né, porque geralmente é aqui, né? [e apontou para a altura da cintura]. Mas aí ele me explicou "não, não tem nada de mais". É que, logicamente, todo mundo sabe que todo mundo é fã do Sinatra e em todo lugar que o Sinatra entra, tem sempre um fã. E, logicamente, quando ele entra num toalete, tem um cara aqui, com a mão tradicional aqui [na parede], e quando pressente que o Sinatra tá aqui do lado dele, ah, não tem jeito: FRANK SINATRA! [e faz o movimento de quem vira-se de lado e, sem querer, molha a calça do cantor] É... aí, molha...".

Ainda brincando com esse tipo de situação, Roberto disse a resposta que deu a um amigo que havia perguntado se nunca aconteceu de um fã dar uma... molhadinha. Ele disse: "não, bicho, nunca, porque quando eu entro num toalete já abro a porta cantando "quando eu estou aqui, eu vivo esse momento lindo", pois já sabe o alcance dessas coisas e já faz isso pra se defender".

Esta piada, que antecedia a apresentação dos músicos, encerrava com um momento surpreendente para os espectadores. "E quando a gente tem uma banda como essa, a gente tem sempre vontade de dar uma canja, e tem sempre vontade de dar uma canja noutra praia. Na praia de um Sinatra, por exemplo...".

E quem assistiu ao show Detalhes teve o privilégio de ver Roberto cantando um pouquinho de uma canção da "praia" de Frank Sinatra. Uma canção que foi escrita há mais de 70 anos, originalmente, para o musical Babes in arms, e, mais tarde, recebeu leituras também de Ella Fitzgerald e Shirley Bassey.

Segue a letra (do trecho cantado por RC no espetáculo)! Na foto, a capa do programa do show Detalhes (na época em que os espetáculos de RC traziam programas, com fotos e letras das músicas).

Abraços a todos, Vinícius.

THE LADY IS A TRAMP - Richard Rogers e Lorenz Hart

Hates California
It's so cold and so damp
That's why the lady
That's why the lady
That's why the lady is a tramp

P.S.: obrigado ao amigo Ramon Duccini por achar um registro em DVD de um show da turnê "Detalhes" na íntegra. Se não fosse por ele, não teríamos mais um detalhe pra contar nesta série.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 8


Olá, amigos.

Continuando a série E Roberto Carlos cantou..., que, a partir dos roteiros dos espetáculos que RC realizou desde seu primeiro show produzido por Miéle & Bôscoli na casa de shows Canecão (A 200 km por hora, de 1970), hoje este fotolog chega a um dos mais cultuados shows que Roberto Carlos protagonizou. Momentos que, com a ajuda de uma idéia do amigo Everaldo Farias, vieram para o espaço aqui dedicado a RC - e agora são republicados inspirados na série O meu coração é como um palco, do Blog Roberto Carlos Braga, criado por James Lima.

Em dezembro de 1978, estreou o show conhecido como Palhaço - no qual o artista da música mais popular do "circo chamado Brasil" se vestiu como os artistas do picadeiro. Este espetáculo já foi mostrado em dois posts do fotolog /rei_rc, que estão nos links abaixo. O primeiro, da série Roberto Carlos - o show nunca termina, que traz o repertório e alguns detalhes de como foi a turnê de RC. O segundo, em homenagem ao falecimento do palhaço Carequinha, mostra o texto de Ronaldo Bôscoli que Roberto falava enquanto tirava sua maquiagem de palhaço para, em seguida, interpretar um trecho da música (dele e de Erasmo) O show já terminou:

http://www1.fotolog.com/rei_rc/13243240

http://www1.fotolog.com/rei_rc/10647766

E num show que, dentre seu repertório de sucessos da década de 1970, que já vinha chegando ao seu fim, trouxe espaço para duas poesias de Fernando Pessoa (O guardador de rebanhos e Todas as cartas de amor são ridículas), foi incluída também uma canção que, ao menos até o momento, ainda não tivemos o privilégio de não ouvi-la em uma gravação de Roberto Carlos. Novamente, uma música de safra internacional, que só foi abrilhantada na voz do cantor e no arranjo do maestro Eduardo Lages - em seu primeiro show como arranjador e regente dos espetáculos de RC (e, por sinal, Lages contou que, ao lado de Os seus botões, a música de hoje fez parte de seu "teste" para ser o novo maestro da banda de RC, logo depois da saída em definitivo do arranjador Chiquinho de Moraes deste posto).

Esta canção, lançada originalmente em 1967, tem dentre seus intérpretes nomes consideráveis da música internacional, como Frank Sinatra, Tony Benett, Ella Fitzgerald e Stevie Wonder. Roberto a cantou em dois especiais consecutivos - nos anos de 1978 (com a participação, ao piano, de Freddy Cole) e de 1979. No cruzeiro de 2007 do Projeto Emoções em alto mar, RC, em um momento de descontração, cantou a música acompanhado do Sexteto de Jô Soares.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos caracterizado como palhaço, no show em que interpretou mais uma das canções desta série na qual enumeramos seu repertório que ficou exclusivo ao palco de suas apresentações.

Abraços a todos, Vinícius.

FOR ONCE IN MY LIFE - Ron Miller e Orlando Murden

For once in my life
I have someone who needs me
Someone I've needed so long

For once unafraid
I can go where life leads me
And somehow I know I'll be strong

For once I can touch
What my heart used to dream of
Long before I knew
Someone warm like you
Could make my dreams come true

For once in my life
I won't let sorrow hurt me
Not like it's hurt me before, oh
For once I've got someone
I know won't desert me
'Cause I'm not alone anymore

For once I can say
This is mine, you can't take it
As long as I've got love I know I can make it
For once in my life
I've got someone who needs me

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 7


Olá, amigos.

No sétimo post da série E Roberto Carlos cantou... (criada para o fotolog /rei_rc por sugestão do amigo Everaldo Farias, que disse que seria interessante mostrar canções que RC interpretou apenas em seus shows, e agora republicada aqui no blogue em homenagem à série O meu coração é como um palco, criada no Blog Roberto Carlos Braga por James Lima), mostramos a última canção do repertório de Concerto que ainda permanece inédita na voz do Roberto em estúdio. Quer dizer, inédita em termos.

Trata-se de uma das mais belas músicas que Tom Jobim contribuiu para o cancioneiro popular brasileiro, e, por um desses caprichos dos destinos de sua carreira, ainda não esteve presente em um disco do Roberto. "Tentei te apresentar a Lígia quando estive nos Estados Unidos e ela soube que você estava lá. Mas você fugiu...", brincou Tom Jobim quando, num número do Roberto Carlos Especial de 1976, RC a interpretou.

Roberto e Tom ainda interpretariam a canção juntos no especial que foi ao ar em 1978 (com direito a Jobim acompanhá-lo não só em voz como também em piano). Para se fazer jus ao encontro de RC com esta bela mulher dedilhada em letra e música por Antônio Carlos Jobim, este momento foi incluído no disco e no DVD Duetos, lançado no final do ano de 2006, que enumerou alguns encontros musicais de Roberto Carlos em seu especial.

Mas, como no ano de 1975, Roberto decidiu fazer de seu espetáculo um Concerto, nada melhor do que incluir a música de um dos maiores, senão o maior maestro que a música conheceu. E é de Tom Jobim a canção de hoje mostrada na série E Roberto Carlos cantou....

Segue a letra! Na foto, a contracapa do LP de 1975.

Abraços a todos, Vinícius.

LÍGIA - Tom Jobim

Eu nunca sonhei com você
Nunca fui ao cinema
Não gosto de samba
Não vou a Ipanema
Não gosto de chuva
Nem gosto de sol...

E quando eu lhe telefonei
Desliguei, foi engano
O seu nome eu não sei
Esquecí no piano
As bobagens de amor
Que eu iria dizer

Lígia, Lígia...

Eu nunca quis tê-la ao meu lado
Num fim de semana
Um choop gelado em Copacabana
Andar pela praia até o Leblon

E quando eu me apaixonei
Não passou de ilusão
O seu nome eu rasguei

Fiz um samba-canção
Das mentiras de amor
Que aprendí com você

Lígia, Lígia...

E quando você me envolver
Em teus braços serenos
Eu vou me render

Mas seus olhos morenos
Me metem mais medo
Que um raio de sol

Lígia, Lígia...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 6


Olá, amigos.

Na série E Roberto Carlos cantou..., este fotolog continua enumerando canções que Roberto Carlos interpretou apenas em seus shows. A série foi sugerida por Everaldo Farias no fotolog /rei_rc, e agora é republicada em homenagem aos posts do parceiro Blog Roberto Carlos Braga, idealizado por James Lima, na série O meu coração é como um palco.

A música de hoje, presente também no espetáculo Concerto, contribuiu, décadas depois, para um número primoroso em shows de Roberto Carlos. A maneira como foi "pensada" esta canção em sua gravação original (feita por Richard Harris) inspirou o maestro Eduardo Lages a fazer o memorável arranjo da música Cavalgada, que desde o show Detalhes (de 1987) aparece em shows do Roberto.

Eduardo conta que esta música (que dura pouco mais de sete minutos e tem solo de cerca de um minuto e meio) tocava em rádio na época de seu lançamento. O maestro de RC nessas últimas três décadas já afirmou também que sente pena por não ter visto Roberto cantar esta música - em Concerto, RC tinha como arranjador de seus espetáculos o maestro Chiquinho de Moraes. A música está presente no DVD Com amor, lançado por Eduardo Lages no ano de 2007.

Em relação a esta música, Luiz Carlos Miéle (então produtor de shows de Roberto Carlos ao lado de Ronaldo Bôscoli) contou uma curiosidade. Fascinado com a letra e a imponência da canção, Roberto quis conhecer o local que dá título à música de Jimmy Webb. Mas, quando chegaram lá, viram um parque abandonado, entregue às moscas. Provavelmente, fosse melhor continuar com a magia que a letra proporciona.

Segue a letra! Na foto, RC agradecendo as palmas em Concerto.

Abraços a todos, Vinícius.

MAC ARTHUR'S PARK - Jimmy Webb

Spring was never waiting
For us till
It ran one step ahead
As we followed in the dance

Between the parted pages
We vere pressed
In love's hot, fevered iron
Like a striped pair of pants

Mac Arthur's Park is melting in the dark
All the sweet green icing
Flowing down
Someone left the cake out in the rain

I don't think thai I can take it
'cause it took so long to bake it
And I'll never have the recipe again
Oh, no!

I recall the yellow cotton dress
Foamig like a wave
On the ground beneath your kness
Birds like tender babes in your hands
And the old men playing
Chinese checkers
By the trees

Mac Arthur's Park is melting in the dark
All the sweet green icing
Flowing down
Someone left the cake out in the rain

I don't think thai I can take it
'cause it took so long to bake it
And I'll never have the recipe again
Oh, no!

There'll be another song for me
And I will sign it
There'll be another dream for me
Someone will bring it

I will drink the wine while it is warn
And never let you catch me
Looking at the sun, oh, yeah
And after all the loves of my life
After all loves in my life
You'll be the one

I will take my lifes into my hands
And I will use it
I will win the worship in their eyes
And I will lose it

I will have the things that I desire
And my passion flow
Like rivers through the sky
Oh, and after all the loves in my life

After all the loves in my life
You'll still be the one
And I'll ask myself why

Mac Arthur's Park is melting in the dark
All the sweet green icing
Flowing down
Someone left the cake out in the rain

I don't think thai I can take it
'cause it took so long to bake it
And I'll never have the recipe again
Oh, no!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 5




Olá, amigos.

A série E Roberto Carlos cantou... hoje mostra mais uma canção que RC interpretou apenas em seus palcos. A idéia surgiu através da contribuição do amigo Everaldo Farias no fotolog rei_rc. e agora é republicada em virtude da série O meu coração é como um palco, feita pelo Blog Roberto Carlos Braga.

Para enumerar as músicas, estamos pesquisando o repertório a partir de A 200 km por hora, seu primeiro show no Canecão. E, hoje, continuamos falando do show Concerto, que também teve espaço para números internacionais.

Anos depois de ter versionado Unchain' my heart (que, no LP É proibido fumar se tornou "Desamarre meu coração"), Roberto novamente buscou a fonte de Ray Charles, desta vez para incluir no repertório de seu Concerto. E dentre as várias jóias que Ray deixou em seus 74 anos de vida, Roberto" escolheu justamente um rubi para valorizar ainda mais o repertório de seu show.

Segue a letra! Com uma nota: em todos os lugares pesquisados, a música é creditada como escrita pelo próprio Ray (a gravação de Ray Charles para ela fez parte da trilha musical da novela Celebridade, exibida às 21h na TV Globo entre 2003 e 2004). Caso alguém possa confirmar esta informação, desde já agradeço. Na foto, RC na década de Concerto.

Abraços a todos, Vinícius.

RUBY - Ray Charles

They say, Ruby, you're like a dream
Not always what you seem
And though my heart may break
When I awake

Let it be so
I only know
Ruby, it's you

They say, Ruby you're like a song
You just don't know right from wrong
And in your eyes I see
Heartaches for me

Right from the start
Who stole my heart?
Ruby, it's you

I hear your voice
And I must come to you
I have no choice
So what else can I do?

They say, Ruby you're like a flame
Into my life you came
And though I should beware
Still I just don't care

You thrill me so
I only know
Ruby, it's you

I hear your voice
And I must come to you
I have no choice
What else can I do?

Ruby, it's you...

domingo, 12 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 4


Olá, amigos.

Seguindo a série sugerida pelo amigo Everaldo Farias e publicada originalmente no fotolog rei/rc, este blogue mostra mais uma canção que Roberto Carlos cantou exclusivamente em seus shows. E a música de hoje vem em um contexto interessante de um espetáculo de RC na década de 1970.

No espetáculo Concerto, RC dedicou um momento para dissertar sobre os problemas da América Latina. Alguns anos antes desta temporada (ela começou em 1975), ele já estava começando a estreitar o caminho de sua música no cancioneiro latino-americano - com o "ritual" de lançar no início de ano um disco trazendo versões em castelhano de suas músicas lançadas no mercado brasileiro.

No espetáculo produzido por Miéle & Bôscoli, RC não só falou sobre a América Latina como decidiu incluir um "grito de revolta" feito em bom português para falar sobre os latino-americanos. De uma das eliminatórias de um festival de Música Popular Brasileira, os versos assinados por um então quase desconhecido com o "pomposo" nome de César Roldão Vieira, ganharam a voz do Roberto em uma interpretação que só foi vista nos palcos (e também no Roberto Carlos Especial de 1977, num pout-pourri com a música El humauaqueño).

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em "Concerto".

Abraços a todos, Vinícius.

AMÉRICA, AMÉRICA - César Roldão Vieira

Descendo a montanha um rio
Corta a terra estranha e rompe
América, América
América, América, América...

Um grito de revolta
Para o céu
A selva solta em
América, América...

O canto da arara
Cobre a tristeza derradeira
De quem só a última lua viu
E se sumindo pela cordilheira

Ou talvez
No colo de América
Esteja a dormir

As flores do meu vale
Vão se abrir
Cheirando sangue vivo
América, América
América, América...

O pássaro ferido
Que não pode abrir as asas
Sei que vai voar
(América...)
Porque não morreu
(América...)

E quando essa noite
Se transformar em madrugada
Do leito de cinzas
Vai retornar pra sua amada

América, América...
América, América...

América, América
América, América...

América!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 3


Olá, amigos.

Prosseguindo a série que enumera canções que Roberto Carlos interpretou apenas nos palcos, hoje este blogue destaca um encontro de RC com um movimento que surgiu na mesma época da Jovem Guarda. Uma forma de mostrar que Roberto nunca eliminou nenhum estilo musical em seu próprio estilo de música.

A série E Roberto Carlos cantou... traz uma música da Bossa Nova, homenagem ao movimento musical que redesenhou muita coisa da Música Popular Brasileira e que atingiu também o artista Roberto Carlos. O primeiro compacto do cantor (com as canções João e Maria e Fora do tom) revelou em sua voz uma tentativa explícita de seguir os passos de João Gilberto.

Cerca de uma década depois deste início artístico, o já consagrado por crítica e público Roberto Carlos dedicou na temporada de Além da velocidade um espaço para a fotografia que a Bossa Nova cravou na retina do cancioneiro brasileiro. Lado a lado com a recordação do repertório de Elvis Presley (o "rei do rock", que, no roteiro do show era lembrado em seguida ao simbólico tributo bossa-novista), RC recriou no palco do Canecão o momento em que, através das palavras de Tom Jobim e Newton Mendonça, João Gilberto nos "ensinou a ser desafinados", como disse Caetano Veloso na letra de sua música Saudosismo.

Segue a letra! Na foto, Roberto num momento de descontração da década de 1970.

Abraços a todos, Vinícius.

DESAFINADO - Tom Jobim e Newton Mendonça

Se você disser que eu desafino, amor
Saiba que isso em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu

Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Mesmo admitindo, eu devo argumentar
Que isso é Bossa Nova, que isso é muito natural

O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
Fotografei você na minha Rolley-Flex
Revelou-se a sua enorme ingratidão

Só não poderá falar assim do meu amor
Ele é o maior que você pode encontrar
Você, com a sua música, esqueceu o principal

Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados
Também bate um coração...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 2


Olá, amigos.

Dando prosseguimento à série E Roberto Carlos cantou... (criada no fotolog /rei_rc no ano passado, a partir de sugestão do amigo Everaldo Farias e agora republicada graças ao apoio de James Lima, do Blog Roberto Carlos Braga), hoje mostramos mais uma canção internacional que Roberto interpretou apenas em seus shows. E, como se vê na foto, ela também faz parte do repertório da década de 1970.

Ainda no show A 200 km por hora, sua estréia na casa de espetáculos Canecão ("onde comecei a pilotar meus sonhos, minhas fantasias numa velocidade quentíssima", segundo palavras do próprio Roberto Carlos), RC ousou dar retoques de sua influência da soul music a um fox que recebera magistral interpretação na voz de Frank Sinatra. Era Roberto Carlos já começando a mostrar no palco que gosta de interpretar as canções à sua maneira - e não ser meramente um cover.

Segue a letra! E, na foto, Roberto Carlos "a 200 km por hora". Afinal, nas curvas das estradas de seu repertório, o show nunca termina.

Abraços a todos, Vinícius.

LAURA - Johnny Mercer e David Raskin

Laura is the face in the misty lights
Footsteps that you hear down the hall
The love that flots on a summer night
That you can never quite recall

And you see Laura on a train
That is passing through
Those eyes how familiar they seem
She gave your very first kiss of you
That was Laura, but she's only a dream

She gave your very first kiss of you
That was Laura
But she's only a dream...

P.S.: ao procurar detalhes sobre a música cantada neste show, a única coisa que tive informação era de que a "Laura" cantada por RC havia sido interpretada por Frank Sinatra. Esta foi a letra achada no repertório do cantor, mas não sei ao certo se foi realmente ela a canção interpretada por Roberto em seu show. Caso alguém saiba, por favor, não tenha dúvidas em corrigir o que divulguei acima.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

E Roberto Carlos cantou... - 1


Olá, amigos.

Retornando do recesso de uma semana, este blogue a partir de hoje apresenta uma série bem sucedida no antigo fotolog /rei_rc. Aproveitando a série O meu coração é como um palco, feita pelo amigo James Lima no Blog Roberto Carlos Braga (o link está em nossos favoritos), a partir de hoje apresentamos aqui a série E Roberto Carlos cantou..., na qual mostramos canções que RC interpretou apenas nos palcos brasileiros - músicas nacionais ou internacionais que, por algum motivo especial, foram incluídas em seus roteiros de shows.

Naturalmente, fazemos a série a partir do roteiro do primeiro show "produzido" que Roberto fez no Canecão. Mas para começar as recordações, nada melhor do que juntar as várias homenagens que RC fez a outro artista que também é considerado "rei".

Trata-se de ELVIS PRESLEY. Em seu show A 200 km por hora, Roberto fez sua primeira homenagem a ele ao incluir Tutti Frutti (que, em uma das apresentações, teve a "canja" luxuosíssima de Elis Regina, num encontro memorável, que algum privilegiado que esteve lá gravou e disponibilizou em MP3 - apesar da gravação ter baixa qualidade).

A reverência a Elvis é tanta que se seguiu no segundo show assessorado pela incansável dupla Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli. No ano de 1972, o espetáculo Além da velocidade dedicou um pout-pourri a ele, com Roberto cantando Blue suede shows, You can't back, Hound dog e a própria Tutti Frutti.

Em homenagem a estes encontros musicais de Roberto e Elvis, este primeiro post de E Roberto Carlos cantou... encerra com a transcrição da letra de um pout-pourri que RC cantou com o parceiro Erasmo Carlos no Roberto Carlos Especial de 1977. Afinal, esta admiração por Elvis Presley fez com que a dupla se reunisse - e está presente tanto no disco quanto no DVD Duetos, que traz momentos de RC em seus especiais da TV Globo.

No ano em que, aos 42 anos, Elvis nos deixou, os dois relembraram trechos de sucessos daquele que influenciou o rock do mundo. E daquele que Roberto Carlos cantou nos palcos brasileiros durante a década de 1970.

Segue a letra! Na foto, RC no show Além da velocidade, de 1972.

Abraços a todos, Vinícius.

CANÇÕES DO POUT-POURRI:

TUTTI FRUTTI - Dorothy Labostrie, Richard Penniman e Lubin
LONG TALL SALLY - Johnson,Penniman e Blackwell
HOUND DOG - Jerry Leiber e Mike Stoller
BLUE SUEDE SHOWS - Carl Perkins
LOVE ME TENDER - Vera Matson e Elvis Presley

Wop-bop-a-loom-a-boom-bam-boom tutti frutti
Au rutti tutti frutti au rutti tutti frutti
Au rutti tutti frutti au rutti tutti frutti
Au rutti wop-bop-a-loom-bop-a-boom-bam-boom

Got a gal named Sue
She knows just what to do
Got a gal named Sue
She knows just what to do
She knows how to love me
Yes indeed, boy you don't know
What she does to me

Tutti frutti
au rutti tutti frutti au rutti tutti frutti
au rutti tutti frutti au rutti tutti frutti
au rutti wop-bop-a-loom-bop-a-boom-bam-boom

Gonna tell Aunt Mary 'bout Uncle John
He says he has the blues but
He has a lotta fun
Oh baby, yes baby, whoo-oo-oo-oo baby
Havin' some fun tonight yeah well!

You ain't nothin' but a hound dog
Cryin' all the time.
You ain't nothin' but a hound dog
Cryin' all the time.
Well, you ain't never caught a rabbit
And you ain't no friend of mine

Well, it's one for the money
Two for the show
Three to get ready
Now go, cat, go
But don't you step on my blue suede shoes

You can do anything but lay off of my Blue suede shoes
Blue, blue, blue suede shoes

Blue, blue, blue suede shoes
Blue, blue, blue suede shoes
You can do anything but lay off of my Blue suede shoes

Love me tender
Love me sweet
Never let me go
You have made my life complete
And I love you so

Love me tender
Love me true
All my dreams fulfilled
For my darlin' I love you
And I always will

Love me tender
Love me true
All my dreams fulfilled
For my darlin' I love you
And I always will

Tutti frutti
Au rutti tutti frutti au rutti tutti frutti
Au rutti tutti frutti au rutti tutti frutti
Au rutti...

Wop-bop-a-loom-bop-a-boom-bam-boom
Tutti frutti au rutti

Tutti frutti au rutti
Tutti frutti au rutti
Tutti frutti au rutti
Tutti frutti au rutti

Wop-bop-a-loom-bop-a-boom-bam-boom
Wop-bop-a-loom-bop-a-boom-bam-boom
Wop-bop-a-loom-bop-a-boom-bam-boom...