sábado, 5 de abril de 2008

A Bossa Nova de Roberto Carlos - 9


Olá, amigos.


Com o post de hoje, a série "A Bossa Nova de Roberto Carlos" chega ao final. No decorrer dos dias, mostramos aqui os momentos da discografia de RC em que ele dedicou espaço a interpretar músicas nos moldes da Bossa Nova, estilo de música que há exatos 50 anos começou a fazer parte da boa Música Popular Brasileira.


Após iniciar sua carreira dedicando sua voz a canções "bossa-novistas", chegando até a deixar sua interpretação com forte influência de João Gilberto, Roberto voltou a colocar a Bossa Nova cerca de 45 anos depois de seu primeiro registro fonográfico. No entanto, agora tendo todos os seus rumos devidamente consolidados, inclusive sua maneira de levar a música ao coração das pessoas.


Em 2003, no disco "Pra sempre", RC honrou seu "olho clínico" para descobrir canções de autores menos conhecidos do grande público e torná-las momentos mágicos para seus ouvintes. E, graças à amiga da Jovem Guarda Martinha, teve acesso a uma Bossa Nova condizente com o amor bem sucedido que ele buscava para o seu disco de 2003.


Um de seus autores, LULA BARBOSA, tem seu nome muito associado aos festivais que a TV Globo organizou na década de 1980 (os "MPB Shell" e o "Festival dos festivais"). Mas foi no ano de 2000 que ele conseguiu relativo sucesso. A emissora do Jardim Botânico tentou reeditar o clima dos festivais de música que lançaram talentos como Caetano Veloso, Chico Buarque e o próprio Roberto Carlos, realizando o "Festival da Música Popular Brasileira".


No entanto, não houve uma boa audiência e a qualidade das canções escolhidas para as quatro semanas de eliminatórias foi um tanto quanto duvidosa - e isto se estendeu também ao critério para as 12 selecionadas. O júri popular é que salvou o festival de ser uma injustiça completa, premiando uma bela canção de Amauri Falabella, intitulada "Brincos", e apresentada com emoção pelo cantor Lula Barbosa.


Três anos depois, Lula veria sua faceta de compositor ser acolhida por Roberto Carlos, que, num disco dedicado "com todo amor" à Maria Rita, encontrou nas palavras dele e de Pedro Barezzi uma nova forma para, em letra e música, cantar um amor bem sucedido. Afinal, as histórias de amor ficam muito bonitas quando bem contadas e bem cantadas, e na Bossa Nova apresentada hoje ambos momentos aparecem claramente.


Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em uma das fotos tiradas para o disco "Pra sempre" (mas esta não entrou no livreto do disco, eu a consegui graças ao amigo Everaldo Farias, idealizador do excelente blogue "Música do Brasil", que está em um dos links à direita, como favorito deste fotolog).


Abraços a todos, Vinícius.


HISTÓRIA DE AMOR - Lula Barbosa e Pedro Barezzi


As histórias de amor
São às vezes parecidas
Mas história de amor igual à nossa
Não são muitas nessa vida


Quase sempre eu me vejo
Contemplando nosso amor
De sorrisos, de alegrias
Iluminado, encantador


Você sempre planejando
Nossa casa, nosso canto
A doçura dos seus beijos
Pra brindar o nosso encontro


E vivemos tudo isso
Na temperatura certa
O calor dos nossos braços
Nosso coração aperta


Nosso amor é tão bonito
Sentimento tão profundo
Temos todas as estrelas
Iluminando nosso mundo


É assim
Meu amor por você
Meu bem querer
Como eu amo você


É assim
Meu amor por você
Meu bem querer
Como eu amo você...

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