Olá, amigos.
A série As cidades de Roberto Carlos chega a seu segundo post, recordando as cidades mais importantes da vida e da obra de RC. A atualização de hoje fala sobre uma cidade considerada maravilhosa, e que é o local para onde Roberto se mudou de Cachoeiro para voltar, e não voltou: o RIO DE JANEIRO.
Fundada em primeiro de março de 1565 por Estácio de Sá (que, séculos mais tarde, receberia homenagem de um conglomerado de universidades espalhados por todo o país), a cidade recebeu o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro - graças ao padroeiro que faz parte de seu nome de "batismo", é considerado feriado municipal o dia 20 de janeiro, no qual os católicos celebram o dia de São Sebastião. Antes de sua fundação, o local somente fazia parte da Baía de Guanabara, e dez anos antes havia sido tomada por franceses, que colonizaram a região. Estácio e outros comandantes portugueses foram responsáveis pela expulsão dos franceses, ocorrida definitivamente no início de 1567.
A cidade, aos poucos, passou por um crescimento populacional, e no ano de 1763, através de decreto do ministro Marquês de Pombal, a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro. O Rio se tornaria, então, o centro dos vários períodos políticos do Brasil: o período colonial (quando chegou a ser capital do Reino de Brasil, Portugal e Algarves), os impérios de Dom Pedro I e Dom Pedro II, e a República.
No ano de 1960, o então presidente Juscelino Kubistcheck tranferiu a capital brasileira para o Centro-Oeste, em uma cidade planejada chamada Brasília. 15 anos depois, o governo militar decretou a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro (entre 1960 e 1975, a hoje capital carioca era a cidade do Rio de Janeiro, capital da Guanabara, e havia o estado do Rio de Janeiro, que tinha como capital Niterói), fato que acabaria enfraquecendo a política do "novo" estado, hoje vítima de constantes gestões mal realizadas, que culminaram na ascensão do "poder paralelo" do tráfico de drogas e na falta de cuidado pela qual passa a capital do estado do Rio de Janeiro.
Um local privilegiado, por ter belas praias (dentre elas, Copacabana, que hoje abriga a festa de Reveillon mais cultuada no Brasil) e cartões-postais como o Jardim Botânico (fundado por Dom João VI), o morro do Pão de Açúcar (que tem um bondinho) e o Cristo Redentor (eleito uma das sete maravilhas do mundo), o Rio de Janeiro recebeu inúmeras homenagens da Música Popular Brasileira - destaque para Samba do avião, de Tom Jobim e Cidade maravilhosa, marchinha de André Filho. Mas também seria a cidade que abrigaria o artista que é considerado por muitos o Rei da música brasileira, Roberto Carlos.
A partir de 1956, o Rio de Janeiro passaria a ser uma das cidades mais importantes da vida de Roberto Carlos. Afinal, ele havia saído de sua terra, a pacata Cachoeiro de Itapemirim, para tentar a vida de artista na cidade grande - com suas tristezas e alegrias.
No Rio, ele tentaria a sorte inicialmente em programas de calouros como o Programa Paulo Gracindo (o ator, anos depois, seria convidado do primeiro Roberto Carlos Especial, em 1974). Mais tarde, seria levado pelo amigo Arlênio à Rua do Matoso, no bairro da Tijuca, onde conheceria futuros cantores de destaque, como Tim Maia, Jorge Ben e, em 1959, o seu amigo Erasmo Carlos.
A Cidade Maravilhosa foi o cenário de muitas emoções da vida musical de Roberto Carlos. Neste pano de fundo, ele saiu da carreira com o grupo vocal The Sputincks (que teve como integrantes Tim, Arlênio Lívio e Édson Trindade) para entrar em órbita como o solitário com um milhão de amigos Roberto Carlos. Também foi no Rio de Janeiro que RC apresentou shows inesquecíveis de sua trajetória no palco - A 200 km por hora, Além da velocidade, Palhaço, Emoções, Detalhes e Coração - todos na casa de espetáculos Canecão. É aonde fica a sede da Rede Globo, emissora para a qual grava anualmente seu especial de fim de ano (de acordo com o Painel Nacional de Televisão, o programa exibido ao final do ano passado foi o oitavo lugar entre os mais vistos no mês de dezembro). E é a cidade que hoje é o endereço fixo de Roberto Carlos - morador do bairro da Urca, onde também está localizado seu estúdio particular, o Estúdio Amigo.
Roberto Carlos homenageou indiretamente o Rio de Janeiro no ano de 1967. Seu primeiro filme, Roberto Carlos em ritmo de aventura, é ambientado na cidade, e traz muitas imagens dela - em especial na cena em que está dentro de um helicóptero e passa por lugares como o Centro e a praia de Copacabana (com direito a seu helicóptero adentrar em um dos túneis da cidade).
Ações que valem mais que palavras para dizer como é grande seu amor pelo Rio de Janeiro. E, assim como os cariocas, aqueles que moram no Rio por opção (incluindo este que vos escreve) também usam a segunda faixa do lado A do LP que tem o mesmo nome do filme de 1967 - Roberto Carlos em ritmo de aventura - dizem sempre como é grande o amor por você, Rio de Janeiro. Apesar de tudo...
Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos no Corcovado, durante as filmagens de seu primeiro filme.
Abraços a todos, Vinícius.
COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ - Roberto Carlos
Eu tenho tanto pra lhe falar
Mas com palavras não sei dizer
Como é grande o meu amor por você
E não ha nada pra comparar
Para poder lhe explicar
Como é grande o meu amor por você
Nem mesmo o céu, nem as estrelas
Nem mesmo o mar e o infinito
Nada é maior que o meu amor, nem mais bonito
Me desespero a procurar
Alguma forma de lhe falar
Como é grande o meu amor por você
Nunca se esqueça nem um segundo
Que eu tenho o amor maior do mundo
Como é grande o meu amor por você
Mas como é grande o meu amor por você...
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