sábado, 5 de abril de 2008

Carros, caminhões, poeira, estrada, tudo, tudo - 14


Olá, amigos.

A série Carros, caminhões, poeira, estrada, tudo, tudo chega a seu antepenúltimo post dedicado a enumerar as canções do repertório de Roberto Carlos que têm como tema o carro e a velocidade. Hoje, este fotolog recorda mais um momento no qual RC prestou homenagem a um grupo de pessoas que tem a velocidade como companheira em sua carga horária e possui o carro como instrumento de trabalho.

Depois dos caminhoneiros, homenageados duas vezes na safra de canções assinadas por Roberto e Erasmo, o LP de 1994 (sim, ainda eram fabricados disco de vinil nesta época, o último trabalho de RC a ser lançado também no formato de LP foi o disco de 1996) dedicou uma música aos TAXISTAS. Transporte público caracterizado por dar liberdade aos passageiros de escolherem o trajeto a ser seguido pelo motorista, o táxi é mais um meio de transporte comum nas cidades brasileiras.

Suas peculiaridades com relação aos transportes de massa (como ônibus e vans) também é a diferença de preço. Em vez de ter um preço pré-determinado, o táxi tem sua cobrança definida por um aparelho que vai estipulando o preço a cada quilômetro rodado. Embora geralmente tenha uma disparidade muito grande com relação aos demais transportes, o táxi é bastante utilizado, por ser associado à comodidade e à segurança.

Como o trajeto destes carros não é previamente definido, o universo dos motoristas de táxi se torna fascinante, já que a cada momento tem um novo rumo a ser seguido, e um novo tipo de passageiro que adentra em seu carro. E o analista urbano que faz de seu veículo um divã teve o destino de no ano de 1994 cruzar com a estrada do compositor e do intérprete Roberto Carlos, artista que na rua e na pista continua a emocionar o público que vai de carona pelos trajetos de sua música.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos dirigindo seu calhambeque no Rio de Janeiro, em foto tirada no ano de lançamento da canção de hoje.

Abraços a todos, Vinícius.

O TAXISTA - Roberto e Erasmo

Saio logo cedo no meu carro
Ninguém sabe o meu destino
Num aceno eu paro, abro a porta
E entra alguém sempre bem vindo

Elegante ou mal vestido
Velho, moço, ou até menino
Fecha a porta, diz aonde vai
E tudo bem, eu já tô indo

Sou taxista
Tô na rua, tô na pista
Não tô no palco
Mas no asfalto eu sou um artista

Ouço todo tipo de conversa
O tempo todo tô ligado
Só me meto, dou palpite, dou conselho
Quando sou chamado

No meu carro ouço histórias
Desabafos, risos todo o ano
Sou de tudo um pouco nessa vida
Eu sou um analista urbano

Sou taxista
Tô na rua, tô na pista
Não tô no palco
Mas no asfalto eu sou um artista

O papo é sempre o mesmo
Pra puxar qualquer assunto a qualquer hora
Que trânsito, que chuva, que calor
Mas logo mais isso melhora

Tento agradar a todo mundo
E trabalhar sempre sorrindo
Mas sou um ser humano
E só eu sei às vezes o que estou sentindo

Sou taxista
Tô na rua, tô na pista
Não tô no palco
Mas no asfalto eu sou um artista

Sou taxista
Tô na rua, tô na pista
Não tô no palco
Mas no asfalto eu sou um artista

O cansaço, a solidão
Aperta o coração na madrugada
Mas a missão cumprida me desperta
É hora de voltar pra casa

Dou graças a Deus, que lindo
Os filhos e a mulher em paz sorrindo
Valeu a hora extra pra com eles
Ter a folga de domingo

Sou taxista
Tô na rua, tô na pista
Não tô no palco
Mas no asfalto eu sou um artista...

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