quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Roberto Carlos em capítulos - PERIGOSAS PERUAS



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em capítulos apresenta mais um episódio da participação de RC em produtos de teledramaturgia do país. A novela mostrada hoje foi sucessora de Vamp no horário das 19h.



Escrita por Carlos Lombardi, com supervisão de texto feita por Lauro César Muniz, Perigosas peruas estreou em 10 de fevereiro de 1992. A novela foi dirigida por Roberto Talma - há alguns anos é diretor dos especiais de Roberto Carlos na emissora.

A trama conta a história de Cidinha (interpretada por Vera Fischer) e Lêda (vivida por Silvia Pfeifer), amigas desde a infância e que nasceram no mesmo dia, na mesma hora e no mesmo hospital. Anos mais tarde, as duas acabariam brigando pelo amor de Belo (papel de Mário Gomes), que engravidou as duas - e suas filhas nasceriam no mesmo dia, na mesma hora e no mesmo hospital.



No entanto, a filha de Cidinha nascia morta, e Belo (já casado com ela) trocava a filha pela de Lêda. Depois da morte de seu filho, Lêda então decidia se dedicar à carreira de jornalista internacional. Anos mais tarde, a menina Tuca (atuação de destaque da então garota Natália Lage) descobria que havia sido trocada na maternidade, o que fazia com que Cidinha e Lêda voltassem a entrar em conflito.



Belo também estava envolvido em outra trama: ele trabalhava para os poderosos Franco e Branco Torremolinos (respectivamente, Cassiano Gabus Mendes - sim, o autor da citada nesta série Meu bem, meu mal trabalhou como ator na novela de Carlos Lombardi - e José Lewgoy). O delegado corrupto Venâncio (vivido por Flávio Migliaccio) e sua equipe de policiais - Paulinho Pamonha (papel de Tato Gabus), Téio (vivido por Rômulo Arantes), Johann (interpretado por Irving São Paulo) e Joana (feito por Fabiana Scaranzi, que hoje é jornalista) - tinham o desafio de desbaratar a máfia dos Torremolinos.

Com seu humor ágil e as muitas cenas de ação que consagraram seu estilo de fazer novela, Carlos Lombardi tornou Perigosas peruas um sucesso para o horário. O mérito de sua escrita é saber o que espera e o que cada ator sabe fazer.

Com isto, Mário Gomes (que já havia feito Vereda tropical, dele com Silvio de Abreu) conseguiu tanta popularidade que o personagem Belo, previsto para morrer dois meses antes da novela acabar, ficou vivo até o fim, exibido em 29 de agosto de 1992. Nair Bello, a italiana Gema (mão de Belo), foi outro destaque. O casal Téio e Téia, feito por Rômulo Arantes e Bianca Byington, também agradou e muito os espectadores.

Duas músicas de Roberto Carlos estiveram presentes na trilha de Perigosas peruas. Em uma delas, RC trabalhou como versionista, fazendo sua única versão para música de John Lennon e Paul McCartney. A canção, que recebeu, segundo Roberto, um título com uma frase "que Lennon disse muito em sua vida". Lançada originalmente em 1984, ela recebeu leitura da dupla Zezé Di Camargo e Luciano.



A outra é de autoria dele com Erasmo. Um clássico do repertório da dupla, que os dois interpretam constantemente em especiais da TV Globo. Para o tema de Paulinho Pamonha, ótima atuação de Tato Gabus, ficou na voz apenas de Erasmo, numa gravação feita na época de lançamento da novela.




Seguem as letras! Na foto, Belo entre suas mulheres Cidinha e Lêda.

Abraços a todos, Vinícius.

EU TE AMO (And I love her) - John Lennon e Paul McCartney (versão de Roberto Carlos)

Foi tanto o que eu te amei
E não sabia
Que pouco a pouco eu, eu te perdia
Eu te amo

E aquele louco amor
Inesquecível
Tirar do coração, é impossível
Eu te amo

Te amei demais
Enlouqueci
Brigas banais
Te perdi

O tempo já passou
E eu não consigo
Calar meu coração e às vezes digo
Que te amo

Eu te amo...
Eu te amo...

*****

SENTADO À BEIRA DO CAMINHO - Roberto e Erasmo

Eu não posso mais ficar aqui a esperar
Que um dia de repente você volte para mim
Vejo caminhões e carros apressados a passar por mim
Estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim

Meu olhar se perde na poeira desta estrada triste
Onde a tristeza e a saudade de você ainda existe
Esse sol que queima no meu rosto um resto de esperança
De ao menos ver de perto seu olhar que eu trago na lembrança

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo ....

Vem a chuva molha o meu rosto e então eu choro tanto
Minhas lágrimas e os pingos dessa chuva se confundem com meu pranto
Olho pra mim mesmo, me procuro e não encontro nada
Sou um pobre resto de esperança na beira de uma estrada

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo

Carros, caminhões, poeira, estrada, tudo tudo se confunde em minha mente
Minha sombra me acompanha e vê que eu estou morrendo lentamente
Só você não vê que eu não posso mais ficar aqui sozinho
Esperando a vida inteira por você sentado à beira de um caminho

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo...

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