sexta-feira, 27 de junho de 2008

América, América - 3



Olá, amigos.

A série América, América prossegue apresentando post a post a presença do cancioneiro latino na discografia que Roberto Carlos lançou no Brasil. E hoje, mostramos mais um estilo de música que RC redescobriu através de seu repertório.

De acordo com musicistas, o BOLERO (gênero musical com raízes afro-espanholas) nasceu no final do século XIX na cidade de Santiago, em Cuba, graças a José Pepe Sánchez, considerado o autor do primeiro bolero - Tristezas. Em seguida, o estilo atravessaria outros países, como República Dominicana, Porto Rico e México.

E seria do universo mexicano que Roberto Carlos apresentaria aos brasileiros um pouco desta faceta musical da América Latina. Nascido em 1900 na Cidade do México, o poeta AGUSTIN LARA é considerado o autor mais constante deste estilo.

Após ter sido na adolescência tenente da guarda pessoal do revolucionário Francisco Villa, Agustin enfim conseguiu seu espaço na música quando começou a tocar em bares e a trabalhar como pianista nas projeções dos filmes mudos. Mais tarde, se casou com a atriz Maria Félix, o que o aproximou ainda mais de pessoas ligadas às letras e às artes.

Agustin Lara encerrou sua carreira aqui na Terra em 1970, deixando 700 canções - a maioria delas no ritmo do bolero, como Granada, Estoy piensando en ti e Madrid. E sete anos depois de sua morte, recebeu uma homenagem através da voz de Roberto Carlos.

Em seu LP de 1977, RC trouxe uma nova versão para um dos boleros mais marcantes da safra de Agustin Lara. Através dela, Roberto cantou a reflexão de um homem que amou tão somente uma vez, e nada mais. Um dado curioso: RC já cantou esta música em dueto no palco em dois momentos. Em 1989, na companhia de Julio Iglesias em apresentação no exterior, e no ano passado, dividindo os vocais com Alcione durante seu Roberto Carlos Especial.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em show no fim da década de 1970.

Abraços a todos, Vinícius.

SOLAMENTE UNA VEZ - Agustin Lara

Solamente una vez
Amé en la vida
Solamente una vez
Y nada más

Una vez nada más en mi huerto
Brilló la esperanza
La esperanza que alumbra el camino
De mi soledad

Una vez nada más
Se entrega el alma
Com la dulce y total
Renunciación

Y cuando ese milagro realiza
El prodígio de amarse
Hay canpanas de fiesta que cantan
En el corazón

Solamente una vez...
Solamente una vez...

4 comentários:

Júlio José disse...

Tudo bom Vinícius ? Vi seu link no blog do Maestro, parabéns pelo seu blog. Veja minha página em homenagem ao Rei em www.juliojose.com.br (lá tem uns clipes engraçados e minhas músicas também, caso queira conhecê-las)

Anônimo disse...

Rapaz, já to gostando dessa série também, aliás, todas as suas séries prendem nossa expectativa, pois trata de temas muito específicos e legais demais.

Gosto dessa canção e sobretudo dos duetos que o rei fez com ela, com o Julio e com a Alcione!

Blog Música do Brasil
www.everaldofarias.blogspot.com

Um forte abraço!

James Lima disse...

Bicho, muito bom mesmo. Comentei com você já, que gosto muito dessa foto.
Agora uma coisa que você esqueceu de colocar. O Rei também cantou essa canção com o Pedro Vargas, numa bela versão, além do Julio e da Alcione.

Um abraço
James Lima
www.robertocarlos.vai.la

Anônimo disse...

Amo um bolero!!! E a canção citada, é maravilhosa!
Beijos!
Leda Martins.