domingo, 11 de maio de 2008

Feliz Dia das Mães



Olá, amigos.

Chegamos a um dia especialíssimo para deixar ainda mais forte os laços familiares, e no qual agradecemos por termos nascido. Afinal, se não fosse por nossas mães, não estaríamos aqui neste momento.

O Dia das Mães passou a ser comemorado no início do século passado, quando a americana Annie Jarvis quase entrou em depressão após o falecimento de sua mãe. Suas amigas decidiram que a partir daquele momento haveria uma festa todos os anos em memória ao dia em que a mãe dela se foi - mais tarde, a própria Annie pediria que este dia fosse destinado a homenagear todas as mães (mortas ou vivas).

A comemoração do Dia das Mães passou a fazer parte oficialmente dos calendários americanos a partir do ano de 1914 - o presidente Woodrow Wilson marcou-a para o dia 9 de maio. A idéia de dedicar um dia às mães prosseguiu em outros países, alguns que dedicaram um dia específico para ela (casos da Rússia, que comemora em 8 de março, a Polônia, em 26 de maio, e a Costa Rica, em 15 de agosto) e outros que estipularam um dia móvel (Portugal, Hungria, Espanha e Suécia comemoram no primeiro domingo de maio e a Argentina comemora no terceiro domingo de outubro).

No Brasil, o então presidente Getúlio Vargas instituiu, a partir de decreto de 1932, que o Dia das Mães faria parte do calendário brasileiro em todos os segundos domingos de maio. E para um artista tão ligado a sua família, Roberto homenagearia todos os tipos de mães.

A mãe ainda em gestação, a mãe que ele espiava ainda tendo contato com o filho que ela se habituava a ter em sua vida aparece em Você é linda, sua e de Erasmo Carlos presente em seu LP de 1972. No mesmo disco, ainda havia espaço para outros dois momentos que remetem à mãe: o cântico criado em Acalanto, de Dorival Caymmi, tinha uma versão sua, e o dia-a-dia de um pai que convive com a esposa que agora tem a função de mãe surge em Quando as crianças saírem de férias.

Mas além das mães que ele "espiava" em sua sensibilidade musical, RC ainda trazia espaço para recordações que a envolviam em sua infância. Em todas estas imagens, sua mãe aparecia num misto de sorriso por ver o filho seguir seus próprios rumos com a tristeza de incerteza do que o mundo poderia apresentar para ele. Em O divã (de 1972), A estação (do LP de 1974) e Aquela casa simples (de 1986), da janela de um trem que ia além do horizonte ele via sua infância e a segurança do colo da mãe ficarem para trás, em meras e doces lembranças.

Mas outra mãe o acompanhava... A mãe de Jesus, a quem ele recorria seguidamente tanto em O terço (do disco de 1996) quanto na grandiosa Nossa Senhora (de 1993) e em todas as facetas que ela possui, reunidas na música Todas as Nossas Senhoras (presente na compilação de 1999).

Mas, por mais que Roberto, e por mais que todos nós já tenhamos nossas vidas, nossas famílias, em todos os segundos domingos de maio do calendário nós voltamos nosso coração para homenagear nossas mães. Aquelas que nos carregam no calor de sua barriga, no colo para nos ninar e para quem jamais deixamos de ser meninos.

A canção com a qual encerramos o post de hoje traz um título muito pessoal para Roberto Carlos - embora traga a co-autoria de Erasmo Carlos. Mas, certamente, embora cite o nome da mãe de RC, estas palavras apresentadas por ele em seu LP de 1978 servem perfeitamente para nós, filhos, agradecemos a nossas mães neste dia de hoje.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos ao lado de sua mãe, Laura Moreira Braga, ou, simplesmente, Lady Laura.

LADY LAURA - Roberto e Erasmo

Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
E na hora do meu desespero
Gritar por você

Te pedir que me abrace
E me leve de volta pra casa
Que me conte uma história bonita
E me faça dormir

Só queria ouvir sua voz
Me dizendo, sorrindo:
"Aproveite o seu tempo
Você ainda é um menino"

Apesar da distância e do tempo
Eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso
Escutar de você

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conte uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura...

Quantas vezes me sinto perdido
No meio da noite
Com problemas e angústias
Que só gente grande é que tem

Me afagando os cabelos
Você certamente diria:
"Amanhã de manhã
Você vai se sair muito bem"

Quando eu era criança
Podia chorar nos seus braços
E ouvir tanta coisa bonita
Na minha aflição

Nos momentos alegres
Sentado ao seu lado sorria
E nas horas difíceis podia
Apertar sua mão

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me abrace forte
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura...

Um comentário:

Anônimo disse...

Hoje é mesmo um dia especial. Dia das grandes mulheres que nos deram a vida. Minha adorada mãe é hoje uma estrela no céu...a saudade é grande. Daria tudo para estar em seus braços agora.
Obrigada Mãe!
Leda Martins.