quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Os outros parceiros musicais de Roberto Carlos - CARLOS IMPERIAL




Olá, amigos.

Após um breve recesso, este blogue volta a ser atualizado hoje. Neste retorno, apresentamos uma breve sequência de curiosidades da carreira de Roberto Carlos.

Muitos estão acostumados a ouvir músicas escritas por Roberto Carlos em parceria com Erasmo Carlos. Mas, RC já abriu seu leque, mesmo que timidamente, para outros parceiros.



Um deles foi no início de carreira, ainda antes da chegada de Erasmo como coautor. CARLOS IMPERIAL também nasceu no Espírito Santo, mas na cidade de Castelo. Ainda na adolescência, mudou-se para o Rio de Janeiro e, aos 22 anos, começou a se destacar na música, graças à criação do Clube do Rock, evento que reunia artistas e fãs deste estilo musical.

Em 1959, o Clube do rock se tornou programa na TV Tupi, e lá foi apresentado o "Elvis Presley brasileiro" - um cachoeirense chamado Roberto Carlos, que se apresentara com um conjunto de rock chamado Os Sputinicks (que tinha Tim Maia em seu grupo), mas voltava em um momento solo, para cantar músicas de Elvis. Roberto passou a ser assessorado por Imperial, que lhe deu a chance de gravar seu primeiro compacto.

Carlos Imperial também lançou outros artistas da Jovem Guarda, e é autor de músicas conhecidíssimas do movimento musical, como O bom (cantada por Eduardo Araújo) e Vem quente que eu estou fervendo. Muitas das versões presentes no primeiro LP de Roberto Carlos - o raro Louco por você - foram escritas por Imperial.

Foi autor de outras canções de destaque da música brasileira, como Mamãe passou açúcar em mim, interpretada por Wilson Simonal, e A praça, sucesso de Ronnie Von. Mas também teve o privilégio de ser parceiro de Ataulfo Alves, no samba Você passa e eu acho graça, que foi gravado por Clara Nunes.

Nas décadas seguintes à Jovem Guarda, foi revelada sua característica de homem multimídia. Trabalhou como jornalista, foi jurado de programa de calouros e teve larga participação no cinema.



Como ator, depois das chanchadas da Atlântida, passou por filmes de destaque como Cassy Jones, o magnífico sedutor e Independência ou morte, até trabalhar em pornochanchadas - as mais esdrúxulas são A ilha das cangaceiras virgens, A banana mecânica e As depravadas. Também dirigiu comédias eróticas, como O sexomaníaco e Um marciano em minha cama.



Foi o vereador mais votado do Rio de Janeiro no ano de 1984. Até sua morte, em 1992, ficou conhecido também como o locutor oficial da apuração dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro - onde ficou famoso seu bordão "Dez! Nota dez!". Deixou um legado de uma vida dedicada à música de jovem e a muita, mas muita irreverência, com seu estilo polêmico e cafajeste.

No primeiro compacto de Roberto Carlos, o nome de Carlos Imperial aparece ao lado do nome do jovem e promissor cantor e compositor de 18 anos. Numa Bossa Nova interpretada pelo "novo João Gilberto" (como Imperial apresentava RC em reuniões musicais", vinha um novo ponto de vista da história de João e Maria.

Segue a letra! Na foto, vale a pena forçar a vista para ver na ponta um Roberto Carlos com cabelo curto, típico de Exército, ao violão Carlos Imperial e à direita de Imperial, Cauby Peixoto.

Abraços a todos, Vinícius

JOÃO E MARIA - Roberto Carlos e Carlos Imperial

Li no almanaque a versão
Nova da história do João
Levou Maria pro bosque passear
E borboletas lindas apanhar

Mariazinha não sabia não
Das intenções do João

A verdade está no almanaque
Pois o tal passeio foi de araque
Mariazinha não gostou não
Do papelão do João

Mas o fim não está no almanaque
Sei que a Mariazinha voltou de Cadillac
João, coitado, ficou abandonado
Com as borboletas na mão
Coitadinho do João

Era uma vez, João
Era uma vez, João
Era uma vez, João
Joãozinho...

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