Este espaço é para falar sobre a obra de Roberto Carlos. São detalhes que mostram pluralidade e a riqueza do Roberto cantor e compositor que há meio século assina belas páginas para a Música Popular Brasileira. Bem vindos, ainda temos muita história pra contar nesse mundo de letra e música.
A série As mulheres de Roberto Carlos continua, trazendo músicas com nomes femininos interpretadas por RC em sua carreira. E a de hoje é retirada de seu terceiro LP.
Após cantar por Linda e por Malena, Roberto usou sua voz para falar de sua querida Rosinha, que vinha numa declaração de amor sincera. Em meio à brasa acesa no LP É proibido fumar, a doçura chegava na terceira faixa do disco.
Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos nos anos 60.
Abraços a todos, Vinícius.
ROSINHA - Oswaldo Audi e Athayde Júlio
Oh, Rosa, Rosinha Que bom seria se tu fosses minha Oh, Rosa, que coisa louca Seria dar um beijo em tua boca Oh, Rosa, Rosinha Quisera possuir teu coração E ter o teu amor por toda vida Oh, Rosa, querida
Oh, Rosa, Rosinha Que bom seria se tu fosses minha Oh, Rosa, que coisa louca Seria dar um beijo em tua boca
Oh, Rosa, Rosinha Quisera possuir teu coração E ter o teu amor por toda vida Oh, Rosa, querida
Uma pena que a postagem de número 500 seja usada para falar sobre este assunto. Mas o Rio de Janeiro, nos últimos dias, vem sendo cenário de uma guerra civil entre o poder público e o poder paralelo.
A polícia está trabalhando de maneira incisiva para acabar com o poder do narcotráfico, que tanto mal fez ao Rio nestas décadas de desmando. Que a capital fluminense tenha força para sobreviver a este conflito, e que nós, moradores desta cidade tão linda, tenhamos muita, muita paz.
Roberto Carlos, que é um artista que trouxe a paz através de sua voz, também merece ser um exemplo para todos nós. Que a fé que nos faz otimista demais ajude a remover tanta violência.
Abraços a todos, Vinícius.
QUERO PAZ - Roberto e Erasmo
Se ninguém aperta o gatilho Quem morre é a guerra caída na chão Bang bang, guerra que nada Não jogo granada na terra do irmão Se ele fala outro idioma A bandeira branca é universal Se ele é preto, branco ou amarelo Seu sangue é vermelho e o meu é igual
Quero paz Violência não Quero paz É o que pede o meu coração
Como vou pra linha de frente Se armado até os dentes não posso sorrir Eu não vou fazer inimigos Eu só tenho amigos, me deixem aqui
Eu não vou lavar roupa suja Num tanque de guerra com bala e canhão E esse barulhão não combina Com a paz dos acordes do meu violão
Quero paz Violência não Quero paz É o que pede o meu coração
Bang bang, bang não dá Ratatatata também não Quero paz aqui, quero lá É o que pede o meu coração...
*****
Na segunda-feira, o Emoções de Roberto Carlos volta com a série As mulheres de Roberto Carlos.
A série As mulheres de Roberto Carlos chega à sua segunda postagem, trazendo uma mulher rara no cancioneiro de RC. Nesta sequência, apresentamos músicas que ele cantou que trazem nomes femininos.
A "raridade" é que esta música foi lançada em seu primeiro LP - Louco por você - que jamais teve uma segunda tiragem. Sempre que teve um relançamento, sua discografia começou com o ano de 1963.
Com isto, muitos de seus fãs não tiveram acesso a LINDA. Uma versão de Carlos Imperial que foi citada na música Louco não estou mais ("Linda foi namoro que pouco durou"), e que não merece ser esquecida na lista de mulheres de Roberto Carlos.
Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em seu início de carreira.
Abraços a todos, Vinícius.
LINDA - Bill Caesar (versão de Carlos Imperial)
Linda, oh, Linda Com você vivo a sonhar Linda, oh, Linda Só você eu hei de amar Linda, oh, Linda Vivo triste a esperar Linda, oh, Linda Que você me queira amar
Naquele momento em que você me beijou A Terra tremeu e a vida parou Meu sangue ferveu e a cabeça girou E o meu coração queimou
Linda, oh, Linda Com você vivo a sonhar Linda, oh, Linda Só você eu hei de amar
Linda, oh, Linda Vivo triste a esperar Linda, oh, Linda Que você me queira amar
Naquele momento em que você me beijou A Terra tremeu e a vida parou Meu sangue ferveu e a cabeça girou E o meu coração queimou
Linda, oh, Linda Com você vivo a sonhar Linda, oh, Linda Só você eu hei de amar
Recentemente, Roberto Carlos fez um show exclusivo para mulheres em São Paulo. E, além de chegar aos corações das mulheres através de palavras doces, sensuais, apaixonadas, ou dedicar músicas especificamente para gordinhas, baixinhas, de óculos e de 40 anos, Roberto teve em seu repertório músicas com nomes próprios femininos.
Com o post de hoje, começamos a enumerar As mulheres de Roberto Carlos. Na lista, todas as mulheres que assinaram seus nomes em canções gravadas por RC.
A primeira delas foi tema de duas canções dos primeiros anos da carreira de Roberto Carlos. MALENA apareceu pela primeira vez num compacto de 1962, ainda antes dele passar pelo primeiro tapa que levou com a história do Splish Splash. E, no ano seguinte, voltaria, para ser incluída em seu segundo LP.
Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos na época da Jovem Guarda.
Abraços a todos, Vinícius.
MALENA - Rossini Pinto e Fernando Costa
Malena Eu sou um sofredor Oh, oh, oh, Malena Eu quero o teu amor Malena Não posso mais sofrer Oh, oh, oh, Malena Sem ti não sei viver
Eu vivo triste Amargurado assim No mundo não existe Quem sofra igual a mim
Oh, oh, oh, Malena Não posso mais chorar Oh, oh, oh, Malena Eu choro por te amar
Eu choro por te amar...
*****
RELEMBRANDO MALENA - Rossini Pinto
Malena, querida, eu te quero E ainda te amo, te adoro e venero Sou louco por ti
Malena, querida, relembro os momentos felizes De alegria e ternura Que ao teu lado vivi
Tentei em vão te esquecer Sem conseguir contudo, amor Se mal te fiz foi sem querer Pois eu te amo com fervor
Malena querida Perdoa a minha loucura Esquece o passado E volta pra mim
Tentei em vão te esquecer Sem conseguir contudo o amor Se mal te fiz foi sem querer Pois eu te quero com fervor
Malena querida perdoa a minha loucura Esquece o passado E volta pra mim...
A série Os outros parceiros musicais de Roberto Carlos chega ao seu último post. Como se vê, foram poucos os momentos nos quais RC fez parceria com outro artista que não fosse Erasmo Carlos.
E, após Carlos Imperial e Ronaldo Bôscoli, também foi incluído na lista o paulista do Tietê, Frede Jorge Japur. Que, no cenário musical, ficaria mais conhecido como FRED JORGE.
Fred Jorge foi o responsável por, a partir do fim da década de 1950, dar palavras em português para sucessos internacionais. São de sua autoria as versões brasileiras de Diana (cantada por Carlos Gonzaga), Estúpido cupido e Banho de lua (ambas na voz de Celly Campello).
Mas, a partir de 1970, Roberto Carlos daria destaque a seu valor como compositor, independente deste lado versionista - quando gravou em compacto a música A palavra adeus. Depois disto, viriam outras cinco canções - Se eu partir, de 1971, Você já me esqueceu, de 1972, Não adianta nada, de 1973, O dia-a-dia (em parceria com Nenéo), de 1976, e Todos os meus rumos, de 1978.
Até Fred Jorge se tornar um parceiro musical de Roberto Carlos. Numa canção bastante intimista, a dupla escreveu sobre um relacionamento do qual restaram recordações e mais nada - na voz de RC para seu LP de 1983.
Segue a letra! Na foto, um raro registro de Fred Jorge e Roberto Carlos.
RECORDAÇÕES E MAIS NADA - Roberto Carlos e Fred Jorge
Ainda guardo na boca O gosto daquele beijo E na lembrança uma história Cheia de amor e desejo Só um aceno e depois O olhar perdido na estrada E só restou de nós dois Recordações e mais nada
Como é possível esquecer O nosso encontro primeiro Você chegou simplesmente E eu perguntei quase nada
E num momento nós dois Nos envolvemos demais Mas pouco tempo depois Aquele adeus, nada mais
E o nosso amor se perdeu Se consumiu por inteiro Como um cigarro esquecido Na borda de algum cinzeiro
De tudo aquilo ficou Esta saudade guardada E de nós dois só restou Recordações e mais nada...
A série Os outros parceiros musicais de Roberto Carlos chega a mais um post, contando sobre alguns dos compositores que fizeram canções em parceria com Roberto Carlos. São poucos os momentos nos quais RC abriu espaço de coautoria para outro que não fosse Erasmo Carlos.
RONALDO BÔSCOLI tem algo em comum com Carlos Imperial, outro coautor na obra de RC. Ele participou de maneira incisiva num movimento musical marcante do país, como produtor e como compositor. Mas Bôscoli se enveredou pelo caminho da Bossa Nova, para onde escreveu músicas como O barquinho, Lobo bobo e Saudade fez um samba, dentre outras.
Chegou a conhecer através de Carlos Imperial um menino definido como "novo João Gilberto". Após ouvi-lo, aconselhou-o a não seguir a vida de imitador, e disse para ele procurar um novo caminho. Um ano e meio depois, reencontrou o menino, agora conhecido por seu nome de batismo - Roberto Carlos.
A partir de 1970, Ronaldo Bôscoli formaria com Luiz Carlos Miéle e Roberto Carlos um "casamento a três". A dupla Miéle e Bôscoli ajudou RC a fazer seus grandes shows, desde A 200 km por hora (de 1970) até Luz (de 1994), ajudando nos textos e nos roteiros musicais. O "casamento" só foi desfeito em 1994, quando Ronaldo Bôscoli faleceu.
Além do grande auxílio à sua carreira, Ronaldo deixou para Roberto Carlos uma lembrança - a de uma parceria musical. Em seu livro de memórias Eles e eu (com depoimentos dados para Ângela Chaves e Luiz Carlos Maciel), Bôscoli contou sobre como foi lidar com seu parceiro musical Roberto Carlos:
"Há ainda outras superstições e manias do Rei, como jamais usar tinta vermelha ou preta ou de qualquer outra cor pra escrever. Só usa caneta com tinta azul. Riscar palavras, colocar setas em papel, essas coisas, ele também não tolera. Certa vez, fui parceiro dele numa canção, Procura-se, e foi o maior drama. Eu riscava as coisas, colocava outras em cima, ele ficava puto:
- Não se risca nada. Tem que guardar tudo.
Foi um duelo. Fiquei totalmente inibido: não pode isso, não pode aquilo, não pode essa palavra, não pode pôr aquela... O resultado final acabou sendo bem ruim. Procura-se é bem fraquinha. Para se compor com o Roberto Carlos, é preciso respeitar todas as suas manias - ou crenças. Mas enfim, pelo menos tenho o o grande orgulho de ter conseguido quebrar a hegemonia de Erasmo Carlos, parceiro quase único do Rei".
Segue a letra da canção Procura-se, gravada por RC em seu LP de 1980! Na foto, Roberto Carlos e Ronaldo Bôscoli.
Abraços a todos, Vinícius.
PROCURA-SE - Roberto Carlos e Ronaldo Bôscoli
E desarmado eu estava Tudo que eu tinha lhe dei Diante daquelas armas Não resisti, me entreguei
E me entreguei no seu corpo Me confessei no seu peito Me amordacei na sua boca Enlouqueci no seu leito
E me levou noite a dentro E tanto a gente se amava Que eu me calava na boca Que me mordia a palavra
Depois no nosso silêncio A minha mão deslizava E percorrendo seus traços Escorreguei do seu corpo E adormeci nos seus baços
Procuro essa mulher e não me importa O que já me aconteceu quando essa porta Se fechou, e corpo-a-corpo nos meus braços Quase me matou de amor
Eu quero esse momento alucinante Eu quero aquilo tudo nesse instante Daquela que uma noite, aquele dia Quase me matou de amor
Seus olhos são como a noite Esconde tantos segredos Nos lábios tanto desejo Que só de olhar vem na boca O gosto daquele beijo
Por isso todo esse tempo Procuro, espero, persigo Esteja onde estiver Quero de novo comigo Procuro aquela mulher
Procuro essa mulher e não me importa O que já me aconteceu quando essa porta Se fechou, e corpo-a-corpo nos meus braços Quase me matou de amor
Eu quero esse momento alucinante Eu quero aquilo tudo nesse instante Daquela que uma noite, aquele dia Quase me matou de amor
Após um breve recesso, este blogue volta a ser atualizado hoje. Neste retorno, apresentamos uma breve sequência de curiosidades da carreira de Roberto Carlos.
Muitos estão acostumados a ouvir músicas escritas por Roberto Carlos em parceria com Erasmo Carlos. Mas, RC já abriu seu leque, mesmo que timidamente, para outros parceiros.
Um deles foi no início de carreira, ainda antes da chegada de Erasmo como coautor. CARLOS IMPERIAL também nasceu no Espírito Santo, mas na cidade de Castelo. Ainda na adolescência, mudou-se para o Rio de Janeiro e, aos 22 anos, começou a se destacar na música, graças à criação do Clube do Rock, evento que reunia artistas e fãs deste estilo musical.
Em 1959, o Clube do rock se tornou programa na TV Tupi, e lá foi apresentado o "Elvis Presley brasileiro" - um cachoeirense chamado Roberto Carlos, que se apresentara com um conjunto de rock chamado Os Sputinicks (que tinha Tim Maia em seu grupo), mas voltava em um momento solo, para cantar músicas de Elvis. Roberto passou a ser assessorado por Imperial, que lhe deu a chance de gravar seu primeiro compacto.
Carlos Imperial também lançou outros artistas da Jovem Guarda, e é autor de músicas conhecidíssimas do movimento musical, como O bom (cantada por Eduardo Araújo) e Vem quente que eu estou fervendo. Muitas das versões presentes no primeiro LP de Roberto Carlos - o raro Louco por você - foram escritas por Imperial.
Foi autor de outras canções de destaque da música brasileira, como Mamãe passou açúcar em mim, interpretada por Wilson Simonal, e A praça, sucesso de Ronnie Von. Mas também teve o privilégio de ser parceiro de Ataulfo Alves, no samba Você passa e eu acho graça, que foi gravado por Clara Nunes.
Nas décadas seguintes à Jovem Guarda, foi revelada sua característica de homem multimídia. Trabalhou como jornalista, foi jurado de programa de calouros e teve larga participação no cinema.
Como ator, depois das chanchadas da Atlântida, passou por filmes de destaque como Cassy Jones, o magnífico sedutor e Independência ou morte, até trabalhar em pornochanchadas - as mais esdrúxulas são A ilha das cangaceiras virgens, A banana mecânica e As depravadas. Também dirigiu comédias eróticas, como O sexomaníaco e Um marciano em minha cama.
Foi o vereador mais votado do Rio de Janeiro no ano de 1984. Até sua morte, em 1992, ficou conhecido também como o locutor oficial da apuração dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro - onde ficou famoso seu bordão "Dez! Nota dez!". Deixou um legado de uma vida dedicada à música de jovem e a muita, mas muita irreverência, com seu estilo polêmico e cafajeste.
No primeiro compacto de Roberto Carlos, o nome de Carlos Imperial aparece ao lado do nome do jovem e promissor cantor e compositor de 18 anos. Numa Bossa Nova interpretada pelo "novo João Gilberto" (como Imperial apresentava RC em reuniões musicais", vinha um novo ponto de vista da história de João e Maria.
Segue a letra! Na foto, vale a pena forçar a vista para ver na ponta um Roberto Carlos com cabelo curto, típico de Exército, ao violão Carlos Imperial e à direita de Imperial, Cauby Peixoto.
Abraços a todos, Vinícius
JOÃO E MARIA - Roberto Carlos e Carlos Imperial
Li no almanaque a versão Nova da história do João Levou Maria pro bosque passear E borboletas lindas apanhar
Mariazinha não sabia não Das intenções do João
A verdade está no almanaque Pois o tal passeio foi de araque Mariazinha não gostou não Do papelão do João
Mas o fim não está no almanaque Sei que a Mariazinha voltou de Cadillac João, coitado, ficou abandonado Com as borboletas na mão Coitadinho do João
Era uma vez, João Era uma vez, João Era uma vez, João Joãozinho...
Após a sequência Roberto Carlos em capítulos, este blogue traz hoje mais um capítulo no qual Roberto Carlos dá samba. 15 anos depois de ter sido tema da Unidos do Cabuçu, com Roberto Carlos no reino da fantasia, ele está de volta, para comemorar seus 70 anos.
Após várias eliminatórias, o samba já está escolhido. Agora, passe no Blog Roberto Carlos Braga pra conhecê-lo na voz de Neguinho da Beija-Flor.
Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos com Neguinho da Beija-Flor e a bateria da escola.
Abraços a todos, Vinícius.
A SIMPLICIDADE DE UM REI -Samir Trindade, Serginho Aguiar, JR Beija Flor, Sidney de Pilares, Jorginho Moreira, Théo M. Neto
Meu Beija-Flor, chegou a hora De botar pra fora a felicidade A alegria de falar do Rei E mostrar pro mundo essa simplicidade
A saudade Vem pra reviver o tempo que passou Ah, essa lembrança foi o que ficou Momentos que não esqueci
Eu, cheio de fantasias Na luz do rei menino Lá no seu Cachoeiro E lá vou eu...
De calhambeque, a onda me levar Na jovem guarda, o rock a embalar Vivendo a paixão Amigos de fé guardei no coração
Quando o amor invade a alma, é magia! É inspiração pra nossa canção, poesia! O beijo na flor é só pra dizer Como é grande o meu amor por você
Nas curvas dessa estrada A vida em canções Chora, viola Nas veredas dos Sertões
Lindo é ver a natureza Por sua beleza Clamor em seus versos
No mar navegam emoções Sonhar faz bem aos corações Na fé com o meu Rei seguindo Outra vez estou aqui Vivendo esse momento lindo
De todas as Marias Vêm as bênçãos lá do céu Do samba faço oração Poema, emoção...
Com o post de hoje, a série Roberto Carlos em capítulos chega ao seu último capítulo. Mas a sequência de novelas com temas de RC não chegou a ter um desfecho. A cada nova trama, sempre pode vir uma nova presença dele como compositor - caso da recente Passione, que tem Gatinha manhosa em sua trilha, na voz de Adriana Calcanhotto.
Neste último post, o Emoções de Roberto Carlos abre espaço para a música mais recente de Roberto Carlos. A mulher que eu amo foi feita especialmente para a novela Viver a vida, de Manoel Carlos. Acima, a abertura do primeiro capítulo. Com o passar dos dias, as aberturas foram incorporando imagens de cenas da novela.
Mais uma vez as páginas da dramaturgia estavam abertas para as venturas e desventuras dos moradores do Leblon, e sempre capitaneada por uma Helena. A Helena desta trama foi feita por Taís Araújo - a primeira atriz negra a fazer uma personagem principal de Manoel Carlos. Ela era uma modelo que se envolve com o empresário Marcos, novamente um galã vivido por José Mayer.
Mas, além dos ciúmes da ex-mulher dele, Teresa (ótima atuação de Lília Cabral), a protagonista teve de conviver com a ira da filha, Luciana (vivida por Alinne Moraes), também modelo, uma moça mimada e que tem inveja do sucesso de Helena. Luciana é namorada do certinho Jorge, um arquiteto centrado em sua carreira e que reclama do estilo mais tranquilo do seu gêmeo Miguel (ambos feitos por Mateus Solano). Miguel convive com os problemas da namorada, Renata (vivida por Bárbara Paz), uma aspirante a atriz obcecada por magreza e que tem um grande distúrbio: substituir refeições por bebida alcoólica.
Além do Leblon, Viver a vida passeou com destaque também por Búzios, onde morava a família de Helena e também era a terra de outros personagens. Uma delas foi Dora (vivida por Giovanna Antonelli), uma mulher que tem uma filha controladora (estreia de Klara Castanho). A personagem de Giovanna Antonelli estava prevista para disputar o amor de Marcos com Helena.
Mas, Manoel Carlos teve de refazer seus planos iniciais. A empatia entre Taís Araújo e José Mayer não deu certo, ao contrário de sua relação com Thiago Lacerda, autor que fazia Bruno - e o casal ficou junto ao final, que foi ao ar em 14 de maio de 2010.
Em compensação, outras tramas foram bastante relevantes - a mais forte delas foi a maneira como Luciana lidou com o fato de ter ficado tetraplégica. Luciana não só consagrou Alinne Moraes como a personagem ajudou a derrubar muitos preconceitos da vida real.
A estreante Adriana Birolli rendeu muitos elogios por sua interpretação da personagem Isabel, assim como Nanda Costa no papel de Soraia. Marcelo Mello e Aparecida Petrowski foram muito bem como o traficante Bené e a revoltada Sandrinha, que mostraram as dificuldades de quem vive no "poder paralelo" do tráfico. Na parte cômica, destaque para a paixão entre Gustavo e Malu, em grandes atuações de Gustavo Airoldi e Camila Morgado.
Só que, em meio a tantos destaques, a atuação que mais rendeu aplausos foi a de Mateus Solano. Como os irmãos gêmeos Jorge e Miguel, o ator mostrou muito empenho e em nenhum momento deixou que a disparidade de personalidade deles - Jorge, o sério, e Miguel, o irreverente - caísse num tom caricatural.
Um dado curioso sobre a participação de Roberto Carlos na trilha. Ele custou a liberar a canção para a novela. Roberto não estava satisfeito com a gravação, queria refazê-la, ameaçando a entrada da canção na trilha sonora. Mas o cantor acabou convencido de que a música estava ótima e que ela embalaria um dos romances principais da novela.
No Roberto Carlos Especial daquele ano, ele interpretou a canção. Enquanto ele cantava, apareciam imagens do casal Marcos e Helena.
Segue a letra! Na foto, Marcos e Helena em Paris.
Abraços a todos, Vinícius.
A MULHER QUE EU AMO - Roberto Carlos
A mulher que eu amo Tem a pele morena É bonita, é pequena E me ama também
A mulher que eu amo Tem tudo que eu quero E até mais do que espero Encontrar em alguém
A mulher que eu amo Tem um lindo sorriso É tudo que eu preciso Pra minha alegria
A mulher que eu amo Tem nos olhos a calma ilumina minh'alma É o sol do meu dia
Tem a luz das estrelas E a beleza da flor Ela é minha vida Ela é o meu amor
A mulher que eu amo É o ar que eu respiro E nela eu me inspiro Pra falar de amor
Quando vem pra mim É suave como a brisa E o chão que ela pisa Se enche de flor
A mulher que eu amo Enfeita minha vida Meus sonhos realiza Me faz tanto bem
Seu amor é pra mim O que há de mais lindo se ela está sorrindo Eu sorrio também
Tudo nela é bonito Tudo nela é verdade E com ela eu acredito Na felicidade
Tudo nela é bonito Tudo nela é verdade E com ela eu acredito Na felicidade...
A série Roberto Carlos em capítulos vai chegando a seus últimos episódios, enumerando músicas da safra de RC que fizeram parte da teledramaturgia brasileira. E hoje, nossa série mostra um capítulo à parte, com uma novela de fora da TV Globo.
No dia 20 de novembro de 2007, a TV Record estreou AMOR E INTRIGAS em seu horário das 20h30. A novela foi escrita por Gisele Joras, com colaboração de Antônio Carlos da Fontoura, Maria Luiza Ocampo e Melissa Cabral - e teve como supervisor de texto Luiz Carlos Maciel, que, durante anos, integrou a equipe de roteiristas dos especiais de Roberto Carlos.
A história começa quando a ambiciosa Valquíria (vivida por Renata Dominguez) foge da cidade de Ouro Preto depois de dar o golpe em sua própria mãe, Dilma (participação especial de Ângela Leal).
Sua irmã, Alice (papel de Vanessa Gerbelli), sai da cidade mineira e se muda para o Rio de Janeiro, disposta a encontrar Valquíria e a fazer justiça pela morte de sua mãe, que teve um enfarte quando viu todos os objetos de sua confecção vendidos. Em um de seus primeiros dias na Cidade Maravilhosa, ela vê de longe a irmã caminhando na areia da praia, mas acaba atropelada.
Alice é socorrida por Felipe (papel a cargo de Luciano Szafir), herdeiro da empresa Junqueira de Albuquerque, que retornara de Nova Iorque poucas horas antes. Enquanto acompanha o tratamento dela no hospital, com o tempo Felipe se apaixona. Só que, segundo a sinopse de Gisele Joaras, os dois terão de enfrentrar alguns obstáculos: Alexandra (vivida por Francisca Queiroz), com quem teve um longo relacionamento amoroso e que é louca por ele, e Dorotéia (interpretada por Ester Góes), sua mãe, que não admite que o filho se relacione com uma moça pobre.
Do outro lado, Valquíria se envolve com Petrônio (papel de Heitor Martinez), um mau caráter que, depois de assaltar um homem na rodoviária, usa também a identidade dele para planejar golpes. No elenco, nomes como Rogério Fróes, Nicola Siri, Adriana Garambone, Otaviano Costa, Sylvia Bandeira e Jonas Bloch.
"O jogo do bem contra o mal nunca foi tão intrigante. E o destino é você quem escreve". Com este slogan, Gisele Joras (que foi vencedora de um concurso de teledramaturgia da Record) fez sua primeira novela. Brigas pelo poder, conflito de classes, e, como diz o título, muito amor e intrigas na novela que durou até 21 de julho de 2008.
Entretanto, ela não teve tanta audiência quanto se esperava, porque foi prejudicada pela TV Record. Depois de seu início às 20h30, a novela foi exibida às 21h25, às 21h50 e, por último, às 23h. Tudo porque a emissora quis dar prioridade às suas outras tramas - Os mutantes e Chamas da vida.
A TV Record também recorreu a uma fórmula bem curiosa em suas trilhas musicais: a de colocar em seus temas de abertura gravações recentes de músicas de sucesso - preferencialmente em arranjo mais pop. Foram os casos dos temas de Prova de amor (O barquinho, a cargo de Karla Sabah), Luz do sol (a música homônima, interpretada por Jorge Vercilo). Na voz de Davi Moraes, a declaração de amor mais conhecida de RC ganhou um ritmo mais acelerado para a abertura da novela Amor e intrigas.
Segue a letra! Na foto, Vanessa Gerbelli e Luciano Szafir, que fizeram o par romântico de Amor e intrigas.
Abraços a todos, Vinícius.
COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ - Roberto Carlos
Eu tenho tanto pra lhe falar Mas com palavras não sei dizer Como é grande o meu amor por você E não ha nada pra comparar Para poder lhe explicar Como é grande o meu amor por você
Nem mesmo o céu, nem as estrelas Nem mesmo o mar e o infinito Não é maior que o meu amor, nem mais bonito
Me desespero a procurar Alguma forma de lhe falar Como é grande o meu amor por você
Nunca se esqueça nem um segundo Que eu tenho o amor maior do mundo Como é grande o meu amor por você
Nunca se esqueça nem um segundo Que eu tenho o amor maior do mundo Como é grande o meu amor por você
A série Roberto Carlos em capítulos vai chegando aos seus últimos episódios. E hoje é a vez da obra de RC reencontrar um autor que teve antes tramas com músicas de RC.
Responsável pelas tramas de O dono do mundo e Pátria minha , Gilberto Braga assinou a novela que foi ao ar a partir de 5 de maio de 2007 no horário das 21h da TV Globo. PARAÍSO TROPICAL contou algumas novas histórias polêmicas com o requinte do texto de Gilberto, em parceria com Ricardo Linhares.
Antenor Cavalcanti (papel de Tony Ramos) era um megaempresário que perdeu seu filho quando ele tinha 16 anos. Casado com Ana Luísa (retorno da atriz Renée de Vielmond após cerca de 10 anos afastada da televisão), ele não permitia que ela exercesse a profissão de advogada, embora ela tenha sido responsável por sua entrada - pela porta da frente - no ramo de hotelaria.
O empresário via no filho de seu caseiro, Daniel (vivido por Fábio Assunção) um possível herdeiro de suas empresas. Ele se apaixonava por Paula (interpretada por Alessandra Negrini) e decidia ser feliz ao lado da amada numa praia do Nordeste. Só que Olavo (papel de Wagner Moura) não admite que o poder do Grupo Cavalcanti caia na mão de um reles filho de empregado. Os golpes sucessivos farão Daniel e Paula se separarem.
Ao retornar ao Rio de Janeiro, Daniel teve uma surpresa: o encontro com Taís, gêmea idêntica de Paula (também a cargo de Alessandra Negrini). Entretanto, esta era o oposto da irmã: tratava-se de uma mulher que vivia no subúrbio e estava sempre em busca de convites e notinhas com seu nome na coluna social. Paula e Taís eram filhas da dona de bordel Amélia Viana (participação especial de Suzana Vieira), mas não sabiam da existência uma da outra.
Através de Amélia (que morrerá no início da novela) e do personagem Antenor, que além de uma amante teria relações sexuais com garotas de programa, os autores mostrarão o universo da prostituição. Também havia em Paraíso tropical um casal homossexual - Rodrigo e Tiago (Carlos Casagrande e Sérgio Abreu, respectivamente). Eles tinham uma união estável de muitos anos e, além de não sofrer preconceito, não caíam no tom caricatural e humorístico.
Mas o tom mudou um pouco. O público rejeitou a história de Antenor, e o personagem de Tony Ramos abandonou o tom de homem ligado a garotas de programa. Ele se tornou um homem arrependido, e apaixonado por Lúcia (par romântico feito por Glória Pires).
Entretanto, um dado curioso chamou a atenção dos estudiosos em teledramaturgia: o sucesso de uma personagem que era prostituta. Com Bebel, Camila Pitanga viu sua consagração, com o jeito bronco dela e com bordões como "catiguria". Ao final de 2007 (meses depois do fim da novela, ocorrido em 29 de setembro de 2007), ela foi convidada para o Roberto Carlos Especial. Com RC, ela entoou Como é grande o meu amor por você.
Outro destaque foi Wagner Moura, impecável no papel de Olavo. O ator, que já se destacava no cinema, ganhou muita popularidade por sua atuação em Paraíso tropical. No elenco, ainda estavam nomes como Daniel Dantas, Marco Ricca, Isabela Garcia, Otávio Müller e Deisi Lucidy.
Assim como aconteceu em outras novelas de sua autoria, Gilberto Braga criou um "quem matou". A "gêmea má" Taís era encontrada morta em seu apartamento, e a investigação durava até o último capítulo, quando se revelava que Olavo era o assassino. Além disto, também descobria-se que Ivan (vivido por Bruno Gagliasso), tratado com tanto desprezo pela mãe Marion (papel de Vera Holtz), era herdeiro do milionário Antenor.
Roberto Carlos apareceu em Paraíso tropical como compositor. E na voz de seu amigo Erasmo Carlos, que, em dueto com Chico Buarque presente no disco Erasmo Carlos convida - Volume II.
Segue a letra! Na foto, Alessandra Negrini e Fábio Assunção, na capa do disco nacional da novela.
Abraços a todos, Vinícius.
OLHA - Roberto e Erasmo
Olha, você tem todas as coisas Que um dia eu sonhei pra mim A cabeça cheia de problemas Não me importa, eu gosto mesmo assim
Tem os olhos cheios de esperança De uma cor que mais ninguém possui Me traz meu passado e as lembranças Coisas que eu quis ser e não fui
Olha, você vive tão distante Muito além do que eu posso ter Eu que sempre fui tão inconstante Te juro, meu amor, agora é pra valer
Olha, vem comigo aonde eu for Seja minha amante e meu amor Vem seguir comigo meu caminho E viver a vida só de amor
A série Roberto Carlos em capítulos, em seus últimos episódios, traz mais uma incursão de Roberto Carlos na teledramaturgia brasileira. E prossegue no horário das 18h da TV Globo.
Entre 16 de outubro de 2006 e 12 de maio de 2007, foi ao ar a novela O PROFETA, livremente inspirado na história original de Ivani Ribeiro (exibida entre 1977 e 1978 na extinta TV Tupi). A trama conta a história de Marcos (vivido por Thiago Fragoso), rapaz que tem o dom premonitório de saber coisas que vai acontecer, mas não pode impedir.
Assim, ele prevê que seu irmão mais novo, Lucas (papel de Henrique Ramiro), vai morrer. Atormentado pela morte dele, Marcos é aconselhado por seus pais Ana e Jacó (Vera Holtz e Stênio Garcia, respectivamente) a se mudar para São Paulo. Lá, ele conhece Sônia (interpretada por Paola Oliveira), por quem se apaixona, mas não pode ter um amor porque ela é namorada de seu primo Camilo (vivido por Malvino Salvador).
Ele acaba se envolvendo com Ruth (interpretada por Carol Castro), uma pessoa gananciosa e que, ao lado do mau caráter Clóvis (vivido por Dalton Vigh), explora o dom que "o profeta" tem. E Marcos passa a trama tendo que decidir se vai pelo caminho bom de seu dom ou vai se aproveitar dele para ganhar dinheiro.
Além de criar algumas tramas e suprimir outras, a segunda versão de O profeta teve algumas mudanças. O "profeta" se chamava Eduardo (e na versão da Tupi, foi vivido por Carlos Augusto Strazzer).No entanto, a então novela das 19h global, Cobras e lagartos tinha como uma das histórias o fato dos personagens Duda e Foguinho se chamarem Daniel. A saída foi colocar no protagonista o nome de Marcos.
Mas a mudança mais significativa veio por uma "estratégia" da TV Globo. A novela original se passava no período contemporâneo, e na versão de Duca Rachid e Thelma Guedes, a trama foi ambientada na década de 1950. O horário das 18h tinha se tornado associado a "novelas de época", como os sucessos O cravo e a rosa, Chocolate com pimenta e Alma gêmea. A Globo achou melhor manter a estratégia, que mais tarde seria revista.
Roberto Carlos apareceu em O profeta como compositor, numa gravação que apareceu pela segunda vez na história da teledramaturgia. Depois de ser um dos temas de Dona Anja em 1996, um dueto entre Adriana Calcanhotto e Erasmo Carlos apareceu em outra emissora. E desta vez, foi tema de Ester (vivida por Vera Zimmermann), irmã de Marcos.
Segue a letra! Na foto, Vera Zimermann no papel de Ester.
Abraços a todos, Vinícius.
DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO - Roberto e Erasmo
Eu, cada vez que vi você chegar, Me fazer sorrir e me deixar Decidido, eu disse nunca mais
Mas, novamente estúpido provei Desse doce amargo quando eu sei Cada volta sua o que me faz
Vi todo o meu orgulho em sua mão Deslizar, se espatifar no chão Vi o meu amor tratado assim
Mas, basta agora o que você me fez Acabe com essa droga de uma vez Não, não volte nunca mais pra mim
Acabe com essa droga de uma vez Não, não volte nunca mais...
Eu, toda vez que vi você voltar, Eu pensei que fosse pra ficar E mais uma vez falei que sim
Mas, já depois de tanta solidão Do fundo do meu coração Não volte nunca mais pra mim
Se você me perguntar se ainda é seu Todo o meu amor, eu sei que eu Certamente vou dizer que sim
Mas, já depois de tanta solidão Do fundo do meu coração Não volte nunca mais pra mim
Do fundo do meu coração Não volte nunca mais pra mim...
A série Roberto Carlos em capítulos vai chegando aos seus últimos episódios. Esta sequência vem trazendo músicas assinadas por RC que marcaram época em produtos de teledramaturgia do país.
Em 2005, a generosidade de RC com a teledramaturgia não ficou restrita à canção A volta para América. Ele também cedeu uma música que lançaria no fim do ano para a novela das 18h, que estreou em 20 de junho de 2005.
ALMA GÊMEA estreou em 20 de junho de 2005, para falar de duas pessoas apaixonadas que depois de separadas por uma tragédia seguiam em busca do reencontro através de suas almas. Rafael e Luna (respectivamente, Eduardo Moscovis e Liliana Castro) tinham seu grande amor interrompido por causa da ganância de Cristina (papel de Flávia Alessandra).
Cristina, prima de Luna, não admitia o fato dela ser rica e casada com o homem que sempre desejou. Ela se mancomunava com dois bandidos que, ao fim do espetáculo de estréia da prima, tentavam roubar as jóias de família que Luna tinha herdado. Um dos bandidos tentava disparar contra Rafael, mas Luna se jogava em sua frente, e morria.
Alguns momentos depois do assassinato de Luna, nascia num casebre indígena Serena (vivida por Priscilla Fantin). Os anos iam se passando, e a índia seguia vendo num lago a imagem de uma rosa branca. O pajé da aldeia dizia que ela possuía um sonho dentro de si, e que, mais cedo ou mais tarde, deveria buscá-lo.
Mesmo prometida ao índio José Aristides (interpretado por André Gonçalves), Serena deixava a aldeia e ia para a cidade de Roseiral, onde acabava sendo contratada por Cristina para trabalhar na casa do florista Rafael. Em sua primeira visita à casa, Serena sentia algo pelo lugar, pela imagem de Felipe (filho de Rafael, feito por Sidney Sampaio) e ela e Rafael sentiam um momento mágico ao se reencontrarem. Ela era a reencarnação de Luna, que Rafael jamais havia esquecido, o que foi mostrado ao fim da novela, em 12 de março de 2006.
Com a temática espírita e trazendo núcleos de humor muito interessantes, Walcyr Carrasco novamente criou um grande sucesso de audiência para a TV Globo. O sucesso de Alma gêmea foi tanto que seus índices superaram muitas vezes as outras duas novelas da emissora - Bang bang e Belíssima.
No elenco, destaque para Ana Lúcia Torre, no papel de Débora, a asquerosa vilã e mãe de Cristina, para Drica Moraes e Malvino Salvador, como os "eles-se-bicam-mas-se-amam" Olívia e Vitório, e o trio Osvaldo, Divina ("Osvaldo, não fale assim com a mamãe!") e Ofélia feito por Fúlvio Stefanini, Neusa Maria Faro e Nicette Bruno.
Roberto Carlos aceitou liberar a gravação por ter gostado da temática abordada na novela - um amor que vai além da vida, um encontro de "almas gêmeas". Em seu especial de fim de ano de 2005, Roberto Carlos interpretou o tema da personagem Serena em Alma gêmea. Enquanto cantava no palco do Roberto Carlos Especial, ao fundo apareciam imagens da protagonista da novela.
Segue a letra! Na foto, um momento do Roberto Carlos Especial de 2005.
Abraços a todos, Vinícius.
ÍNDIA - Manoel Ortiz Guerrero e José Asunción Flores (versão de José Fortuna)
Índia, teus cabelos nos ombros caídos Negros como a noite que não tem luar Teus lábios de rosa para mim sorrindo E a doce meiguice desse teu olhar Índia da pele morena, tua boca pequena Eu quero beijar
Índia, sangue tupi Tem o cheiro da flor Vem, que eu quero te dar Todo meu grande amor
Quando eu for embora para bem distante E chegar a hora de dizer-lhe adeus Fica nos meus braços só mais um instante Deixa os meus lábios se unirem aos teus Índia , levarei saudade da felicidade Que você me deu
Índia, a tua imagem Sempre comigo vai Dentro do meu coração Flor do meu Paraguai...