sábado, 27 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - SONRÍE



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português mostra hoje um capítulo à parte. Afinal, trata-se de uma versão presente num disco de RC para o mercado brasileiro, mas cantada em espanhol.

Roberto Livi levou para sua língua a canção Smile, música que CHARLES CHAPLIN compôs para o filme Tempos modernos. Chaplin, ou "Carlitos", dispensa comentários. Um dos maiores artistas que o cinema já teve e que foi capaz de fazer seus filmes sobreviverem mesmo com o advento do cinema sonoro e seus progressos em efeitos sonoros e visuais.

O cineasta, ator, roteirista, compositor e diretor foi lembrado por Roberto Carlos em seu especial de 1982. Além de se caracterizar de Carlitos cantando Emoções e num clipe de Cama e mesa (com participação da atriz Myriam Rios), o cantor lembrou que fazia cinco anos da morte de Chaplin.

Mas, em 1989, RC deu um jeito de voltar a ficar em contato com ele. A versão de Roberto Livi deu nome ao álbum lançado no mercado latino no início daquele ano.



Segue a letra! Na foto do início, Roberto Carlos caracterizado de Charles Chaplin em seu Roberto Carlos Especial de 1982.

Abraços a todos, Vinícius.

SONRÍE (Smile) - Charles Chaplin, John Turner e Geofrey Parsons (versão de Roberto Livi)

No, ya no pienses en llorar
De que vale lamentar
Lo pasado pasó
Si ese amor terminó
Otro amor puede llegar
Nunca es tarde para amar
Y volver a ser feliz
Sonríe

No, para que la soledad
Cuando la felicidad
Puede hacerte sentir
Como es lindo vivir
Nunca dejes de soñar
Y mañana al despertar
Ve la vida con amor
Sonríe

No, para que la soledad
Cuando la felicidad
Puede hacerte sentir
Como es lindo vivir
Nunca dejes de soñar
Y mañana al despertar
Ve la vida con amor
Sonríe

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - SE VOCÊ ME ESQUECEU



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em português prossegue mostrando as versões que fazem parte do repertório real. A versão de hoje é o mesmo autor da canção do último post.

A segunda metade da década de 1980 explicitou o bom relacionamento de RC com os países "hermanos", e neste momento o nome de Roberto Livi apareceu com freqüência nos discos anuais. A primeira foi mostrada no post anterior - e acabou ajudando Roberto a ganhar o Grammy Latino de 1989.

No fim daquele ano, Roberto Carlos voltou a incluir em seu repertório uma canção de Roberto Livi. A música fez parte do especial mas de forma inusitada: ela foi interpretada em sua língua original - gravação lançada apenas para o mercado latino. Esta foi a maneira do cantor agradecer ao público hispânico pelo carinho.

No bloco em que cantou no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, RC disse: "Quiero dedicar esta canción a todos mis amigos de Latinoamerica y a todo el mundo hispánico. Gracias". O agradecimento ao público que o conheceu cantando não só em bom português, mas também na lígnua hispânica.

Esta canção recebeu letra em português de Carlos Colla, o compositor mais presente no repertório de Roberto Carlos. No LP de 1989, ele também assina a faixa Se você pretende, em parceria com Mauro Motta.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos na contracapa de seu disco de 1989.

Abraços a todos, Vinícius.

SE VOCÊ ME ESQUECEU (Si me vas a olvidar) - Roberto Livi (versão de Carlos Colla)

Se você me esqueceu
Se esse foi seu desejo
Eu não vou mais chorar
Recordando seu beijo
E prefiro pensar
Que não está terminado
O sonho do passado
Aquele grande amor

Se você me esqueceu
Para que despedida
Eu não quero esse adeus
Pra lembrar toda vida

É melhor recordar
O que juntos vivemos
De tudo que tivemos
Os sonhos desse amor

Se você me esqueceu
Vai ficar a lembrança
Meu amor por você
De esperar não se cansa

E direi ao coração
Que é demais esse preço
Mesmo assim não te esqueço, não
Se você me esqueceu

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - SE O AMOR SE VAI



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português hoje abre espaço para um artista que é presença constante na carreira de RC desde a década de 1980. Tanto como compositor quanto como produtor.

Antes desta parceria com seu xará, ROBERTO LIVI chegou a lançar algumas músicas com a turma da Jovem Guarda - a mais bem-sucedida foi Parabéns, querida. Só que na década de 1970 ele já voltaria para a Argentina.

Passado um tempo no exterior, Livi retornou ao Brasil e se destacou como produtor musical de artistas como Sidney Magal e José Augusto. Mas a decisiva ida a Miami o tornaria fundamental para a carreira de Roberto: ele passaria a ser o produtor dos discos que Roberto Carlos lançaria para o mercado latino.

Com o tempo, Roberto passou a lançar músicas somente para seus discos do exterior. Dentre elas, algumas de Roberto Livi. Mostrando sua afinidade com o mercado latino, no final da década de 1980 RC dedicava uma faixa em espanhol e outra com versão em português de uma música desta língua.

A primeira data de 1988 e, através dela, viria o primeiro Grammy Latino de Roberto Carlos (com o LP Volver). RC e Carlos Colla falaram em bom português sobre o que acontece "se o amor se vai".

Segue a letra! Na foto, Roberto Livi na capa de um de seus discos.

Abraços a todos, Vinícius.

SE O AMOR SE VAI (Si el amor se va) - Roberto Livi e Bebu Silvetti (versão de Roberto Carlos e Carlos Colla)

Se o amor se vai, que vazio imenso
Fica em nossa vida, Quanta solidão
Se o amor se vai, vão-se as alegrias
E sem fantasias
Sofre o coração

Quando já não está sob a luz da lua
As pequenas ruas já não são iguais
Se o amor se vai, se o amor se vai
Pobres namorados choram separados
Por razões banais

Se o amor se vai, lágrimas no tempo
Choram por momentos que não voltam mais
Se o amor se vai tudo o que se passa
Já não tem mais graça
Nada satisfaz

Mas se o amor está, tudo faz sentido
Tudo é permitido, tudo fica em paz
Se o amor se vai, se o amor se vai
É que a gente aprende, é que a gente sente
A falta que ele faz

Se o amor se vai, a quem dar as flores
Se não há amores para conquistar
Se o amor se vai, quanta nostalgia
Na canção que um dia
Só nos fez sonhar

Mas se o amor está
Tudo é de verdade
E a felicidade
Chega pra ficar

Tudo o que sonhei
Seu amor me dá
Fica mais comigo
Quando estou contigo
O amor está

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - TODO MUNDO ESTÁ FALANDO



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português dá um salto de três anos para encontrar uma nova canção que RC aportuguesou no seu repertório. Desta vez, ele recorreu a uma canção de um artista de destaque na música americana durante as décadas de 1960 e 1970.

Nascido em Ohio no ano de 1936, FRED NEIL teve suas canções interpretadas por nomes como Bobby Darin (que abriu a nossa série) e pelo cantor Paul Anka. Os discos de Neil tiveram como característica um jeito despretensioso, que fugia do "comercial" na música americana.

Seus discos de maior destaque são Bleeker & MacDougal, de 1965, e Fred Neil, de 1967. A partir da década de 1970, Fred passou a morar na Flórida, onde abriu uma lanchonete na qual fazia apresentações musicais. Sua última apresentação em público é datada de 1986, 15 anos antes de seu falecimento, em virtude de um câncer.

A música de Fred Neil influenciou artistas como James Taylor e Paul Simon. E em 1987, exatos 20 anos depois do lançamento de uma de suas músicas mais cultuadas, Roberto Carlos gravou em seu LP uma versão em bom português do repertório de Fred Neil. Everybody's talking (conhecida pela gravação de Harry Nilsson para o filme Midnight cowboy) encerra o LP daquele ano, com Roberto falando à sua maneira sobre os ecos das coisas que todo mundo está falando.

Segue a letra! Na foto, Fred Neil.

Abraços a todos, Vinícius.

TODO MUNDO ESTÁ FALANDO (Everybod's talking) - Fred Neil (versão de Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Todo mundo está falando
Tanta coisa ao mesmo tempo
São tantos ecos na minha mente
Vejo rugas nos seus olhos
E tensão nos seus semblantes
O que procuram à sua frente
Deve ser um lugar
Onde o céu está ao alcance da mão
E onde é primavera todo o ano
Onde o amor se derrama inteiro
Sobre o seu coração
Como a chuva que cai no oceano

Deve ser um lugar
Onde o céu está ao alcance da mão
E onde é primavera todo o ano
Onde o amor se derrama inteiro
Sobre o seu coração
Como a chuva que cai no oceano

Todo mundo está falando
Tanta coisa ao mesmo tempo
São tantos ecos na minha mente

São tantos ecos na minha mente
E esse lugar está no coração

Todo mundo está falando...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - EU TE AMO



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português apresenta hoje a terceira versão do LP de 1984. Uma versão muito aguardada na obra de RC.

Roberto fez parte da turma que trouxe o "iê-iê-iê" para o Brasil através da Jovem Guarda. Mas, ao contrário de outros cantores das "jovens tardes de domingo", os Beatles só apareceram em bom português na sua discografia bem depois do movimento acabar.

E realizou o momento de encontro de um trio de compositores fantástico. JOHN LENNON e PAUL McCARTNEY escreveram mais de 200 músicas, e a maioria delas faz parte do inconsciente coletivo de todo o planeta.

A música escolhida para a versão de Roberto Carlos havia sido lançada 20 anos antes pelos Beatles. Roberto a deixou mais lenta, no arranjo feito por Chiquinho de Moraes, adocicando ainda mais a melodia desta dupla fantástica. A música em português teria relativo destaque também em 1992, na voz da dupla Zezé Di Camargo & Luciano.

Em seu especial de fim de ano, RC contou sobre a terceira versão de seu disco de 1984:

"A obra de um homem pode ser imortal. Eu fiz uma versão de uma canção de John Lennon e Paul McCartney. E batizei com uma frase que Lennon disse muito em sua vida: EU TE AMO".

Nada mais a dizer. Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos na companhia dos quatro Beatles, em imagem de seu especial de 1981.

Abraços a todos, Vinícius.

EU TE AMO (And I love her) - John Lennon e Paul McCartney (versão de Roberto Carlos)

Foi tanto o que eu te amei
E não sabia
Que pouco a pouco eu, eu te perdia
Eu te amo

E aquele louco amor
Inesquecível
Tirar do coração, é impossível
Eu te amo

Te amei demais
Enlouqueci
Brigas banais
Te perdi

O tempo já passou
E eu não consigo
Calar meu coração e às vezes digo
Que te amo

Te amei demais
Enlouqueci
Brigas banais
Te perdi

O tempo já passou
E eu não consigo
Calar meu coração e às vezes digo
Que te amo

Eu te amo
Eu te amo
Eu te amo
Eu te amo
Que eu te amo...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - CAMINHONEIRO



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português mostra mais uma versão de 1984. Mas desta vez, a versão veio num período posterior ao lançamento do LP anual de Roberto Carlos.

Em dezembro de 1984, uma das faixas do LP trouxe uma homenagem aos caminhoneiros assinada por Roberto Carlos e Erasmo Carlos. A música teve um sucesso imediato, no primeiro dia tocou mais de 3 mil vezes nas rádios do Brasil.

Algum tempo depois, foi descoberta a semelhança entre a melodia de Caminhoneiro e da música Gentle on my mind em oito notas. Um ex-tecladista da banda de Roberto Carlos gravou um disco só de músicas instrumentais e, na edição, apareceu creditado como uma versão da música americana. A partir de então, houve um acordo para que, nas próximas edições, constasse o nome do autor dela como coautor da melodia de Caminhoneiro.

Lançada em 1967, "Gentle on my mind" é o primeiro sucesso de JOHN HARTFORD. No mesmo ano, o cantor Glen Campbell a gravou, e fez com que o sucesso tomasse grandes proporções, ao ponto da música render quatro Grammy - dois deles para Hartford.

Além de cantar, John se destacou como instrumentista - se apresentava invariavelmente tocando banjo ou violino. Uma de suas canções de maior destaque foi Aereo-plain, já tendo o auxílio de uma banda. Mas seria por um disco solo que voltaria a ganhar um Grammy - Mark Twang.

Na década de 1970, ele trabalhou como piloto de barco a vapor em todos os verões, o que renderia um livro infantil duas décadas depois - Steamboat in Cornfield. Ainda foi premiado com um Grammy por suas canções para o filme O brother, where art thou.

Nascido em 1937, John Hartford encerrou sua carreira aqui na Terra no ano de 2001, deixando cerca de 30 discos gravados e um pioneirismo ao investir num estilo de música chamado "newgrass recording". Nesta época, estava fazendo uma turnê intitulada Down from the mountain, além de trabalhar para escrever a biografia do violinista cego Ed Haley - a quem dedicou o disco Wild hog at red Bush.

Em 1984, parte de uma melodia de John Hartford escrevera 47 anos antes se assemelhou à música usada por Roberto e Erasmo Carlos para narrar o cotidiano de um grande herói das estradas - o caminhoneiro. Em bom português, Roberto Carlos seguiu a estrada de mais uma música de sucesso de seu repertório.

Segue a letra! Na foto, John Hartford

Abraços a todos, Vinícius.

CAMINHONEIRO (Gentle on my mind) - John Hartford (versão de Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Todo dia quando eu pego a estrada
Quase sempre é madrugada
E o meu amor aumenta mais

Porque eu penso nela no caminho
Imagino seu carinho
E todo o bem que ela me faz

A saudade então aperta o peito
Ligo o rádio e dou um jeito
De espantar a solidão

Se é de dia eu ando mais veloz
E à noite todos os faróis
Iluminando a escuridão

Eu sei
'Tô correndo ao encontro dela
Coração 'tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela

Eu sei
Todo dia nessa estrada
Do volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela

Já rodei o meu país inteiro
Como bom caminhoneiro
Peguei chuva e cerração
Quando chove o limpador desliza
Vai e vem no parabrisa
E bate igual, meu coração

Doido pelo doce do seu beijo
Olho cheio de desejo
Seu retrato no painel
É no acostamento dos seus braços
Que eu desligo meu cansaço
E me abasteço desse mel

Eu sei
'Tô correndo ao encontro dela
Coração 'tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela

Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela

Todo dia quando eu pego a estrada
Quase sempre é madrugada
E o meu amor aumenta mais
Olho o horizonte e vou em frente
'Tô com Deus e vou contente
Meu caminho eu sigo em paz

Eu sei
'Tô correndo ao encontro dela
Coração 'tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela

Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela

O nome dela...
O nome dela...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - CARTAS DE AMOR


Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português salta mais uma década na discografia de RC. E neste e nos próximos dois posts, traz todas as versões de um disco só: 1984.

A música de hoje é parceria de VICTOR YOUNG e EDWARD HEYMAN, uma dupla de destaque nas trilhas de cinema americano. Mas, ao contrário de parcerias como a de Roberto e Erasmo, esta dupla tinha suas tarefas bem definidas: Young na música e Heyman na letra.

Victor nasceu em em 8 de agosto de 1899, e faleceu em 10 de novembro de 1956. Em seu currículo, há 22 indicações ao Oscar por "trilha sonora" ou "canção original", mas nunca recebeu nenhum prêmio. Reservaram para 1956, ano de sua morte, uma menção honrosa, afinal, Victor Young também era produtor musical de muitos cinemas.

Nascido em 14 de março de 1907 e morto em 16 de outubro de 1981, Edward estudou música na Universidade de Michigan. Em 1975, sua obra foi reverenciada no "Hall da Fama" dos compositores dos Estados Unidos.

A canção que Roberto Carlos incluiu em seu LP de 1984 foi escrita para um filme. Baseado no livro de Christopher Massie, Love letters recebeu o título de Um amor em cada vida quando veio para o Brasil.

No filme, um homem sensível escreve cartas para a mulher que ama. No entanto, por se achar feio, acaba fazendo com que suas cartas sejam atribuídas a um brutamontes. Mal recebido pela crítica, Um amor em cada vida traz destaque para a bela atriz Jeniffer Jones.



Mas Love letters rende uma situação interessante na Música Popular Brasileira. Além da versão cantada por RC, a música também foi interpretada em português por Nara Leão. Mas em seu LP My foolish heart, de 1989, ela recebeu outra letra, assinada por Nelson Motta:

Quantas canções pelo ar
Cartas de amor pelo chão
Tantas lembranças não cabem mais
Em nenhum canto do coração.

Já não consigo escrever
Já não suporto reler
Tantas palavras de amor
Não são amor, são só palavras e só

Mas, só um sonho bom
Só que já se sonhou
Sei, que há muito mais pra sonhar
E pra viver do que se sonhou

Mas sei, que sonhar não faz
Nada voltar atrás
Sei, que é melhor viver e amar
Que só sonhar


Mas em 1984, Roberto Carlos apresentou uma música que recebeu letra em português de Lourival Faissal. E ela também falou da saudade trazida naquelas cartas de amor.

Segue a letra! Na foto, Jeniffer Jones.

Abraços a todos, Vinícius.

CARTAS DE AMOR (Love letters) - Edward Heyman e Victor Young (versão de Lourival Faissal)

Ontem, amor, eu reli
As cartas que te escrevi
Frases repletas de amor
Que por você eu senti, sofri

Ontem, amor, revivi
Lembranças do nosso amor
Nas velhas frases que meu coração ditou
Naquelas cartas de amor

Ontem, amor, revivi
Lembranças do nosso amor
Nas velhas frases que meu coração ditou
Naquelas cartas de amor...

P.S.: em virtude do carnaval, o blogue Emoções de Roberto Carlos volta a ser atualizado na Quarta-feira de Cinzas, dia 17 de fevereiro.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Projeto Emoções em Alto-Mar



Olá, amigos.

Chegou ao fim mais uma temporada do Projeto Emoções em Alto-Mar. Desta vez, Roberto Carlos se lançou ao mar em dose dupla. Foram dois momentos diferentes a bordo do Costa Concórdia, e RC passeou pelo litoral brasileiro trazendo muitas emoções.



Roberto Carlos chegou ao cais de Santos no dia 30 de janeiro a bordo de um triciclo. Mas desta vez ele não preferia as curvas da Estrada de Santos. Ele se preparava para ser o comandante dos corações daqueles que zarparam nas duas viagens.



O show apresentado nas noites do cruzeiro foi basicamente o mesmo do que vem sendo montado na turnê em homenagem aos 50 anos de carreira do cantor. Mas o repertório trouxe algumas mudanças sutis:

Abertura
Emoções
Eu te amo, te amo, te amo
Além do horizonte
Amor perfeito
Detalhes
Outra vez
Na paz do seu sorriso
Nossa Senhora
Do fundo do meu coração
I'm in the mood for love
Mulher pequena
A mulher que eu amo
Proposta
É proibido fumar / Namoradinha de um amigo meu / Quando / E por isso estou aqui / Jovens tardes de domingo / Emoções
Como é grande o meu amor por você
É preciso saber viver
Champagne
Jesus Cristo
Comandante do seu coração


Além da inclusão de momentos musicais exclusivos do cruzeiro - o brinde ao som de Champagne, música interpretada por Peppino di Capri, e o "bis" com Comandante do seu coração, a canção Na paz do seu sorriso (que abre o LP de 1979) foi resgatada.

E Eduardo Lages convenceu Roberto a incluir I'm in the mood for love, balada gravada por artistas como Doris Day e Rod Stewart. Neste número, RC tem a companhia de uma bailarina. Os dois dançam atrás de uma cortina, e o público vê somente a silhueta do par.



Em sua coletiva de imprensa, Roberto Carlos apontou as três coisas de que mais gosta. Em primeiro lugar: sexo com amor. Em segundo lugar: sexo ("e quem discordar é por hipocrisia"). E em terceiro lugar: sorvete.

O cantor declarou que a música A mulher que eu amo, gravada especialmente para ser o tema do casal principal Helena e Marcos (vividos por Taís Araújo e José Mayer, respectivamente) em Viver a vida foi escrita entre 1998 e 2002. Embora esteja gostando de ela fazer parte da novela, RC faz uma ressalva: "Como é que vão tocar a música se o casal está brigando? No começo era aquela lua-de-mel, aí fazia sentido. Mas com briga não dá, não tem clima."

Clima teve mesmo quando Roberto cantou uma música de um repertório diferente neste cruzeiro. De seu inglês veio a interpretação para I'm in the mood for love.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos, o senhor comandante.

Abraços a todos, Vinícius.

I'M IN THE MOOD FOR LOVE - Jimmy McHugh e Dorothy Fields

I'm in the mood for love
Simply because you're near me
Funny, but when you're near me
I'm in the mood for love
Heaven is in your eyes

Bright as the stars we're under
Oh, is it any wonder
That I'm in the mood for love?
Why stop to think of whether
This little dream might fade?
We've put our hearts together

Now we are one, I'm not afraid
And if there's a cloud above
If it should rain, we'll let it
But for tonight forget it
I'm in the mood for love

Oh yeah
Why stop to think of whether
This little dream might fade?
We've put our hearts together
Now we are one, I'm not afraid
And if there's a cloud above

If it should rain, we'll let it
But, for tonight, forget it
Cause I'm in the mood for love
I'm in the mood for love
For love, for love

P.S.: a série Roberto Carlos em bom português volta no dia 11 de fevereiro.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - TERNURA




Olá, amigos.

A série "Roberto Carlos em bom português" traz hoje o registro de uma leitura de RC para um sucesso da Jovem Guarda. E um sucesso responsável por ser o apelido de sua maninha Wanderléa. É hora de sabermos um pouco da história original da autora de Ternura.

ESTELLE LEVITT foi compositora, cantora e atriz. Seu filme de maior de destaque foi a comédia Flap, lançada em 1970. É autora de músicas como This door swings both wats e The goodbye trees, ambas escritos com Carl D'Enrico.

Considerada uma das mais expressivas compositoras do "bluesy folk funk", Estelle teve foi consagrada como cantora pela gravação de All I dream. Somehow it got to be tomorrow, assinada por Estelle Levitt com Kevin Karren, teve sua letra versionada por Rossini Pinto.

E depois de Wanderléa, em 1977, foi a vez de Roberto Carlos colocar em seu LP a tristeza de alguém que prometia amor eterno e agora vinha dizendo adeus. O fato de esta música estar em ambos os repertórios faria com que a música estivesse presente em alguns duetos dos cantores - em 1978, em 1990 e no show dos 50 anos de Roberto Carlos no Maracanã.

Segue a letra! Na foto, o rótulo de um compacto de Estelle Levit.

Abraços a todos, Vinícius.

TERNURA (Somehow it got to be tomorrow) - Estelle Levitt e Kenny Karren (versão de Rossini Pinto)

Uma vez você falou que era meu o seu amor
E ninguém ia separar você de mim
Agora você vem dizendo adeus
Que foi que eu fiz pra que você me trate assim?
Todo o amor que eu guardei a você eu entreguei
Eu não suporto tanta dor, tanto sofrer
Agora você vem dizendo adeus
Que foi que eu fiz pra que você me trate assim?

Toda a ternura que eu lhe dei
Ninguém no mundo vai lhe ofertar
E seus cabelos só eu sei
Como afagar

O meu pobre coração já não quer mais ilusão
Já não suporta mais sofrer ingratidão
Agora você vem dizendo adeus
Que foi que eu fiz pra que você me trate assim?

Agora você vem dizendo, dizendo adeus
Que foi que eu fiz pra que você me trate assim?

Agora você vem dizendo adeus
Que foi que eu fiz pra que você me trate assim?

P.S.: no próximo post, o Emoções de Roberto Carlos fala sobre o Projeto Emoções em Alto-Mar.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - EU ME RECORDO



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português hoje muda de década na safra de versões interpretadas por RC. Vem a década de 1970, na qual Roberto iria se aproximar ainda mais do mercado latino, lançando discos com músicas de sua safra vertidas para o castelhano e até se arriscando a cantar canções originais de outros países.

É o caso da canção de hoje. Yo te recuerdo foi cantada em seu idioma original no disco que foi para o exterior, mas RC a incluiu também em seu disco do ano de 1974. Mas houve um dado curioso: a gravação de seu álbum difere da lançada no meio daquele ano. No LP As 14 mais, Eu me recordo (título da versão feita pelo próprio Roberto), o cantor tem a doce companhia do piano do autor - ARMANDO MANZANERO.

Nascido no México em 1935, Manzanero é um artista respeitadíssimo no mercado internacional. Suas mais de 400 músicas já receberam interpretações de grandes artistas - desde Frank Sinatra, Tony Bennett e Elvis Presley até os mais recentes, como Cristina Aguillera e Luis Miguel. E, curiosamente, no ano passado, fez 50 anos que ele gravou seu primeiro compacto (Mi primera grabación).

Além da versão citada hoje, Armando Manzanero apareceu como autor por três vezes na discografia de Roberto - Por fin, mañana (de 1978), Esta tarde vi llover (gravada em 1979 e em 1997, no disco Canciones que amo) e em Me vuelves loco (presente somente no LP lançado para o mercado latino de 1981). Ele também esteve presente no Roberto Carlos Especial de 1977, num pout-pourri que teve It's impossible, Propuesta (sim, Proposta em espanhol!) e Esta tarde vi llover.

Mas no ano de 1974, Roberto Carlos encerrou seu LP com a primeira participação de Armando Manzanero como autor em sua discografia. Era a forma de falar de uma recordação que continuava presente mesmo depois de tantos anos.

Segue a letra! Na foto, Armando Manzanero.

Abraços a todos, Vinícius.

EU ME RECORDO (Yo te recuerdo) - Armando Manzanero (versão de Roberto Carlos)

Eu me recordo
Mesmo depois de tantos anos
Eu me recordo
Ainda hoje tudo que fomos

Como recordo que muitas vezes
Nós apenas nos olhamos
Nos abraçamos
E com ternura entre beijos nos amamos

Eu te recordo
Em cada dia que amanhece
Se a minha estrela
Está sorrindo ou se entristece

Em cada pássaro que voa
Em cada tarde que anoitece
E numa gota de orvalho
Como uma lágrima que cai de uma rosa
Eu te recordo
Porque nunca te esqueci...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - ESQUEÇA



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português chega ao ano de 1966, trazendo mais uma curiosidade da música original que RC gravaria em português. E, curiosamente, mais um Bobby na lista de autores de Roberto.

BOBBY RYDELL, nome artístico de Robert Louis Rydell, nasceu em 26 de abril de 1942 na Filadélfia. Sua primeira aparição foi no Paul Whiteman Show, fazendo imitações. Mais tarde, passou a fazer parte da banda Rocco and the Saints, com Frankie Avalon.

Sua carreira internacional começou a ter destaque depois de fazer parte da Carmeo Records. O sucesso rendeu participação no filme Bye, bye, Byrdie, ao lado de Dick van Dyke e Ann Margaret.

Considerado o primeiro "American teen idol" do início do rock'n roll, Bobby Rydell conseguiu na década de 1960 ter 34 músicas em destaque nos 40 maiores sucessos da Billboard Magazine - o mais popular foi Wild one, de 1960.

Em 1966, Roberto Carlos cantou em bom português uma das canções do repertório de Bobby Rydell. Forget him, assinada por Mark Anthony (não há informações sobre o autor da canção), foi aportuguesada por Roberto Côrte Real - produtor da CBS, que levou Roberto Carlos para a gravadora com o propósito de lançar um "novo Sérgio Murilo".

Segue a letra! Na foto, Bobby Rydell.

Abraços a todos, Vinícius.

ESQUEÇA (Forget him) - Mark Anthony (versão de Roberto Côrte Real)

Esqueça, se ele não te ama
Esqueça, se ele não te quer
Não chore mais, não sofra assim
Porque posso te dar amor sem fim
Ele não pensa em querer-te
Te faz sofrer e até chorar, oh, oh,
Não chore mais, vem pra mim, vem
Não sofra, não pense, não chore mais, meu bem

Esqueça! Esqueça! Não chore mais, esqueça!

Ele não pensa em querer-te
Te faz sofrer e até chorar, oh, oh,
Não chore mais, vem pra mim, vem
Não sofra, não pense, não chore mais, meu bem

Não chore mais meu bem

Não chore mais meu bem

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - LOBO MAU



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português apresenta hoje uma das versões mais bem-sucedidas na voz de RC. Em especial, por estar no disco Jovem Guarda, nome do movimento que Roberto liderou a partir de 1965.

A fase do descompromisso e das preocupações sempre serem ter um carro e correr atrás dos brotos se assemelhava muito à realidade norte-americana. Uma das canções que refletiram esta época foi The wanderer, de Earnest Mareska. Curiosamente, o primeiro intérprete desta canção foi Dion Di Mucci (autor de algumas músicas vertidas para o português na voz de RC).

The wanderer influenciaria um filme lançado no ano de 1979 - The wanderers, que recebeu o título em português de Gangue da pesada. E "the wanderer" se tornou "lobo mau".

Segue a letra! Na foto, o cartaz do filme The wanderes.

Abraços a todos, Vinícius.

LOBO MAU (The Wanderer) (Ernest Mareska, versão de Hamilton di Giorgio)

Eu sou do tipo que não gosta de casamento
E tudo que eu faço, falo é fingimento
Eu pego o meu carro e começo a rodar
E tenho mil garotas, uma em cada lugar
Me chamo lobo mau, me chamo lobo mau
Eu sou o tal, o tal, o tal, o tal, o tal, o tal, o tal

Eu rodo, rodo, rodo e nunca penso parar
Se vejo um broto lindo logo vou conquistar
Todos os rapazes têm inveja de mim
Mas eu não dou bola, porque sou mesmo assim
Me chamo lobo mau, me chamo lobo mau
Eu sou o tal, o tal, o tal, o tal, o tal, o tal, o tal

Eu estou sempre por aí a rodar
Eu jogo a rede em qualquer lugar
Garotas vivem a brigar por mim
Mas nem mesmo sei porque sou mau assim

Mas sei que gosto de garota a me rodear
Eu gosto de beijar, depois então me mandar
E quando estou rodando e não tenho onde ir
Fico até na dúvida com qual eu vou sair
Me chamo lobo mau, me chamo lobo mau
Eu sou o tal, o tal, o tal, o tal , o tal, o tal, o tal