sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Roberto Carlos, um estilo de música - GUARÂNIA



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos, um estilo de música traz hoje uma incursão de Roberto num estilo mais "antigo" da Música Popular Brasileira. Mas, apesar de seu tradicionalismo, esta vertente é mais ou menos recente na obra de Roberto Carlos.

Estudiosos afirmam que a GUARÂNIA foi introduzida na Música Popular Brasileira graças a um trabalho de pesquisa realizado por Raul Torres, Nhô Pai, Ariovaldo Pires e Mario Zan. Estilo de origem paraguaia, com andamento lento e geralmente em tom menor, a guarânia foi muito usada na música sertaneja a partir da década de 1940.

Outra versão sobre a chegada da guarânia no cancioneiro daqui mostra que ela teria sido introduzida por paraguaios vindos para o Brasil durante o Ciclo da Erva Mate, em especial na divisa com o Mato Grosso do Sul. A idéia fica mais forte numa análise das canções folclóricas deste estado, que trazem uma batida semelhante à da guarânia.

Apesar dos sertanejos já adequarem o ritmo à sua maneira de cantar desde a década anterior, foi a partir de 1951 que a guarânia se tornou popular. Os responsáveis são a dupla Cascatinha e Inhana, que lançaram um compacto histórico. No lado B, trazia Meu primeiro amor, versão de Lejanias. E no lado A, outra versão de música paraguaia também a cargo do autor José Fortuna.

Além de gravá-la, Roberto ainda usou o disco de 2005 para divulgar uma guarânia escrita em parceria com Erasmo. Arrasta uma cadeira mostra a história de amigos que falam de vontade, de saudade e de mulher num ritmo bem próximo do sertão sul-matogrossense.

A canção com a qual encerro este tópico seria gravada por Gal Costa e também por Chitãozinho & Xororó (num encontro musical com Ângela Maria), mas a gravação de RC é de arrepiar e até serviu pra falar de almas gêmeas de uma novela global.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em registro para a contracapa do disco de 2005.

Abraços a todos, Vinícius.

ÍNDIA - Manuel Ortiz Guerrero e Jose Assunción Flores (versão de José Fortuna)

Índia, teus cabelos nos ombros caídos
Negros como a noite que não tem luar
Teus lábios de rosa para mim sorrindo
E a doce meiguice desse teu olhar
Índia da pele morena, tua boca pequena
Eu quero beijar

Índia, sangue tupi
Tem o cheiro da flor
Vem, que eu quero te dar
Todo meu grande amor

Quando eu for embora para bem distante
E chegar a hora de dizer-lhe adeus
Fica nos meus braços só mais um instante
Deixa os meus lábios se unirem aos teus
Índia , levarei saudade da felicidade
Que você me deu

Índia, a tua imagem
Sempre comigo vai
Dentro do meu coração
Flor do meu Paraguai

2 comentários:

James Lima disse...

Bicho, em relação ao pagode, achei engraçado você dizer que ele só era ruim ao nossos ouvidos, dos anos 90 pra cá... kkkk De certa forma eu concordo.

Agora, em relação à guarânia, em Índia o RC manda super bem, né? Viva o Rei, que manda brasa em qualquer estilo musical.

Um Forte Abraço
James Lima
www.robertocarlosbraga.com.br

Anônimo disse...

parabens pelo blog...
Na musica country VIRGINIA DE MAURO a LULLY de BETO CARRERO vem fazendo o maior sucesso com seu CD MUNDO ENCANTADO em homenagem ao Parque Temático em PENHA/SC. Asssistam no YOUTUBE sessão TRAPINHASTUBE, musicas como: CAVALEIRO DA VITÓRIA, MEU PADRINHO BETO CARRERO, ENTRE OUTRAS...
é o sonho eterno de BETO CARRERO e a mão de DEUS.