domingo, 8 de novembro de 2009

Roberto Carlos, um estilo de música - FADO


Olá, amigos.

A série Roberto Carlos, um estilo de música começa hoje a peregrinar por ritmos de outros países. O primeiro lugar mostrado é Portugal.

O cantor, ó pá, também colocou em seu repertório um estilo português. Trata-se do FADO. Muito ainda se especula sobre o surgimento deste tipo de música em Portugal. O mais provável é que, no início do século XIX tenham surgido a partir do cântico dos mouros que moravam no bairro Mouraria, em Lisboa após a reconquista cristã. A melancolia das cantigas se assemelha com o fado.

A palavra fado vem do latim "fadum" e significa destino. Seus temas recorrentes são a saudade, a nostalgia, o ciúme, ou histórias do dia-a-dia. Em Coimbra, o estilo é exclusivamente cantado por homens, e é ligado às tradições acadêmicas da Universidade de Coimbra. No ano de 1965, no LP Jovem Guarda, Roberto interpretaria Coimbra, que louva a cidade e a faculdade de lá.

Em Lisboa, o fado é cantado tanto por homens quanto por mulheres, em casas de fado da Alfama, Mouraria, Bairro Alto e Mandragoa. As canções revelam tristezas, mágoas e ironia. Além de ter representantes como Alfredo Marceneiro, Nuno da Câmara Pereira e, atualmente, Dulce Pontes, o expoente do fado foi Amália Rodrigues.

No ano de 1989, Roberto Carlos incluiria em seu repertório um fado conhecidíssimo em Portugal, consagrado pela voz de Amália Rodrigues. No Brasil, Nelson Gonçalves e Leila Pinheiro também fizeram gravações desta música. No especial daquele ano, Roberto afirmou que "gosta de tudo de Portugal, em especial do carinho português". E do que mais ele gosta, nem às paredes confessa.

Segue a letra! Na foto, uma montagem feita pelo blogue Rey Roberto Carlos, do meu amigo Felipe Moura, em homenagem a Portugal.

Abraços a todos, Vinícius.

NEM ÀS PAREDES CONFESSO - Maximiano de Souza, Francisco Trindade e Artur Ribeiro

Não queiras gostar de mim
Sem que eu te peça
Nem me dês nada que ao fim
Eu não mereça
Vê se me deitas depois
Culpas no rosto
Isto é sincero porque não quero
Dar-te um desgosto

De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
E nem aposto
Que não gosto de ninguém

Podes rogar, podes chorar
Podes sorrir também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso

Quem sabe se te esqueci
Ou se te quero
Quem sabe até se é por ti
Por quem espero

Se eu gosto ou não, afinal
Isso é comigo
Mesmo que penses que me convences
Nada te digo

De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
E nem aposto
Que não gosto de ninguém

Podes rogar, podes chorar
Podes sorrir também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso

De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
E nem aposto
Que não gosto de ninguém

Podes rogar, podes chorar
Podes sorrir também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso

De quem eu gosto
Nem às paredes confesso

Um comentário:

James Lima disse...

Bicho, eu gosto muito dessa canção ! Eu tenho também a gravação do Nelson, que você citou, mas, é claro, a do Rei é melhor.

Um Abração
James Lima
www.robertocarlosbraga.com.br