domingo, 25 de outubro de 2009

Roberto Carlos, um estilo de música - BALADAS




Olá, amigos.

A série Roberto Carlos, um estilo de música segue enumerando os estilos que passaram pela obra de RC. Esta sequência mostra o quanto a obra do cantor é rica de histórias e de ritmos em seus 50 anos de música.

Claro que o amor sempre pontuou suas canções com Erasmo Carlos, mas a partir da década dhttp://www.blogger.com/img/blank.gife 1970 é que as BALADAS ficaram mais marcantes, e suas letras mais maduras.

O amor e a velocidade, e os ritmos acelerados de suas canções foram cedendo espaço a formas nem tão simples pra falar do amor. A introspecção do LP de 1972 trouxe esta virada, falando de histórias que passavam a fazer parte do maduro RC (a rotina de um pai de família em Quando as crianças saírem de férias) e que faziam parte de um passado que vive em tudo que sente agora (caso de O divã).

Em letra e música, Roberto passou a cantar os vários sentimentos amorosos. A tristeza de amores não correspondidos esteve presente nas amarguradas À distância... e Por amor, ambas de 1972. O amor perdido à distância de "A cigana", a falta de diálogo de Palavras, as duas de 1973 e o doloroso fim de um relacionamento, na magistral letra de Você, datada de 1974. O "balanço" de um fim de amor surge nos versos de Você em minha vida, do LP de 1976, e o reconhecimento de um amor que está no fim de Sinto muito, minha amiga, lançada em 1977.

O amor que independe da censura de Além do horizonte e o singelo flerte da letra de Olha, as duas canções de 1975. E sem pudor de exagerar, de expor com todas as forças o que sente, RC também pretender ser inesquecível em Não se esqueça de mim, de 1977.

Mas, sem dúvida, os detalhes mais marcantes do repertório interpretado por Roberto Carlos seriam as canções eróticas. "Um pouco de ousadia, através de propostas cuidadosamente escolhidas numa canção de amor", RC falaria no show do Aterro em 2002.

São desta safra canções maravilhosas assinadas a quatro mãos, como Proposta, Seu corpo, Cavalgada... E a música com a qual encerra o post de hoje.

Como vocês puderam perceber, um dia não foi suficiente pra falar deste estilo de música de Roberto Carlos. Portanto, no próximo post, este blogue falará mais um pouco sobre as baladas do repertório real, agora num período mais descontraído, que retrata um amor recém-descoberto, que, entre côncavos e convexos, entre a cama e a mesa, nunca saiu de moda.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos agradecendo os aplausos no show Concerto.

Abraços a todos, Vinícius.

OS SEUS BOTÕES - Roberto e Erasmo

Os botões da blusa
Que você usava
E meio confusa
Desabotoava

Iam pouco a pouco
Me deixando ver
No meio de tudo
Um pouco de você

Nos lençóis macios
Amantes se dão
Travesseiros soltos
Roupas pelo chão

Braços que se abraçam
Bocas que murmuram
Palavras de amor
Enquanto se procuram

Chovia lá fora
E a capa pendurada
Assistia a tudo
Não dizia nada

E aquela blusa
Que você usava
Num canto qualquer
Tranquila esperava

Num canto qualquer
Tranquila esperava
Tranquila esperava...

Um comentário:

James Lima disse...

Essas aí me arrepiam...
São as que eu mais gosto, eu acho.

Um Abração
James Lima
www.robertocarlosbraga.com.br