quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Roberto Carlos e o cinema - 14


Olá, amigos.

Hoje, este blogue mostra mais um momento em que a obra de Roberto Carlos e Erasmo Carlos tem seu elo com o cinema. Em especial, porque este filme foi o escolhido como representante do Brasil na disputa pelo Oscar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, no ano de 2007.

Lançado em 2006, O ano em que meus pais saíram de férias tem direção de Cao Hamburguer (em seu segundo longa-metragem), e usa o título inocente para "camuflar" as condições nas quais algumas pessoas tiravam férias durante os lamentáveis "anos de chumbo". Só que, ao contrário dos muitos e excelentes filmes anteriores sobre recortes do período militar (Pra frente, Brasil, de Roberto Farias, e O que é isso, companheiro?, de Bruno Barreto), este filme é visto sob a ótica de uma criança.

O menino Mauro (papel de Michael Joelsas) se vê aos 12 anos distante dos pais, perseguidos pela repressão militar, e tendo de se acostumar a uma nova vida, trocando Belo Horizonte por São Paulo. Apesar do universo cinza na política brasileira, é o universo verde e amarelo que passa diante do olhar de Mauro - os jogos da Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo de 1970, e a vontade do garoto em crescer e se tornar um goleiro. E também durante o torneio de futebol, o menino anseia pela volta dos pais que "saíram de férias".

Conhecido por ser durante anos diretor do programa infantil Castelo Rá-Tim-Bum (e diretor do longa-metragem baseado no programa), exibido na TV Cultura, Cao Hamburguer transpõe com sensibilidade para a tela o recorte de uma criança sendo inserida num universo de adultos. No elenco do filme ainda estão Caio Blat, Liliana Castro, Simone Spoladore, Paulo Autran (em uma participação especial) e Germano Haiut - no papel do judeu Shlomo, um judeu que ensina muita coisa a Mauro.

O ano em que meus pais saíram de férias tem em sua trilha musical - assinada por Beto Villares - a participação de Roberto Carlos como cantor. De acordo com Hamburguer, o filme foi exibido ao próprio Roberto que, sensibilizado com a temática e com a história contada no longa-metragem, aceitou liberá-la.

Embora o título do filme seja parecido com uma canção que RC gravou em seu LP de 1972 - Quando as crianças saírem de férias - a música de seu repertório escolhida é a que abre o disco Roberto Carlos em ritmo de aventura, de 1967. E contribui para que a cena seja pontual no longa dirigido por Cao Hamburguer.

Segue a letra! Na foto, o cartaz do filme, que tentou levar RC rumo ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Abraços a todos, Vinícius.

EU SOU TERRÍVEL - Roberto e Erasmo

Eu sou terrível
E é bom parar
De desse jeito
Me provocar

Você não sabe
De onde eu venho
O que eu sou
E o que tenho

Eu sou terrível
Vou lhe dizer
Que ponho mesmo
Pra derreter

Estou com a razão no que digo
Não tenho medo nem do perigo
Minha caranga é máquina quente

Eu sou terrível
E é bom parar
Porque agora
Vou decolar

Não é preciso
Nem avião
Eu vôo mesmo
Aqui do chão

Eu sou terrível
Vou lhe contar
Não vai ser mole
Me acompanhar

Garota que andar do meu lado
Vai ver que eu ando mesmo apressado
Minha caranga é máquina quente
Eu sou terrível, eu sou terrível

Eu sou terrível...

Um comentário:

cida2008legal disse...

sou fã desde de criança do rei meu sonho é poder conhecer o cantor da minha vida, ja tentei ir ao shou atraves da nestlé o ano passado,escrevendo cartas mas não conseguir espero em DEUS que ele mim dê esse presente porque não quero morrer sem conhecer o rei roberto pelo sangue de nosso SENHOR JESUS CRISTO faça essa caridade bj bj eu morro em caldas do jorro bahia