sexta-feira, 3 de abril de 2009

Aquela canção pro Roberto - 13



Olá, amigos.

A série Aquela canção pro Roberto mostra mais uma música na qual RC aparece em meio aos nomes que fazem o que se chama de Música Popular Brasileira. Um privilégio para este cantor de Cachoeiro de Itapemirim, em especial porque se trata de uma canção de CHICO BUARQUE.

"Um dos maiores, senão o maior compositor de todos os tempos", foi assim que Roberto Carlos definiu Chico ao anunciar sua entrada no palco. Foi no ano de 1993 que aconteceu este encontro memorável num Roberto Carlos Especial. No programa exibido em 23 de dezembro, os dois cantaram O que será (À flor da pele). Um dueto que, infelizmente, não foi incluído no DVD que RC lançou no fim de 2006 - mas, na coletiva daquele, Roberto disse que há possibilidade de lançar um segundo DVD nestes moldes - e irá acontecer, no mês que vem, com o lançamento de Duetos 2.

E, no ano de 1993, Chico Buarque lançara mais um disco memorável em seu repertório. Mesclando regravações, como Pivete (onde, em vez do "pivete" mirar-se no ídolo Emerson Fittipaldi, mirava-se no exemplo do novo ídolo das pistas - Ayrton Senna), versões autorais de músicas como Sobre todas as coisas, Choro bandido e Piano na Mangueira (com participação de Tom Jobim), e novas músicas, como De volta ao samba e Biscate (dueto com Gal Costa), Chico trazia mais um disco que recebia aplausos.

Roberto Carlos estava presente justamente na faixa que deu título ao disco de Chico Buarque. Numa homenagem a músicos de várias épocas, ele foi lembrado na canção que Chico dedicou "para todos" os que fazem a Música Popular Brasileira.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos e Chico Buarque, no encontro que tiveram no Roberto Carlos Especial de 1993 - no qual Chico apresentou a música abaixo.

Abraços a todos, Vinícius.

PARATODOS - Chico Buarque

O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro

Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas

Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro

Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios

Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho

Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste

Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto

Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas

Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista

O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro...

2 comentários:

James Lima disse...

Ah, essa não dava pra deixar de citar...
Bacana é que quando ele cantou-a no especial de 93 e citou Erasmo e Roberto, a plateia gritou... isso é demais ! Rei é rei ! Até Chico Buarque se rende !

Um Abração
James Lima
www.robertocarlos.vai.la

Everaldo Farias disse...

Sim, esse momento foi único na mpb! Torço pra que o dvd Duetos 2 venha com o Chico e o Roberto!

Blog Música do Brasil
www.everaldofarias.blogspot.com

Um forte abraço!