quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Post especial - NÃO SOU FELIZ, MAS TENHO MARIDO



Olá, amigos.

Este blogue hoje apresenta um post especial dedicado a dar mais uma dica de teatro. E melhor ainda: uma dica de teatro que tem participação de Roberto Carlos.

Sucesso da temporada teatral carioca nos últimos dois anos, o monólogo NÃO SOU FELIZ, MAS TENHO MARIDO, protagonizado por Zezé Polessa, volta à cena no Canecão - mas somente de amanhã até domingo. Para uma peça chegar a fazer parte da agenda desta casa de espetáculos carioca, só há um motivo: o grande sucesso de bilheteria. Foi assim com outras peças que já passaram pelo lugar, como Cinco vezes comédia (em meados dos anos 90), e as recentes Cócegas, Boom, Aluga-se um namorado e os shows da companhia Melhores do Mundo.


Não sou feliz, mas tenho marido
é a transposição no palco para o livro homônimo lançado pela jornalista argentina Viviana Gómez Thorpe. Além de protagonizar a história, a atriz Zezé Polessa foi uma das adaptadoras do espetáculo - ao lado de Maria da Luz e do diretor da montagem Victor Garcia Peralta.

Num cenário cercado de livros, Zezé Polessa é Viviana, uma jornalista que ao completar 27 anos de casada decide lançar um livro sobre relacionamentos conjugais. A ação se passa numa coletiva de imprensa, na qual a personagem responde sobre como é viver um casamento.

O texto da autora argentina tem um grande mérito em um texto sobre o casamento do ponto de vista feminino: em nenhum momento a personagem se subjuga, ela não é uma resignada esposa e "do lar". Isto ajuda na criação de Zezé Polessa para Viviana, pois a atriz pode (e consegue) dar um tom mais cômico para as corriqueiras situações que a mulher tem de passar com o marido - desde a falta de diálogo até a convivência com uma pessoa que adora futebol e tem paixão pelo próprio carro.

Após percorrer o Brasil, Não sou feliz, mas tenho marido retorna ao Rio de Janeiro em mais uma casa de espetáculos (as outras foram o Teatro Vanucci e o Citybank Hall), certamente com mais três apresentações aplaudidas pelo público. Aplausos que consagram uma nova tendência da arte cênica carioca: os monólogos. Recentemente, o Rio de Janeiro vem assistindo a muitos momentos nos quais apenas um ator ocupa a cena para nos contar várias histórias - os casos mais recentes são as aplaudidas A mulher que escreveu a Bíblia (com Inez Vianna), Eu sou minha própria mulher (com Edwin Luisi) e A alma imoral (com Clarice Niskier).

Roberto Carlos está presente na trilha de Não sou feliz, mas tenho marido como compositor. É dele e de Erasmo uma canção gravada por Gal Costa em 1969 que, de certa forma, também tem uma conotação de liberação feminina.


Segue a letra! Na foto, Zezé Polessa em cena.

Abraços a todos, Vinícius.

VOU RECOMEÇAR - Roberto e Erasmo

Não sei por que razão eu sofro tanto em minha vida
A minha alegria é uma coisa tão fingida
A felicidade já é coisa esquecida
Mas agora vou recomeçar

Não vou ser mais triste
Vou mudar daqui pra frente
E a minha escrita vai ser muito diferente
A filosofia vou mudar em minha mente
Pois agora vou recomeçar

Quero amor e quero amar
Quero a vida aproveitar
Talvez até arranje alguém
Alguém que eu possa acreditar
Pois agora vou recomeçar
E daqui pra frente eu vou mudar...

P.S.: no próximo post, este blogue retoma a série Eu só não quero cantar sozinho.

4 comentários:

James Lima disse...

Muito bom, bicho...
Mesmo com o tempo apertado, to de olho...

Um abraço
James Lima
www.robertocarlos.vai.la

Mazé Silva disse...

Olá Vinícius!

Esse post é muito interessante! Feliz quem vai ter a oportunidade de ver esse molólogo " Não Sou feliz, mas tenho marido".

Muito bom você postar aqui sobre esse espetáculo e como sempre, já desvenda ou desenrola logo a mensagem principal da história muito bem redigida.

São fatos que me chamaram atenção, pois assemelha-se a minha história de vida que já vivenciei, principalmente quando citas: falta diálogo, adora futebol e tem paixão pelo próprio carro! Rsrsrsrs.

Foi demais quando li essa postagem e não podria deixar d vir aqui comntar.

Que maravilha ter a participação do Rei na trilha sonora, embora não seja na voz do mesmo, mas na linda voz da Gal.

Uma pergunta: Roberto nunca gravou essa canção Vinícius? Eu não conheço ou não estou lembrada, sei lá!

Parabéns e um beijo grande!

Mazé Silva

Vinícius Faustini disse...

Mazé,

a canção "Vou recomeçar" foi gravada somente pela Gal Costa. Há algumas outras canções de autoria de Roberto Carlos e Erasmo Carlos que foram interpretadas somente por ela: "Meu nome é Gal" e "Musa de qualquer estação".

Eu assisti a esta peça, e caso ela viaje até aí perto de você (eu soube que ela anda percorrendo palcos do Brasil), recomendo que assista. Um espetáculo que merece todo o sucesso que tem.

Um abraço,

Vinícius

www.emocoesrc.blogspot.com

www.diariodeumsalafrario.blogspot.com

Mazé Silva disse...

Vinícius,

Agradeço demais sua atenção, em responder tão gentilmente a minha pergunta e sem demora!

Com certeza, se ela virá com essa peça por aqui, irei assistir, pois Como disseste, é um espetáculo que merece ser visto e ajuda a nos enriquecer, além de nos proporcionar um prazer de conviver com esse tipo de cultura e lazer.

Obrigadão mesmo!

Beijos da amiga,

Mazé Silva