sábado, 30 de outubro de 2010
Post especial - MARADONA
Olá, amigos.
Certamente, muitos brasileiros devem estar achando estranha esta presença futebolística num blogue dedicado a Roberto Carlos. Mas trata-se de mais um artista da bola a ter ligação com a obra de RC
MARADONA completa hoje 50 anos, muitos deles dedicados a uma trajetória cercada de bom futebol e de polêmicas que ultrapassaram as quatro linhas. Diego Armando Maradona nasceu a 30 de outubro de 1960, na cidade de Lanús.
Logo aos nove anos, ele começou a jogar futebol pelo Argentinos Juniors, onde se destacou por sua habilidade com a perna esquerda. Oito anos depois, foi convocado pela primeira vez para defender a Seleção Argentina, mas não esteve na lista final da Copa de 1978, mesmo se destacando como artilheiro do Campeonato Argentino.
Três anos depois, Maradona transferiu-se para o Boca Juniors, de onde se tornou um grande ídolo mesmo em apenas um ano pelo clube argentino. Não só pela conquista do Campeonato Argentino na temporada 1980-1981, como também por ele sair da Bombonera para jogar em outros gramados - o da Espanha, pelo Barcelona.
Diego chegava ao time catalão alçado como o salvador da escassez de títulos que a equipe passava. No entanto, além da demora a se adaptar, Maradona ainda conviveu com uma hepatite. Mas, no ano seguinte, ele conseguiu levar o time à conquista da Copa do Rei, sobre o arquirrival Real Madrid em 1982-1983.
Nesta mesma época, ele foi à sua primeira Copa do Mundo, na qual padeceu com as faltas seguidas que sofreu das seleções adversárias. Talvez por represália disto, ele tenha encerrado sua participação na competição de maneira tão abrupta - a cinco minutos do fim da partida com o Brasil, o camisa 10 deu uma entrada desleal no volante Batista, e acabou expulso. O Brasil venceu por 3 a 1.
A fase espanhola de sua trajetória fez com que ele se aproximasse da cocaína. Seu desempenho nas partidas oscilou muito, mas ele acabou levando o Barcelona às primeiras colocações do Campeonato Espanhol - perdendo o título para o Athletic Bilbao. Contra o time de Bilbao aconteceria um momento lamentável. Na final da Copa do Rei (o Barça perdeu por 1 a 0), ele iniciou uma pancadaria que o fez ficar suspenso por três meses. A diretoria acertou sua transferência para a Itália. Antes disto, Maradona vendeu a casa em Barcelona para penhorar dívidas.
Em 1985, Maradona chega ao Napoli, e na temporada seguinte levou o time ao seu primeiro título do Campeonato Italiano e à conquista da Copa da Itália, formando um ataque com um centroavante brasileiro - Careca, que no Brasil atuara pelo Guarani e pelo São Paulo. Em paralelo à temporada de 1986-1987, o jogador leva a Argentina à sua segunda conquista da Copa do Mundo.
Em meio a tantas partidas de destaque, nas quais sua habilidade superou a violência dos adversários, o jogo mais polêmico foi contra a Inglaterra. As nações, que brigaram pela posse das Ilhas Malvinas, se enfrentaram e, a certa altura, um cruzamento para a área chegou para uma disputa entre ele e o goleiro inglês. Maradona, de punho cerrado, desviou a bola de Peter Shilton e marcou o gol. Gol que seria definido por ele como "com a minha cabeça e com a mão de Deus".
Logo em seguida, o camisa 10 fez um de seus mais belos gols, passando por seis defensores, mais o goleiro, antes de colocar a bola para o fundo da rede. A Argentina venceu os ingleses por 2 a 1. Na semifinal, mais dois gols, na vitória por 2 a 0 sobre a Bélgica. Os argentinos seriam campeões com uma vitória por 3 a 2 sobre a Alemanha Ocidental.
Pelo time italiano, ainda seria campeão na temporada de 1989-1990, e na Copa de 1990 novamente teria seu destino cruzado com a Seleção Brasileira. Após uma primeira fase muito fraca, a Argentina classificou-se como terceira de seu grupo, e enfrentaria o Brasil. Apesar da boa partida dos brasileiros, apenas um lance eliminou o Brasil da competição. A 11 minutos do fim, Maradona encontrou Caniggia livre. O jogador passou pela zaga, driblou Taffarel e fez o gol da vitória. A Seleção Argentina ainda eliminou a anfitriã Itália nas semifinais, nos pênaltis, mas foi derrotada na final para a Alemanha Ocidental.
No ano seguinte, Maradona viu o ápice do momento em que sua relação com as drogas atrapalhou seu futebol. Foram 15 meses de suspensão, após a descoberta de sua ligação com a Máfia Italiana. Na volta, ele saiu do clube por uma decisão judicial, e voltou à Espanha para atuar no Sevilla, onde também não ficou por muito tempo. Irritado por ser seguido por detetives contratados pela diretoria do clube espanhol, que queria monitorar seus passos na noite, ele rompeu o contrato e voltou à Argentina.
Sua presença no Newell's Old Boys durou apenas cinco partidas e algumas lesões. Só voltaria a ser convocado para a seleção três anos depois, na derrota por 5 a 0 para a Colômbia, válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1993. Mesmo assim, a Argentina foi para a Copa do Mundo. Em forma, Maradona surpreendeu a todos e estreou na competição fazendo uma grande partida contra a Grécia - na qual marcou um dos gols na vitória por 4 a 0. Mas, novamente foi derrotado pelas drogas.
Na vitória por 2 a 1 sobre a Nigéria, ele foi pego no exame antidoping, com substância chamada efedrina, que "justificava" a perda repentina de peso. Sem Maradona, a Argentina perdeu a terceira partida na Copa do Mundo (por 2 a 0 para a Bulgária) e foi eliminada nas oitavas-de-final, com uma derrota por 3 a 2 para a Romênia.
Depois de um curto período como treinador - dos clubes Textil Mandiyú e Racing - ele ainda jogaria entre 1995 e 1997, antes de abandonar a carreira. Passou alguns anos em clínicas de dependentes químicos (chegando a se internar em Cuba), até voltar ao futebol em 2008, no cargo de treinador da Argentina. Entre altos e baixos, levou a seleção à Copa do Mundo, com uma classificação dramática diante do Uruguai. No entanto, no torneio a Argentina fez um início arrasador, com quatro vitórias em quatro jogos. Mas, diante da Alemanha, o time argentino foi eliminado com uma goleada por 4 a 0. Maradona seria demitido logo em seguida.
50 anos depois de tantas emoções, Maradona traz grandes recordações como maior jogador do futebol argentino - dentre eles, a seita La Iglesia Maradoniana de La Mano de Dios. Alheio à polêmica discussão sobre ele ter sido ou não maior que Pelé, o blogue Emoções de Roberto Carlos também rende sua homenagem.
Afinal, RC também faz parte da trilha da vida de Diego Maradona, pois com a "ajuda" dele conseguiu se aproximar de sua paixão, a esposa Cláudia. Hoje, o canal Sportv exibiu o filme Maradona, a mão de Deus, de Marco Risi, lançado em 2007.
Numa das cenas, Diego tenta falar sobre o que sente, e começa a declamar a canção interpretada por RC (que está tocando ao fundo, numa boate). A sequência mais tarde intercala momentos íntimos do casal com gols marcados por Maradona. Sempre tendo Roberto Carlos ao fundo.
Segue a letra! Na foto, um momento que provavelmente alguns brasileiros quisessem ver: Maradona com a camisa da Seleção Brasileira. A imagem é da Copa do Mundo de 1990. Logo em seguida à vitória por 1 a 0 sobre o Brasil, o camisa 10 argentino vestiu a camisa que trocara com o centroavante Careca.
Abraços a todos, Vinícius.
PROPUESTA (Proposta) - Roberto e Erasmo (versão de Buddy & Mary McCluskley)
Yo te propongo
Que nos amemos
Nos entreguemos
Y en el momento
Que el tiempo afuera
No corra más
Yo te propongo
Darte mi cuerpo
Después de amar y mucho abrigo
Y más que todo
Despues de todo
Brindarte a ti mi paz
Yo te propongo
De madrugada
Si estás cansada
Darte mis brazos
Y en un abrazo
Hacerte a ti dormir
Yo te propongo
No hablar de nada
Seguir muy juntos
La misma senda
Y continuar
Después de amar
Al amanecer, al amanecer
Yo te propongo
Darte mi cuerpo
Después de amar
Y mucho abrigo
Y más que todo
Después de todo
Brindarte a ti mi paz
Yo te propongo
De madrugada
Si estás cansada
Darte mis brazos
Y en un abrazo
Hacerte a ti dormir
Yo te propongo
No hablar de nada
Seguir muy juntos
La misma senda
Y continuar
Después de amar
Al amanecer, al amanecer, al amanecer
Yo te propongo...
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