quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Roberto Carlos e o cinema - 7


Olá, amigos.

A série Roberto Carlos e o cinema traz hoje mais um momento no qual a obra de RC rasgou as telas do cinema - e apresenta uma canção menos conhecida da dupla, mas que é uma verdadeira preciosidade. Assim como Os 7 gatinhos e Os machões, esta música foi escrita por Roberto e Erasmo especialmente para o filme.

Lançado em 1974, O marginal conta a história de Vavá (vivido por Tarcísio Meira), um ex-detento que, ao sair da prisão, tenta refazer sua vida longe do crime. O filme surpreende por trazer diálogos muito fortes e por um roteiro, infelizmente, muito próximo da realidade de criminosos. Manga estava cercado por pessoas competentes para fazer O marginal - o argumento foi elaborado por Dias Gomes, os diálogos e as cenas adicionais foram escritos por Lauro César Muniz e o elenco traz, além de Tarcísio Meira, os nomes de Darlene Glória, Vera Gimenez, Francisco Di Franco, Edney Giovenazzi e Anselmo Duarte.

Este é o único filme policial dirigido por Carlos Manga. No cinema, ele se destaca como diretor das chanchadas da Atlântida e, mais tarde, por filmes do grupo Os Trapalhões - além de ter sido diretor do programa Jovem Guarda, na TV Record. Manga também tem uma carreira sólida na TV, na direção de programas humorísticos, como Chico Anysio Show.

Um dado curioso: quando estava em circuito, mesmo com O marginal fazendo um número considerável de público, os grupos de cinema decidiram tirá-lo de cartaz para darem destaque ao filme O exorcista. Diante daquela situação ("preferiram dar espaço pra aquela menina que vomitava verde"), Carlos Manga decidiu abandonar de vez a direção de cinema, e passou a se dedicar exclusivamente à televisão.

A música-tema do filme é interpretada por Wilson Miranda - cantor que aparecia muito nas trilhas de novelas lançadas pela Som Livre na década de 1970. É através da voz dele que Roberto e Erasmo contam um pouco da triste história do marginal Vavá.

Segue a letra! Na foto, Tarcísio Meira em cena de O marginal.

Abraços a todos, Vinícius.


O MARGINAL - Roberto e Erasmo

Quando ele acordou
Pela janela pôde ver
Tudo diferente
Do que um dia ele quis

Tantos sonhos coloridos
Se modificaram
Tantas esperanças
Que nunca se encontraram

A solidão maior
Doeu naquela hora
Presa no seu peito
Como marcas do passado

Nessa longa estrada
Procurando o que era seu
Toda sua vida
No caminho se perdeu

Dor nas mãos
Sua cabeça dolorida
Pela paz que foi perdida
Como alguém que não viveu

Pra que nasceu
Se não viveu?
Pra que nasceu
Se não viveu...

2 comentários:

Anônimo disse...

Interessante; não ví esse filme. Mas vou ver.
Beijos,
Leda Martins.

James Lima disse...

Assim como a Leda, vou atrás de mais informações, bicho !

Abraços
James Lima
www.robertocarlos.vai.la