terça-feira, 21 de abril de 2009

50 anos de emoções - 1960



Olá, amigos.

A série 50 anos de emoções chega a uma nova década, e à segunda parada dos 50 anos de carreira de Roberto Carlos. Era o início daqueles que mais tarde seriam definidos como "os inesquecíveis anos 60".

1960 foi um ano de muitas mudanças políticas em todo o planeta. Somente no mês de agosto se tornaram independentes (em ordem cronológica) Benin, Burkina Faso, Chade, Costa do Marfim, Congo e Gabão - além de em julho ter acontecido a independência de Madagascar, e em novembro ser a vez da Mauritânia.

Mas as transições políticas também vieram de forma amigável em alguns cantos do mundo. Nos Estados Unidos, chegou à presidência John F. Kennedy. Aqui no Brasil, Jânio Quadros foi o vencedor das eleições presidenciais para substituir Juscelino Kubistcheck - que em 21 de abril de 1960 fundou a nova capital, Brasília (aniversariante de hoje). Ambos teriam destinos não muito agradáveis, mas isto será dito com detalhes nos próximos posts. Em setembro, o Iraque seria cenário da formação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (a OPEP).

A música passou por alguns momentos que começaram a dar mais destaque ao tal de rock. Elvis Presley se alistou no Exército em janeiro, e, dois meses depois, os Beatles se apresentaram pela primeira vez em Hamburgo, na Alemanha.

A Bossa Nova, que cantava um Rio de Janeiro ensolarado, com seus barquinhos e as garotas de Ipanema ao som de sambas de verão passava a dividir espaço com o rock brasileiro, de nomes como Sérgio Murilo, Tony Campello e Celly Campello. Mas Roberto Carlos ainda tentava seguir no estilo da Bossa Nova em mais um compacto de 1960.

Desta vez, o jovem cantor interpretava duas músicas escritas por Carlos Imperial. Uma delas fazia alusão ao nome do LP de Elizeth Cardoso que é considerado por muitos como o marco da Bossa Nova - Canção do amor demais. Na voz de RC, Imperial apresentou a todos a Canção do amor nenhum.

Mas a canção do lado A deste compacto foi uma música maliciosa cantada em tom de ingenuidade, e que cita os famosos joelhos de Nara Leão. Era Roberto Carlos falando em letra e música com um brotinho sem juízo.

Segue a letra! Na foto, Roberto Carlos em 1960.

Abraços a todos, Vinícius.

BROTINHO SEM JUÍZO - Carlos Imperial

Brotinho, toma juízo
Ouve o meu conselho
Abotoa esse decote
Vê se cobre esse joelho

Para de me chamar
De meu amor
Senão eu perco a razão
Esqueço até quem eu sou

Brotinho não me aperte
Quando comigo dançar
Tira a mão de meu pescoço
Não tente seu rosto colar

Para de beliscar a minha orelha
Porque se o sangue subir
Eu faço o que me dá na telha

E você vai se dar mal
Vai
Vai haver um carnaval
Vai

Brotinho, não custa nada
Um pouquinho esperar
Um dia com véu e grinalda
Certinha você vai casar

Então você vai me agradecer
Porque eu fui tão bobinho com você

Porque eu fui tão bobinho com você...

Um comentário:

Pachá disse...

Meu amigo Vinícius, pensando em você gravei o especial (meia horinha de programa só...) sobre os 50 anos de carreira do Rei. O programa fala principalmente sobre a infância dele. Agora tenho que te entregar o DVD. Como faço?
Abraço!