terça-feira, 3 de março de 2009
O apocalipse segundo Domingos Oliveira
Olá, amigos.
Hoje este blogue apresenta mais uma ligação de Roberto Carlos com a dramaturgia brasileira. Desta vez, mostrando a desventura de um autor muito ligado a comédias românticas por um tema bíblico.
Em O apocalipse segundo Domingos Oliveira, o dramaturgo e diretor teatral que faz uma metalinguagem ao citar seu próprio nome no título do espetáculo cria, ao seu modo, o momento do apocalipse. Depois de peças que se tornaram filmes, como Amores, Separações e Confissões de mulheres de 40 (que no cinema se tornou Feminices), Domingos adentrou em um novo momento de sua trajetória teatral.
Desde o final do ano passado, ele realizou workshops para recrutar atores que aceitassem a árdua missão de viver teatro em todas as suas etapas (e até atuar em outras funções, como iluminador, assessoria de imprensa e assistência de direção). Assim nasceu o Grupo Fúria (que, além deste espetáculo em Ipanema, apresenta às quartas-feiras o projeto Quarta Fúria, no Canequinho, bar que é anexo à casa de espetáculos Canecão), com 56 atores nesta epopeia teatral.
Este "apocalipse teatral" traz de sexta a domingo (sexta e sábado às 21h e domingo às 20h, sendo que sexta o ingresso custa R$ 20,00 e nos outros dias, está a R$ 30,00) apresenta Deus em depressão, diante de todas as coisas que estão acontecendo na humanidade. Por isto, Ele decide fazer o juízo final. Passeiam pelo palco do Laura Alvim personagens como Eros (o deus do amor), a Morte e Mefisto (o diabo), além de alegorias curiosas como os grupos da Fidelidade, dos Intelectuais, dos Inocentes.
Num elenco recheado de atores praticamente desconhecidos, a atriz que tem um pouco mais de destaque na mídia televisiva é Sophie Charlotte. Ela, que apareceu na televisão quando fez a mocinha Angelina na temporada de Malhação do ano passado, encarna a assistente de Deus no espetáculo de Domingos Oliveira.
O diretor faria originalmente o papel principal, mas, segundo ele, o ator Mateus Souza se destacou tanto nos ensaios que mereceu interpretar o papel do Todo-Poderoso. A Domingos coube então o papel do Poeta (na verdade, uma alegoria de como ele é realmente), numa participação afetiva que entregou para ele mesmo.
Autor de tantas músicas religiosas, Roberto Carlos aparece na trilha deste O apocalipse segundo Domingos Oliveira (que fica em cartaz, a princípio, até o fim de março). No início da peça, a canção religiosa presente em seu LP de 1972 sublinha a entrada em cena dos três atores que representam Eros, o deus do amor.
Segue a letra! Na foto, as duas atrizes que fazem as assistentes de Deus (Sophie Charlotte é a atriz da direita) e, no meio, Domingos Oliveira com o "Deus" Mateus Souza.
Abraços a todos, Vinícius.
A MONTANHA - Roberto e Erasmo
Eu vou seguir uma luz lá no alto
Eu vou ouvir uma voz que me chama
Eu vou subir a montanha e ficar
Bem mais perto de Deus e rezar
Eu vou gritar para o mundo me ouvir e acompanhar
Toda a minha escalada e ajudar
A mostrar como é
O meu grito de amor e de fé
Eu vou pedir que as estrelas não parem de brilhar
E as crianças não deixem de sorrir
E que os homens jamais
Se esqueçam de agradecer
Por isso eu digo:
Obrigado, Senhor, por mais um dia
Obrigado, Senhor, que eu posso ver
Que seria de mim
Sem a fé que eu tenho em Você?
Por mais que eu sofra
Obrigado, Senhor, mesmo que eu chore
Obrigado, Senhor, por eu saber
Que tudo isso me mostra
O caminho que leva a Você
Mais uma vez
Obrigado, Senhor, por outro dia
Obrigado, Senhor, que o sol nasceu
Obrigado, Senhor
Agradeço, obrigado, Senhor
Por isso eu digo
Obrigado, Senhor, pelas estrelas
Obrigado, Senhor, pelo sorriso
Obrigado, Senhor
Agradeço, obrigado, Senhor
Mais uma vez
Obrigado, Senhor, por um novo dia
Obrigado, Senhor, pela esperança
Obrigado, Senhor
Agradeço, obrigado, Senhor
Por isso eu digo
Obrigado, Senhor, pelo sorriso
Obrigado, senhor, pelo perdão
Obrigado, Senhor
Agradeço, obrigado, Senhor
Mais uma vez
Obrigado, senhor, pela natureza
Obrigado, Senhor, por tudo isso
Obrigado, Senhor
Agradeço, obrigado, Senhor...
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