sábado, 30 de janeiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - BRUCUTU



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português traz hoje uma canção um tanto quanto inusitada no repertório de RC. Afinal, a versão mostrada hoje traz um encontro de Roberto Carlos com o universo dos quadrinhos.

A Jovem Guarda não foi influenciada apenas pelos ritmos e pela moda norte-americana da década de 1960. Os heróis e os personagens de história em quadrinhos também fizeram sucesso entre os jovens que ouviram e fizeram o "iê-iê-iê".

Erasmo Carlos interpretou duas homenagens a personagens de desenhos animados. O gato Tom e o rato Jerry se tornaram tema de uma bem humorada canção assinada por Getúlio Côrtes - Tom & Jerry, presente no LP A pescaria. O Pica-Pau (que décadas mais tarde seria responsável por marcar a infância de gerações de crianças que cresceram vendo exaustivamente seus desenhos no SBT) foi lembrado na canção O Pica-Pau, na qual Erasmo contava do bichinho que roubou a atenção do seu "brotinho". O "fantasminha camarada" Gasparzinho foi tema de uma doce canção interpretada pelo Trio Esperança.

Mas para Roberto Carlos estava reservado outro personagem: o Brucutu. O Brucutu era um homem das cavernas com cabeça de orangotango, e que tinha como característica uma relativa agressividade. Tanto que seu nome virou sinônimo de uma pessoa grosseira, rude.

Infelizmente, não consegui achar nenhuma informação sobre o autor da canção original. As palavras de Rossini Pinto cantadas por Roberto Carlos em seu LP Roberto Carlos canta para a juventude, de 1965, já dizem em bom português as características do Brucutu e alguns detalhes que vinham em seus gibis.

Segue a letra! Na revistinha exibida por este textolog mostramos um gibi especial em que, ao lado do Popeye, podemos ver a figura do Brucutu.

Abraços a todos, Vinícius.

BRUCUTU (Alley-Oop) - Dallas Franzier (versão de Rossini Pinto)

Olha o Brucutu, Brucutu
Olha o Brucutu, Brucutu
Nas histórias em quadrinhos das revistas, dos jornais
Olha o Brucutu, Brucutu
Há um tipo curioso e divertido até demais
Olha o Brucutu, Brucutu

O lugar onde ele vive todos sabem que é
Mu Olha o Brucutu, Brucutu
Quem ainda não ouviu falar de Brucutu
Olha o Brucutu, Brucutu

Mora só numa caverna, dorme mesmo é no chão
Olha o Brucutu, Brucutu
O seu carro é um Dinossauro e veste pele de leão
Olha o Brucutu, Brucutu

Anda sempre bem armado, briga sempre com prazer
Olha o Brucutu, Brucutu
Traz consigo um machado e gosta mesmo é de bater

Olha o Brucutu, Brucutu
Olha o Brucutu,Brucutu
Mas no fundo Brucutu é bom
Olha o Brucutu
Seu amigo Fuzi é quem diz
Olha o Brucutu
Deixa a Hula até usar batom
Olha o jeito dele andar

Brucutu um certo dia foi com Hula passear
Olha o Brucutu, Brucutu
Foi ao baile que o rei Gus todo mês costuma dar
Olha o Brucutu, Brucutu

Só porque outro rapaz pra sua noiva olhou
Olha o Brucutu, Brucutu
Brucutu ficou zangado e seu nariz ele amassou
Olha o Brucutu, Brucutu

Olha o Brucutu, Brucutu
Mas no fundo Brucutu é bom rapaz
Olha o Brucutu
Seu amigo Fuzi é quem diz
Olha o Brucutu
Deixa a Hula até usar batom
Olha o jeito dele andar

Olha o Brucutu, Brucutu
Vai brucutu, vai, olha o jeito dele andar!
Olha o Brucutu, Brucutu
Eu, eu nada, eu hem..
Olha o Brucutu, Brucutu.
Como é que você dá uma dessa brucutu?

Olha o Brucutu, Brucutu
Tchau, Tchau Brucutu...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - HISTÓRIA DE UM HOMEM MAU


Olá, amigos.

Depois de o post anterior mostrar a presença de uma canção de Ray Charles na obra de Roberto Carlos, a série Roberto Carlos em bom português agora passa por outro grande ícone da música americana. Trata-se de LOUIS ARMSTRONG.

Nascido em 4 de agosto de 1901, Louis começou sua carreira em 1915, se apresentando com o nome de Satchmo em alguns lugares públicos da cidade de Nova Iorque. Dois anos depois, passaria a fazer parte da orquestra de Kid Ory. Depois viriam apresentações nos conjuntos de Fletcher Henderson e King Oliver.

Dez anos depois do início de sua carreira, o músico montou um grupo - o Hot Five - que se revelou pioneiro no jazz, por dar mais valor ao solo do músico em vez de um coral. Louis Armstrong seria imortalizado graças ao seu grandioso sucesso intitulado What a wonderful world.

Mas, na década de 1950, viria a interessante música Ol'Man Mose, que recebeu gravação de Teresa Brewer. E chegaria ao Brasil no ano de 1965, com letra em português de Roberto Rei e uma interessante interpretação de Roberto Carlos. Um dado curioso: no país, esta música ainda renderia um pouco mais, quando Jorge Ben fez a "continuação" dela, a irreverente História do homem que matou o homem que matou o homem mau.

Segue a letra da versão cantada por RC! Na foto, uma coletânea de Louis Armstrong.

Abraços a todos, Vinícius.

HISTÓRIA DE UM HOMEM MAU (Ol'Man mose)- Louis Armstrong e Zilner Trenton Randolph (versão de Roberto Rei)

Eu vou contar pra todos a história de um rapaz
Que tinha há muito tempo a fama de ser mau
Seu nome era temido, sabia atirar bem
Seu gênio violento, jamais gostou de alguém

E ninguém jamais viveu pra dizer
Que o contrariou sem depois morrer
Nos duelos nem piscava, no gatilho ele era o tal
Todos que o desafiavam tinham seu final

Mas eis que numa tarde alguém apareceu
Com ele quis lutar e o mundo até tremeu
Marcaram numa esquina antes do por-do-sol
E todos já sabiam que um ia morrer

Nesse dia, porém, o homem mau tremeu
Logo entrou num bar e no bar bebeu
Ninguém tinha visto ainda ele em tal situação
Mas somente ele sabia qual era a razão

Chegando então a hora do outro encontrar
Chegando na esquina parou para olhar
O outro estava firme com a arma na mão
Fazia grande alarde fazendo sensação

O homem mau, então, quis logo matar
E no valentão quis logo atirar
E depois de um tiroteio todo mundo estremeceu
Quando um grito se ouviu, o homem mau morreu

Essa é a história de um homem mau !

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - DESAMARRE MEU CORAÇÃO




Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português continua na década de 1960, e recorda uma canção do Ray gravada pelo "Rei". Hoje recordamos uma canção interpretada por RAY CHARLES que Roberto Carlos cantou em bom português.

Pode-se dizer que a inclusão de uma música do repertório do Ray seja o primeiro passo da aproximação de Roberto com a música soul, que ficaria ainda mais forte em seus discos no final da década de 1960 e no início da década seguinte. Afinal, Ray Charles aproveitou sua experiência como cantor gospel e aliou suas características ao então emergente estilo chamado "rock 'n roll" para criar a "soul music".

Nesta época, algumas gravações suas passaram a ter destaque, casos de I got woman, What I say e Talkin about you. Mas, mesmo ligado ao gênero, Ray também experimentou cantar outros estilos musicais, como o jazz, as baladas românticas e canções clássicas da música americana.

Ruby (cantada por Roberto Carlos num dos seus grandes shows, já mostrados neste blogue), Cry me a river (que RC cantou em bom português - Chore por mim - no seu primeiro LP, Louco por você) e "I can't stop loving you" foram alguns dos sucessos de Ray Charles. Como se vê, a ligação do Ray com o "Rei" é muito estreita.

Sua história chegou às telas do cinema, através do filme Ray, que rendeu a Jammie Foxx o Oscar de Melhor Ator pelo papel-título. Nascido no ano de 1930 em Albany, Ray Charles Robinson desde cedo passou por adversidades.

Aos sete anos, um glaucoma tirou sua visão. Aliado à sua relação com a música, o cantor conviveu com fortes problemas com as drogas, em especial a heroína. Faleceu em Beverly Hills em 2004, deixando 12 filhos de sete diferentes mulheres.

É do repertório de Ray Charles a versão que encerra o lado B de É proibido fumar. Como o meu amigo Marcel Pilatti declarou no post anterior, as versões mostram claramente a diferença entre composições de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Embora já traga um pouco da influência da soul music, Roberto escolheu do repertório de Ray Charles uma canção que fala de amor. Aos 23 anos, o RC que iniciou o LP de 1964 cantando "é proibido fumar" encerrava seu disco pedindo para que seu coração fosse desamarrado.

Segue a letra! Na foto, Ray Charles.

Abraços a todos, Vinícius.

DESAMARRE O MEU CORAÇÃO (Unchain my heart) - Agnes Jones e Freddy James (versão de Roberto Carlos)

Meu coração quer se libertar
Do seu coração quer se desamarrar
Você me amarrou dizendo que me amava
Jogou o laço e pouco-a-pouco me apertava
Mas agora quero me libertar

Meu coração já não quer ficar
Com o seu coração que já deixou de me amar
Eu já nem sei se você me amou um dia
Se divertir comigo é o que você queria
Mas agora quero me libertar

Meu coração já cansou de sofrer
E de você já não quer mais saber
Meu coração já cansou de sofrer
E de você já não quer mais saber

Meu coração quer se libertar
Do seu coração quer se desamarrar
Você me amarrou dizendo que me amava
Jogou o laço e pouco-a-pouco me apertava
Mas agora quero me libertar

Libertar, libertar, libertar...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - AMAPOLA



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português apresenta hoje uma das primeiras versões assinadas pelo próprio RC. E ele escolheu justamente uma canção muito conhecida em todo mundo.

No ano de 1924, o arranjador espanhol José Maria Lacalle lançou aquele que seria seu maior sucesso: Amapola. O sucesso foi tanto que Lacalle somente é designado como "o autor de Amapola". Além de intérpretes como Placido Domingo e Andrea Boccelli, a música foi vertida para o italiano, o francês e o inglês.

Coube a Roberto Carlos trazer para o português esta declaração de amor à lindíssima Amapola. Ela está numa das faixas de seu LP É proibido fumar.

Segue a letra! Na foto, uma partitura com a versão original da música.

Abraços a todos, Vinícius.

AMAPOLA - Lacalle (versão de Roberto Carlos)

Amapola, lindíssima Amapola
Eu quero seu amor somente para mim
Eu te quero, te quero, queridinha
Como se quer a flor, a luz e o dia

Amapola, lindíssima Amapola
Não seja tão ingrata e ama-me
Amapola, Amapola
Já não posso mais viver tão só

Amapola, lindíssima Amapola
Não seja tão ingrata e ama-me
Amapola, Amapola
Já não posso mais viver tão só

Já não posso mais viver tão só...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - NASCI PARA CHORAR


Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português traz hoje uma versão bem conhecida no cenário musical brasileiro,. Erasmo Carlos não estacionou somente um calhambeque na porta de RC para o LP É proibido fumar.

Ele assinaria mais uma versão para o disco de 1964 de Roberto Carlos. Desta vez, as palavras do "Tremendão" trouxeram para o português uma canção de DION DI MUCCI.

Natural de Nova Iorque, Dion iniciou sua carreira a frente de um grupo - Dion & The Belmonts, mais tarde mudado para Belmonts Avenue. Depois de ficar por dois anos em destaque no cenário musical americano por I wonder why, o grupo ainda entrou para a história do rock'n roll pelas gravações de A teenager in love e Where or when.

No ano de 1960, Dion Di Mucci iniciou sua carreira solo, e rapidamente conseguiu sua consagração, interpretando canções como Run around Sue e The wanderer (tema de um dos nossos próximos posts). Nos anos seguintes, vieram os sucessos de Ruby baby, Donna the Prima Donna e Drip drop.

A partir de 1968, Di Mucci deixou de lado as composições mais inocentes de seu rock e passou a fazer canções com mais reflexões. Neste ano, Abraham, Martin and John ficou entre os oito discos mais aclamados da Warner Brothers.

Nos 15 anos seguintes, Dion se dedicou a gravar discos com canções gospel (um deles lhe rendeu o Grammy de 1985). Ídolo de artistas como Bruce Springsteen e Paul Simon, o artista faz parte do "Rock'n Roll Hall of Fame".

No ano de 1962, Dion Di Mucci, conhecido como The king of the New York streets, lançou Born to cry. Dois anos depois, Roberto Carlos cantou em bom português a tristeza de um homem que confessa ter nascido para chorar.

Esta música também foi gravada por Fagner, e mais tarde teve uma ótima interpretação na voz de Cássia Eller. A gravação dela fez parte da trilha do filme Houve uma vez dois verões, lançado em 2004 por Jorge Furtado. Mas a primeira voz a falar "nasci para chorar" foi mesmo de Roberto Carlos, em 1964.

Segue a letra! Na foto, Dion Di Mucci

Abraços a todos, Vinícius.

NASCI PARA CHORAR (Born to cry) - Dion Di Mucci (versão de Erasmo Carlos)

Eu levo a minha vida chorando pelo mundo
Talvez até tivesse algum desgosto profundo
Procuro na memória, procuro me lembrar
E não encontro
Nasci para chorar
Se vejo uma garota sorrindo para mim
E ela me pergunta porque sou tão triste assim
Fico sem resposta, digo adeus e vou-me embora
Pois é hora
É hora de chorar

E continuo a felicidade procurando
Mas sempre solidão e a tristeza encontrando
Às vezes desconfio que a alegria é ilusão
E que o amor
Não entra no meu coração

Não sei porque razão eu sofro tanto desse jeito
As garotas dizem que ser triste é meu defeito
Quero ser alegre e ter alguém para amar
Mas eu não posso
Nasci para chorar..

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - O CALHAMBEQUE



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português chega ao ano de 1964. E traz uma das versões mais conhecidas do repertório de RC.

JOHN D. LOUDERMILK teve uma carreira meteórica como cantor na década de 1950, com o pseudônimo de Johnny Dee. Entretanto, devido a uma apresentação desastrosa em 1958 e ao fato de suas canções serem mais bem-sucedidas na voz de outros cantores (A rose and a Babe Ruth, de 1956, interpretada por George Hamilton IV e Sittin’ in the balcony, de 1957, na voz de Eddie Cochran.

Loudermilk acabaria se tornando um compositor muito gravado no Brasil, com direito a dois sucessos: Sad movies, vertida como Filme triste por Demétrius para a voz do Trio Esperança. E a versão de Erasmo, definida por RC como o dia em que "um cara estacionou um calhambeque em minha porta com palavras em português".

Segue a letra! Na foto, um LP de John Loudermilk, coautor de seu irmão Gwen canção de hoje.

Abraços a todos, Vinícius.

O CALHAMBEQUE (Road Hog) - John e Gwen Loudermilk (versão de Erasmo Carlos)

Essa é uma das muitas histórias que acontecem comigo
Primeiro foi Susie, quando eu tinha lambreta
Depois comprei um carro, parei na contra-mão
Tudo isso sem contar o tremendo tapa que eu levei
Com a história do Splish splash
Mas esta história também é interessante...

Mandei meu Cadillac pro mecânico outro dia
Pois há muito tempo um conserto ele pedia
E como vou viver sem um carango pra correr
Meu Cadillac, bib, bip
Quero consertar meu Cadillac

Com muita paciência o rapaz me ofereceu
Um carro todo velho que por lá apareceu
Enquanto o Cadillac consertava eu usava
O calhambeque, bib, bip
Quero buzinar o calhambeque

Saí da oficina um pouquinho desolado
Confesso que estava até um pouco envergonhado
Olhando para o lado com a cara de malvado
O calhambeque, bib, bip
Buzinei assim o calhambeque

E logo uma garota fez sinal para eu parar
E no meu calhambeque fez questão de passear
Não sei o que pensei mas eu não acreditei
Que o calhambeque, bib, bip
O broto quis andar no calhambeque

E muitos outros brotos que encontrei pelo caminho
Falavam que estouro, que beleza de carrinho
E fui me acostumando e do carango fui gostando
O calhambeque, bib, bip
Quero conservar meu calhambeque

Mas o Cadillac finalmente ficou pronto
Lavado, consertado, bem pintado, um encanto
Mas meu coração na hora exata de trocar
O calhambeque, bib, bip
Meu coração ficou com o calhambeque

Bem, vocês me desculpem, mas agora eu vou me embora
Existem mil garotas querendo passear comigo
Mas é tudo por causa do calhambeque, sabe
Bye, bye, bye...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - PROFESSOR DE AMOR



Olá, amigos.

A série Roberto Carlos em bom português prossegue com uma música presente também no disco de 1963. Além de cantar a história do Splish, splash, original de Bobby Darin, Roberto Carlos também recorreu a uma música de outro importante artista americano da época.

Nascido em Nova Iorque no dia 5 de março de 1938, PAUL EVANS conviveu com a música desde menino - o pai vendeu a flauta para presenteá-lo com sua primeira guitarra, e a mãe ensinava e tocava piano.

A partir da década de 1960, Paul teria músicas de destaque, como Seven little girls sitting in the back seat, Happy-go-lucky-me, Roses are red e, em 1979, ficaria em quarto entre as 40 canções da Billboard's Country. Ele (que hoje compõe jingles e é produtor) também é um privilegiado, por ter suas músicas gravadas por um "Rei".

Elvis Presley foi um dos vários intérpretes das canções de Paul Evans. Blue river, que Paul fez em parceria com Fred Tobias e I gotta know, dele com Matt Williams, ganharam a voz de um dos maiores cantores da música internacional.

E é justamente I gotta know que foi gravada por um outro "Rei". Em bom português, Roberto Carlos a lançou no LP de 1963, prometendo aos brotinhos ser um "professor de amor".

Segue a letra! Na foto, Paul Evans.

Abraços a todos, Vinícius.

PROFESSOR DE AMOR (I gotta know) - Matt Williams e Paul Evans (versão de Marcos Moran)

Quero um brotinho seja como for
Tento ser bonzinho mas sem um amor
Eu não consigo beijar uma flor
Quero me tornar um professor
Mas de amor, de amor, de amor

Todos os brotinhos que querem amar
Antes é preciso na escola entrar
Pois para tudo há um professor
Eu já me formei sou professor
E de amor, de amor, de amor

Aprendam comigo de tudo sobre o amor
Façam o que eu digo e tirem seus diplomas de amor
Não esperem mais, chamem o professor
Vocês vão gostar de aprender a amar a domicílio
Seja onde for Vocês vão gostar do professor
Ah, e muito mais do amor, do amor

Prestem atenção, brotos!

Aprendam comigo de tudo sobre o amor
Façam o que eu digo e tirem seus diplomas de amor
Não esperem mais, chamem o professor
Vocês vão gostar de aprender a amar a domicílio
Seja onde for

Vocês vão gostar do professor
Ah, e muito mais do amor, do amor

E muito mais do amor, do amor
E muito mais do amor, do amor...

sábado, 16 de janeiro de 2010

Roberto Carlos em bom português - SPLISH SPLASH




Olá, amigos.

Com o post de hoje, o Emoções de Roberto Carlos começa sua primeira série de 2010. Nela, apresentamos Roberto Carlos em bom português, na qual contamos um pouco mais das gravações originais das músicas vertidas que chegaram à voz de RC.

A primeira canção da série tem como autor um dos mais populares artistas do rock americano na década de 1950. Trata-se de Walden Robert Cassoto, ou apenas BOBBY DARIN.

Nascido em Nova Iorque em 14 de maio de 1936, Walden usou seu apelido de infância e um dos nomes de um restaurante chinês (Darin Duck) para fazer seu nome artístico. Em 1956, seu agente negociou com a Decca Records - a mesma do grupo Bill Halley & His Coments.

Mas seu primeiro sucesso viria dois anos e três LPs depois, já na gravadora Atlantic Records. Ao cantar uma música sobre um peixinho, Bobby chegou a um milhão de cópias vendidas, por Splish splash. Em 1959, outra consagração: o disco Mack the knife o levou ao Grammy de Melhor Artista Revelação.

Sua carreira se estendeu ao cinema, com filmes como Come to september e Pressure point, que rendeu a ele o Globo de Ouro de Ator Revelação. Em 1963 ele ganharia o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação em Capitão Newman, M.D..

A partir de 1968, Darin começou a se destacar como ativista político, ao fazer campanha para o candidato à presidência americana Robert Kennedy. Nesta época, ele compês duas canções de protesto, ainda sob o forte abalo do assassinato de John Kennedy.

Aliado à carreira como cantor e ator, Bobby Darin passou a ter seu programa de TV no ano de 1972 - The Bobby Darin amusement company. Além disto, foi proprietário da TM Music, responsável por lançar discos de sucesso, e teve sua carreira definitivamente interrompida em 20 de dezembro de 1973.

Em 1999, Darin começou a fazer parte da Calçada da Fama. Cinco anos depois, o cantor teve sua história contada no cinema no filme Beyond the sea. Ele foi vivido pelo ator Kevin Spacey.

Cinco anos depois do sucesso de Bobby Darin nos Estados Unidos, Splish splash chegou à voz de Roberto Carlos com palavras em português. Mas, em vez de contar a história do peixe, Erasmo Carlos usou a voz de Roberto para contar a história de uma "investida" mal sucedida dentro de um cinema. O "Tremendão" disse que na época não conhecia inglês, e escreveu a versão de acordo com a sonoridade dela.

Segue a letra da primeira música presente em "Roberto Carlos em bom português"! Na foto, Bobby Darin.

Abraços a todos, Vinícius.

SPLISH SPLASH - Bobby Darin e Jean Murray (versão de Erasmo Carlos)

Splish splash fez o beijo que eu dei
Nela dentro do cinema
Todo mundo olhou me condenando
Só porque eu estava amando

Agora lá em casa todo mundo vai saber
Que o beijo que eu dei nela
Fez barulho sem querer
Splish splash, todo mundo olhou
Mas com água na boca muita gente ficou

Splish splash, splish splash
Splish splash, splish splash, splish splash

Splish splash, fez o tapa que eu levei
Dela dentro do cinema
Todo mundo olhou me condenando
Só porque eu estava apanhando

Agora lá em casa todo mundo vai saber
Que o tapa que eu levei
Fez barulho e fez doer
Splish splash, todo mundo olhou
Mas com água na boca ninguém mais ficou

Splish splash, splish splash, splish splash...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Cauby interpreta Roberto Carlos



Olá, amigos.

O Emoções de Roberto Carlos hoje abre espaço para um professor da Música Popular Brasileira, que no final de 2009 deu uma aula de como interpretar o repertório de RC. E que proporcionou uma homenagem a Roberto feita por um artista de uma geração anterior a ele.

CAUBY PEIXOTO deu suas leituras para músicas de um de seus "alunos" musicais, no disco Cauby interpreta Roberto. Os dois, que já tinham se encontrado no Roberto Carlos Especial de 1981 para cantarem Conceição e A deusa da minha rua, agora se reencontraram, como cantor e compositor.

Eis as faixas do disco:

1 - Proposta

2 - De tanto amor

3 - A volta

4 - Sentado à beira do caminho

5 - Os seus botões

6 - Música suave

7 - As flores do jardim da nossa casa

8 - Não se esqueça de mim

9 - Desabafo

10 - Olha

11 - À distância

12 - O show já terminou


A voz de Cauby desliza basicamente pela safra romântica do acervo de Roberto Carlos e Erasmo Carlos (em especial da década de 1970), mas traz algumas pinceladas bem curiosas. O cantor resgata A volta, música jovem-guardista interpretada originalmente pelo grupo Os Vips e dá um embalo mais próximo da Bossa Nova.

A dramaticidade do soul music de As flores do jardim da nossa casa vem em uma roupagem que se assemelha mais à Era de Ouro do rádio, na década de 1950. Mas, sem dúvida, a faixa mais interessante é a derradeira.

Nela, há uma citação instrumental de Conceição, o maior sucesso musical de Cauby Peixoto. Infelizmente, mostrada aqui como "aperitivo" da certeza de que o show já terminou.

Segue a letra! Na foto, a capa de Cauby interpreta Roberto Carlos.

Abraços a todos, Vinícius.

O SHOW JÁ TERMINOU - Roberto e Erasmo

O show já terminou
Vamos voltar à realidade
Não precisamos mais
Usar aquela maquiagem
Que escondeu de nós
Uma verdade que insistimos em não ver
Não adianta mais
Chorar o amor que já tivemos
Existe em nosso olhar
Alguma coisa que não vemos
E nas palavras
Existe sempre alguma coisa sem dizer

E é bem melhor que seja assim
Você sabe tanto quanto eu
No nosso caso felicidade
Começa num adeus

Me abrace sem chorar
Sem lenço branco na partida
Eu também vou tentar
Sorrir em nossa despedida
Não fale agora, não há mais nada,
O nosso show já terminou

Nosso show já terminou...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Pery Ribeiro



Olá, amigos.

Ainda aproveitando o sucesso da microssérie Dalva e Herivelto - uma canção de amor, o Emoções de Roberto Carlos volta a falar sobre a família de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Mas do fruto deste relacionamento conturbado, que acabou partindo para a carreira musical.

Como a microssérie de Maria Adelaide Amaral apontou, PERY RIBEIRO foi se aproximando da parcela musical de seus pais (mesmo a contragosto de Herivelto). Depois de algumas apresentações quando criança, sua carreira artística teve início em 1959 - assim como Roberto Carlos - quando foi convidado por Paulo Gracindo para participar do programa dele na Rádio Nacional. Neste ano, Peri de Oliveira Martins passou a ser conhecido como Pery Ribeiro, graças à sugestão do animador de rádio César de Alencar.



Ao longo de seus 50 anos de carreira, Pery dedicou sua voz principalmente ao repertório da Bossa Nova, mas também reverenciou compositores de gerações anteriores - caso dos discos Fica comigo esta noite - Pery Ribeiro interpreta Adelino Moreira e Tributo a Taiguara. O cantor foi vivido na microssérie por Thiago Fragoso (o ator do lado direito, acompanhado de Thiago Mendonça, que fez o papel de Ubiratan, filho caçula de Dalva de Oliveira e de Herivelto Martins).

Mas Pery Ribeiro não está presente no Emoções de Roberto Carlos somente pela coincidência de, no ano passado, ter comemorado seus 50 anos de carreira com seu nome artístico. Pery e RC estão unidos musicalmente desde o ano de 1976.



Em seu LP Bronzes e cristais, Pery Ribeiro fez uma leitura para uma música da safra de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Ele abriu seu repertório para uma joia rara escrita pela dupla no ano de 1975.

Segue a letra! Na foto, Pery Ribeiro em um show recente.

Abraços a todos, Vinícius.

OLHA - Roberto e Erasmo

Olha, você tem todas as coisas
Que um dia eu sonhei pra mim
A cabeça cheia de problemas
Não me importo, eu gosto mesmo assim
Tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui

Olha, você vive tão distante
Muito além do que eu posso ter
Eu que sempre fui tão inconstante
Te juro, meu amor, agora é pra valer

Olha, vem comigo aonde eu for
Seja minha amante e meu amor
Vem seguir comigo o meu caminho
E viver a vida só de amor

Olha, vem comigo, vem comigo aonde eu for
Seja minha amada, minha amante e meu amor...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Dalva de Oliveira



Olá, amigos.

Em seu primeiro post de 2010, o blogue Emoções de Roberto Carlos traz uma reverência a uma artista que foi resgatada no início do ano. Foi preciso uma microssérie da TV Globo para que muitas pessoas reconhecessem o talento e a importância musical da cantora DALVA DE OLIVEIRA.



Sim, é bem verdade que o enfoque da dramaturgia de Maria Adelaide Amaral foi a conturbada relação que ela teve com Herivelto Martins. Mas Dalva & Herivelto - uma canção de amor foi fundamental também para revermos o momento da "Era de ouro" do rádio brasileiro, não só através dos cantores que protagonizaram (e do Trio de Ouro, grupo que formaram ao lado de Marino Pinto), como também nas figuras de Francisco Alves, Emilinha Borba, Linda Batista, Marlene, e tantos outros.

Este espaço em homenagem a RC abre espaço para louvar todo o bom trabalho apresentado na TV Globo, em texto, em reconstituição de época e nas atuações de Adriana Esteves e de Fábio Assunção. Além de mostrar uma "ligação musical" entre a estrela Dalva de Oliveira e Roberto Carlos.

RC cantava Bossa Nova no ano de 1961, em seu início de carreira fonográfica. Enquanto isto, Dalva chegava às lojas do Brasil e da América Latina com o LP Tangos (provavelmente "fruto" de sua relação com o cantor Ricky Valdéz). A música que abria o disco era uma bela canção de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera.



12 anos depois da gravação de Dalva de Oliveira, um Roberto Carlos mais voltado para o repertório romântico e iniciando sua carreira em dimensões latino-americanas, também faria uma leitura para esta música. Roberto "se atrevia a cantar um tango de Gardel", e relia uma música que já havia recebido a doce interpretação de Dalva de Oliveira.

Segue a letra! Na foto, Dalva de Oliveira.

Abraços a todos, Vinícius.

EL DÍA QUE ME QUIERAS - Carlos Gardel e Alfredo Le Pera

Acaricia mi ensueño
El suave murmullo de tu suspirar
Como rie la vida
Si tus ojos negros me quierem mirar
Y si es mio el amparo
De tu risa leve, es como un cantar
Ella aquieta mi herida
Todo, todo se olvida

El día que me quieras
La rosa que engalana
Se vestirá de fiesta
Con su mejor color
Al viento las campanas
Dirán que ya eres mia
Y locas las fontanas
Se contarán tu amor

La noche que me quieras
Desde el azul del cielo
Las estrellas celosas
Nos mirarán pasar

Y un rayo misterioso
Hará nido en tu pelo
Luciérnaga curiosa
Que verá que eres mi consuelo...